Uma coordenação para dois

Publicado em Sem categoria

Embora instalado no Ministério da Defesa, uma pasta mais técnica e estratégica e pouco afeita à política partidária, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner não estará completamente fora do grupo palaciano. Ele fará parte do grupo de coordenação de governo que a presidente Dilma Rousseff pretende formalizar nos próximos dias. Assim, ficará junto dos ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante; da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rosseto; e outros. Significa que participará das decisões estratégicas de governo e também ficará na boca do gol para, mais à frente, dizem alguns petistas, ocupar o lugar de opção do PT para 2018. Ou seja, Mercadante não desfilará sozinho nessa passarela.

O verbo do ano é cortar

O governador Rodrigo Rollemberg assina hoje uma batelada de decretos. Quase todos de corte de gastos. A ordem é cortar 60% dos cargos de confiança. No governo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, faz as contas. Alguns cortes saem já na semana que vem.

Dilmou!!!

O novo lema de governo da presidente Dilma Rousseff, Brasil — pátria educadora, veio sob medida para atrair aliados. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse ao governador de DF, Rodrigo Rollemberg, que, se for pra valer, terá que haver uma união nacional para ajudar nessa missão. E o senador promete encabeçar essa lista.

Campanha em alta

Os três candidatos a presidente da Câmara: Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Júlio Delgado (PSB-MG). Chinaglia se voltou mais para os aliados. Quanto aos problemas internos do PT, seus apoiadores é que vão resolver.

Por falar em PT…

Os coordenadores de Eduardo Cunha calculam ter 15 votos no PT. A ordem petista é reverter isso. Esse trabalho começa hoje.

Pegou mal

A ausência de integrantes do partido de oposição na posse dentro do Congresso foi vista pelos aliados do governo que conviveram bem com o PSDB como um sinal de que os tucanos não querem “descer do palanque”. Para alguns, isso pode pesar favoravelmente para Dilma.

Seletiva

A presidente Dilma escolheu quem cumprimentaria no trajeto dentro do plenário da Câmara. Uns tentaram se aproximar e ela, providencialmente, fingiu que não viu. Nesse rol, estava o novo ministro do Esporte, George Hilton.

Quem manda

A assessoria de Renan ficou incomodada com os dois teleprompters de vidro colocados à frente da mesa diretora. Mandou que fossem retirados. Quando o primeiro foi recolhido, o ministro Renato Moska, do cerimonial do Planalto, mandou recolocar.

Férias para o futuro Muitos ministros vão aproveitar janeiro para tirar alguns dias de folga. O da Justiça, José Eduardo Cardozo (foto), passará 14 dias entre Nova York e Espanha, onde se candidatou a um doutorado. Quando? “Quando puder”, diz ele. Sinal de que não pretende ficar quatro anos no cargo.

Data ideal

Cardozo sai justamente no período em que o Ministério Público planeja colocar o nome dos políticos na fogueira do petrolão. A partir da segunda quinzena de janeiro.

Por falar em petrolão…

Um dos trechos menos aplaudidos do discurso de Dilma foi quando ela se referiu ao combate à corrupção.

Prioridade

A ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior respondeu assim quando o repórter Paulo de Tarso Lyra lhe perguntou sobre a possibilidade de assumir uma vaga no Instituto Lula: “Vou é pra praia!”