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Coluna Brasília-DF
Condenado a sete anos e sete meses de reclusão, em maio do ano passado, por causa de ação penal decorrente da Operação Caixa de Pandora, o ex-procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) Leonardo Bandarra terá seu recurso julgado na semana que vem, pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O placar está apertado: cinco a favor da condenação e quatro a favor da defesa.
Esta semana, movimentos de combate à corrupção vão começar uma mobilização junto ao TRF-1 para que a sentença seja confirmada e os embargos, rejeitados. Bandarra, antes de ingressar no MPDFT, trabalhou como técnico judiciário naquele tribunal.
Até aqui, nem a pena de demissão do Ministério Público, imposta pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), começou a ser cumprida, porque depende de confirmação por decisão judicial que aguarda julgamento há quase 10 anos. Até o começo do ano, ainda recebia sem trabalhar, uma vez que estava afastado.
Bandarra e a promotora Débora Guerner foram investigados pelo crime de concussão (exigir vantagem em razão do cargo que ocupa). Foram acusados de recebimento de propina para vazar informações sigilosas de interesse de Durval Barbosa, o autor dos vídeos que terminaram com o governo de José Roberto Arruda. Até o dia 15, os olhos dos movimentos anticorrupção estarão voltados para o TRF-1.
Cargo vago, pressão em alta
Mal Bolsonaro anunciou a escolha de Jorge Oliveira para o Tribunal de Contas da União, os partidos aliados começaram a se insinuar para emplacar um representante deles na Secretaria-Geral da Presidência da República, onde o ministro ainda está. O cargo dá acesso direto ao gabinete presidencial e às reuniões mais fechadas da República.
O que eles não querem
Alguns aliados já fizeram chegar ao presidente que ficariam muito frustrados se Bolsonaro escolhesse um general para o lugar de Oliveira na Secretaria-Geral.
Sem CMO, nada vai funcionar
O recesso branco na Câmara e no Senado ajuda os congressistas a esconderem as dificuldades que proliferam no sistema político. O Centrão começou a obstruir o plenário, porque deseja a presidência da Comissão Mista de Orçamento. A oposição não quer votar nada enquanto não estiver em pauta a Medida Provisória 1.000, que reduziu o valor do auxílio emergencial para R$ 300.
Veja bem/ Aliados de Bolsonaro se apressaram, ontem, em esclarecer que ele foi “mal interpretado” ao dizer que acabou com a Lava-Jato. Na verdade, Bolsonaro queria dizer que, sem corrupção no governo, não precisa ter Operação Lava-Jato.
Depois de Wilson Witzel…/ O carioca parece cansado de novidades. O líder das pesquisas, Eduardo Paes (DEM), é ex-prefeito, ex-deputado e deixou uma imagem de dedicação à cidade.
Enquanto isso, em Recife…/ Tem briga de família na eleição. O deputado João Campos (PSB), filho do ex-governador Eduardo Campos, é favorito, com 26%, e o segundo lugar está embolado. A candidata do PT, Marília Arraes, está com 17%, e o ex-governador Mendonça Filho (DEM), 16%.
Só falta o placar/ Os ministros do STF já estavam preparados para que o voto de Celso de Mello fosse o único proferido, na sessão de ontem, sobre o caso do depoimento de Bolsonaro a respeito da tentativa de influência na PF. O momento é de homenagens ao decano.