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A equipe de Jair Bolsonaro (PL) se reuniu para tratar da estratégia de campanha desta semana, além de entrevistas e debates. Até aqui, a tendência é a de um “tom mais leve” para o 7 de Setembro, se comparado com aquele de 2021, quando o ex-presidente Michel Temer foi, inclusive, chamado para tentar apaziguar o presidente da República e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. É a esperança para evitar que Bolsonaro perca os pontos que obteve de fevereiro para cá nas pesquisas de opinião.
Enquanto na equipe do presidente há a esperança de moderação, no QG de Luiz Inácio Lula da Silva há quem esteja torcendo por uma radicalização contra o STF nos discursos e mensagens dos apoiadores de Bolsonaro. É que um posicionamento mais radical dos bolsonaristas dará ao PT os argumentos para que o ex-presidente reforce o discurso de fiador da democracia e o clima de Diretas Já que os petistas tentam criar desde o início da campanha.
Nos bastidores, há quem diga que nesse discurso de Bolsonaro, amanhã, está a chave para que o PT renove a esperança de uma vitória em primeiro turno ou se prepare para o segundo.
Fachin joga gasolina
A decisão do ministro Edson Fachin, do STF, que suspendeu decretos sobre armas às vésperas do 7 de Setembro, foi lida como uma forma de provocar os bolsonaristas a elevarem o tom amanhã. Os conselhos dos aliados são no sentido de que Bolsonaro ignore essa decisão em seu discurso dos 200 anos da Independência.
A esperança de Simone
Não são apenas Bolsonaro e Lula que observam atentos o 7 de Setembro. Apoiadores da candidata do MDB, Simone Tebet, também esperam que um discurso radical do presidente na data nacional faça com que uma parte do empresariado migre para a campanha dela.
Barroso expõe Legislativo
Ao suspender a vigência do novo piso da enfermagem, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, manda um recado ao Poder Legislativo: antes de aprovar qualquer aumento de gastos, ou investimentos, é preciso combinar com quem vai pagar a conta. Caso contrário, o tema vai parar na Justiça.
Se colar, vai
A compilação das pesquisas estaduais do Ipec, divulgadas em cada estado, indica que Bolsonaro tem o apoio de, pelo menos, quatro governadores-candidatos: Gladson Cameli (AC), Ibaneis Rocha (DF), Antonio Denarium (RR) e Carlos Moisés (SC). A ideia é tentar “colar” nos candidatos aos governos estaduais que podem ajudar a alavancar a campanha presidencial.
Herança maldita
Pedro Guimarães deixou mais do que um legado de assédio moral e sexual na Caixa Econômica Federal. Na reunião em que tratou do acordo coletivo em São Paulo, no mês passado, empregados reclamaram das condições de trabalho — como, por exemplo, a situação precária dos equipamentos. Pelo menos parte dos computadores estão sem renovação há cerca de uma década, o que prejudica a segurança de informações e a produtividade, apontada como uma bandeira da presidente, Daniella Marques.
Veja bem/ Observador das eleições colombianas deste ano, o então ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Mauro Campbell foi chamado a conhecer o sistema de coleta de votos do México, apresentado a todos que foram acompanhar as eleições colombianas. Não saiu muito convencido.
Veja bem II/ Ao ver a máquina que depositava o voto impresso num dispositivo ao lado para contagem posterior, a primeira pergunta que Campbell fez aos mexicanos: “Sim, e quem vai guardar essa urna para futura contagem? O senhor, na sua casa? O cofre do Banco Central?” Foi um constrangimento geral.
Veja bem III/ Ao ouvir a resposta “a municipalidade”, o ministro fez aquela cara de “sei”. E seguiu adiante, certo de que o sistema brasileiro é muito mais confiável. Um grupo atrás do ministro filmou a conversa dele com os mexicanos.
Simone Tebet/ A candidata do MDB à Presidência da República é a entrevistada de hoje, no CB.Poder, ao vivo, logo após o horário gratuito. Esperamos você na TV Brasília e nas redes sociais do Correio Braziliense.