Deputados querem dar uma “chamada” no STF, algo que, segundo relatos, Sampaio não topou
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) só soube que não seria mais relator do caso Daniel Silveira quando desembarcou em Brasília, especialmente para proferir seu parecer no plenário, que se reúne daqui a pouco para decidir sobre a prisão do deputado Daniel Silveira. No PSDB, a insatisfação com Arthur Lira é grande. Houve quem dissesse que convidar para desconvidar depois do deputado se dirigir a Brasília especialmente para o parecer foi uma humilhação e uma deselegância ao partido. No Centrão, porém, a explicação é a de que não houve outra saída, depois que Sampaio anunciou o que chancelaria a prisão e não deu sinais de que passaria “um pito” no Supremo Tribunal Federal, ao mandar prender o deputado numa noite de terça-feira, defesa da inviolabilidade do mandato e por aí vai. Magna Mofatto (PL-GO), a nova relatora, promete seguir o script.
Nos bastidores, entretanto, ficou o mal estar entre Lira e os partidos que apoiaram o candidato Baleia Rossi (MDB-SP), caso do PSDB __ que, depois de apelos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de São Paulo, João Dória. A impressão é a de que Lira, sempre que houver algo capaz de dar visibilidade, prestigiará os seus. Até aí, dizem alguns, faz parte do jogo. Agora, convidar a assumir a relatoria, deixar o sujeito comprar passagem, se deslocar para Brasília e, depois, desconvidar, incomodou. Mais uma rusga para o presidente da Câmara resolver mais à frente.