Tchau, querido

Publicado em coluna Brasília-DF

A cúpula do DEM desistiu de buscar aliança com o PSDB para as eleições de 2018. Pelo menos, nesse momento, vai cuidar da própria vida. O partido faz uma convenção em 28 de novembro para selar a mudança do nome. Na mesma data está prevista a filiação de deputados do PSB que já receberam carta branca para deixar a legenda. O DEM espera mais. E é justamente do PSDB. A ideia é somar algo entre 45 e 50 deputados. Espaço político não fica vazio. Enquanto os tucanos se bicam, outros se juntam.

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Aliás, nos bastidores do DEM, o que se diz a respeito da crise do PSDB é que, se os tucanos tivessem juízo, se uniriam em torno de Geraldo Alckmin e iriam para cima dos demais partidos, tentando aglutinar apoios e apresentar o pré-candidato. Mas a fogueira das vaidades tucanas impede esse movimento. Pior para o PSDB que, se não sair desse redemoinho interno, tende a ficar isolado no ano que vem. De Luciano Huck a alianças, o DEM tem discutido um pouco de tudo. Só tem um probleminha: desunião no Centro amplia as chances dos extremos.

O poder é deles
A decisão do governo em transferir a área de publicidade para a esfera do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Wellington Moreira Franco, vai na mesma linha que mantém hoje as nomeações na esfera da Casa Civil: deixar todo o poder no núcleo político do PMDB, hoje restrito ao próprio Michel Temer, Moreira e Eliseu Padilha.

Noviço
O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, gravita nesse núcleo. Mas só será alçado à condição de núcleo duro se terminar ingressando no PMDB da Bahia. Falta combinar com os Vieira Lima.

É por aí
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deu sinal verde para a reforma tributária capitaneada pelo relator, deputado Luís Carlos Hauly (PSDB-PR). A ordem é equilibrar a cobrança entre consumo e renda, reduzindo os valores dos impostos sobre consumo e ampliando o da renda para não haver queda de arrecadação.

Então, ficamos assim
A carta do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso publicada no Facebook deixou nos tucanos a sensação de que ou Geraldo Alckmin assume a presidência do partido a fim de coordenar a própria campanha ou, então, o melhor é escolher Tasso Jereissati.

Todos querem ser Huck/ É bom Luciano Huck (foto) se proteger contra mau-olhado. Em conversas reservadas, os políticos não negam a inveja que sentem da vida que o apresentador leva. Tem dinheiro, família linda e ainda faz um excelente trabalho social com seus programas na telinha. “A gente aqui pensando em ter uma vida como a dele e ele querendo a nossa… Vai entender!”

Huck quer ser Huck/ As conversas do apresentador ontem no Rio deixaram nos políticos a sensação de que o dilema entre participar e concorrer ainda não está resolvido. Huck, entretanto, tem conversado com todos os partidos. Além do PPS, teve encontros com integrantes do DEM, do Novo e do PSB.

A história se repete/ No meio político, há quem diga que Luciano Huck está para a eleição de 2018 como Sílvio Santos esteve para a corrida de 1989. A diferença é que Sílvio Santos se mexeu tarde para construir um caminho. Huck começou cedo. Embora seja mais sensato, aumenta o tempo de exposição a desgastes. Nas redes sociais têm aparecido fotos dele num barco com Joesley Batista e em eventos com Aécio Neves.

Só a polícia não acha/ Um HB-20 preto, placa JJA-8110, ano 2013, foi flagrado pelas câmeras do Detran na Epia Sul, a 130km/h em 9/11. O carro foi roubado em 21 de outubro, por volta das 2h30, na 206 Sul, e as multas não param de chegar.