Parlamentares do centro pisam no freio na votação da PEC

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) bem que tentou colocar o carro na frente dos bois, ou seja, aprovar a PEC da Transição antes de anunciar a equipe de governo. Porém, os parlamentares dos partidos de centro começam a pisar no freio e só vão pensar em votar a PEC da Transição depois de conhecidos os nomes do futuro governo. Até aqui, a transição capaz de encher um ginásio de esportes obteve apoio formal, mas não orgânico, ou seja, que “entregue” votos ao futuro governo para aprovação de seus interesses.

Apesar das grandes comissões temáticas da transição, quem trabalha mesmo são cinco ou seis, conforme avisou o ex-presidente Michel Temer em entrevista ao Correio publicada no último domingo. Portanto, ou Lula anuncia logo seus ministros, ou ficará sem tempo para aprovar a proposta de emenda constitucional. Não por acaso, cresce o número de adeptos a trocar a PEC por uma medida provisória. A decisão final ficará para a semana que vem. Ou seja, nesse vai-não-vai, o futuro governo corre o risco de fechar novembro sem uma definição.

Problemas diluídos
A inclusão de tanta gente na equipe de transição tem um objetivo claro: evitar que se exponha desde já as divergências entre o grupo do vice-presidente Geraldo Alckmin e o PT. Nos primeiros dias de convivência no CCBB, houve divergências e, agora, com tantos parlamentares e técnicos, fica mais difícil identificar quem é quem.

O recado de Valdemar…

O pedido do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, para investigação das urnas no segundo turno, mostra que ele não abandonará o presidente Jair Bolsonaro. Ficará na oposição.

…na terra de Murici
Isso significa que Lula precisará atuar “no varejo”, se quiser parte dos votos do PL. Apoio automático, avisam integrantes do partido, nem pensar. Ali, será cada um por si.

PSB quer, mas…
Parlamentares que pegaram uma “franjinha” das emendas do relator-geral, o chamado orçamento secreto, pedem o fim dessas propostas. Só tem um probleminha: Não são maioria hoje na Casa.

Mudança de hábito/ A maioria dos integrantes da equipe de transição do futuro governo que compareceu à reunião no Ministério da Saúde usava máscaras de proteção. No atual governo, ninguém. A contar pela publicação do deputado Alexandre Padilha (PT-SP), que já foi ministro da área, atentando para esse detalhe, a tendência é tornar o uso obrigatório na área da saúde, se o número de casos de covid continuar a subir.

Vai ser assim/ Se o presidente Jair Bolsonaro decidir não entregar a faixa presidencial a Lula, o vice-presidente Hamilton Mourão deve assumir
essa missão.

A volta?/ O presidente Jair Bolsonaro planeja retomar as lives das quintas-feiras. Muitos aliados acreditam que será esta noite.

Copa & Política/ Final de ano sempre é o momento que os projetos impopulares aterrissam na pauta do plenário da Câmara e do Senado. E, agora, com a Copa do Mundo no palco principal, todo o cuidado é pouco. A hora é de torcer pelo Brasil, com um olho no gato, outro no peixe.

Fazer oposição a Lula não é atacar urnas ou Supremo

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Coluna Brasília-DF, por Carlos Alexandre de Souza

As eleições gerais no Brasil estão definidas há três semanas, mas ainda se percebe, em Brasília e em outras cidades do país, movimentos contestadores do resultado das urnas. Manifestantes se reúnem, em território nacional ou no exterior, para pedir socorro às Forças Armadas, clamar pela liberdade e hostilizar personalidades públicas nas ruas. Em uma espécie de caça às bruxas, os inconformados xingam ministros do Supremo e defendem até a prisão dos integrantes da mais alta Corte de Justiça.

Paralelamente, agentes políticos insistem em colocar em dúvida os votos conferidos nas urnas. O caso do PL, partido do presidente Bolsonaro, é emblemático. O cacique da legenda, Valdemar Costa Neto, disse que prepara uma ação para questionar a credibilidade de 250 mil urnas, supostamente vulneráveis a fraude. A suspeita de irregularidade não se aplica à votação que permitiu à legenda compor a maior bancada do Congresso Nacional.

Se esses movimentos se traduzissem em críticas às ações do futuro governo, estaríamos ainda dentro das quatro linhas da Constituição, para usar uma expressão da moda em Brasília. O presidente eleito Lula e aliados não esperam outra coisa do que uma oposição vigorosa no próximo mandato.

A questão é, a pretexto de questionar a eleição, buscar atingir o ordenamento democrático. Eis um risco que prejudica a todos.

Sem passaporte I

O Supremo Tribunal Federal determinou ao Ministério das Relações Exteriores o cancelamento do passaporte do blogueiro Allan dos Santos, foragido da Justiça brasileira, atualmente nos Estados Unidos. Allan é alvo de diferentes investigações que tramitam no Supremo, como o inquérito das milícias digitais e o das fake news. Foi no bojo do primeiro que o blogueiro teve a prisão preventiva decretada.

Sem passaporte II
Anunciada na semana passada, a suspensão na emissão de passaporte tende a demorar. “Não temos atualização e não há prazo para normalização do serviço”, informou a Polícia Federal em nota enviada ao Correio. Segundo o Ministério da Economia, responsável pela restrição orçamentária imposta à PF, o assunto será tratado na próxima reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO), ainda sem data definida. A reunião da JEO tem como objetivo definir a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso do Poder Executivo federal.

Boletim médico
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, deu prazo de 48 horas para o diretor de Bangu 8, na zona Oeste do Rio, apresentar laudo médico sobre a capacidade ou não de o hospital penitenciário tratar o ex-deputado Roberto Jefferson. O aliado do presidente Jair Bolsonaro voltou ao cárcere após descumprir medidas cautelares impostas pelo STF e ainda atacar agentes da Polícia Federal com tiros de fuzil e granadas. A defesa de Jefferson sustenta que ele precisa ser internado com urgência em “ambiente hospitalar adequado”, por sofrer risco de trombose e outras comorbidades.

Pacote agro
Na bolsa de apostas da transição, os mais cotados para assumir o Ministério da Agricultura são o deputado Neri Geller (PP-MT) e o senador Carlos Fávaro (PSD-MT). Ambos atuaram na campanha eleitoral para diminuir a resistência a Lula entre ruralistas. A estratégia em vista para reduzir as animosidades é ampliar mercados para a produção nacional; manter bom relacionamento com a China; focar na segurança no campo; e suspender acenos ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Tô fora
A abstenção no segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio, realizado no último domingo, foi de 32,4%. Esse índice é superior aos 26,7% registrados na semana anterior, segundo dados do Ministério da Educação (MEC). Apesar disso, o ministro da Educação, Victor Godoy, avaliou que “as taxas de abstenção do exame foram dentro da normalidade histórica”.

O candidato que vencer hoje não terá lua de mel com o povo

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Independentemente de quem vencer hoje, é preciso que o vitorioso olhe com cuidado para tudo o que está acontecendo na América Latina. E, nesse sentido, uma das maiores autoridades em eleições alerta que o cenário de hiperpolarização vivido no Brasil levará o eleito a rapidamente ver diluída a sua popularidade, como vem ocorrendo em vários países da região. “O anti-bolsonarismo, ou o anti-petismo, será fundamental para dar a vitória para um ou outro hoje. E esse grupo não tem fidelidade política com o eleito, vota apenas para derrotar o outro e, no dia seguinte, se afasta. Precisaremos ver como o eleito processará isso”, diz Daniel Zovatto, diretor do Instituto de Democracia e Assistência Eleitoral (Idea) para América Latina e Caribe, uma instituição intergovernamental de apoio e promoção à democracia no mundo. “O certo é que, em situações polarizadas, como a que vive o Brasil hoje, quem vencer não terá lua de mel”, afirma.

Zovatto considera que “os ciclos políticos estão cada vez mais curtos”, e quem vence tem o desafio de unir seus cidadãos, inclusive quem escolheu o candidato derrotado. Nesse sentido, o Brasil vai virar um “case”. “O que mais preocupa é o que vem depois da eleição e, daí, o olhar de todo o mundo para o Brasil, hoje. Esta eleição extrapolou as fronteiras brasileiras. É a mãe das eleições deste superciclo eleitoral (2021 a 2024) da região, pela importância do Brasil e pelo ineditismo de um presidente no cargo
concorrer contra um ex-presidente”, afirma.
A pergunta que o mundo quer ver respondida pelo Brasil a partir desta noite e, depois da posse em 1º de janeiro de 2023, é como virar a página da hiperpolarização, unir o país e, simultaneamente, recuperar a economia. Com tantos desafios, de tédio não morreremos.

“Escopeta de dois canos”

Assim, Daniel Zovatto define a estrutura institucional brasileira responsável pela arbitragem do processo eleitoral brasileiro e guardião do cumprimento dos ritos democráticos — o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF). “É um poder que não existe em outros países do mundo. Terminada a eleição, é preciso que a Justiça reduza seu protagonismo. O permanente ativismo vai gerar crescentes problemas, porque obriga a atuação em múltiplos campos. É preciso conter a judicialização da política e a politização da Justiça e ajustar o pêndulo entre os Poderes”, aconselha.

Não está fácil para ninguém
A maioria dos eleitos neste superciclo de 2021 para cá na América Latina está vendo a popularidade derreter rapidamente: por exemplo, Pedro Castillo, no Peru; Gabriel Boric, no Chile, Alberto Fernandez, na Argentina.

Balanço
Das 14 eleições na América Latina e Caribe entre 2019 a 2022, em 13, o partido que estava no poder perdeu. O único que venceu foi Daniel Ortega, na Nicarágua, um processo conhecido como “farsa eleitoral”. “O eleitor colocou o oficialismo de castigo”, avalia Daniel Zovatto.

Abrigo/ Se o ex-ministro Tarcísio de Freitas vencer hoje, em São Paulo, e Jair Bolsonaro perder a reeleição, crescerá a pressão para que Freitas acolha toda a turma do ex-presidente em seu governo. O mesmo valerá para Onyx Lorenzoni, se vencer no Rio Grande do Sul; e Jorginho Mello, em Santa Catarina. Afinal, são os mais identificados com o presidente.

Reconstrução/ No caso de Lula sair derrotado, a avaliação dos petistas é a de que caberá ao ex-presidente ajudar na projeção de novos líderes políticos. À exceção de São Paulo, onde Fernando Haddad concorre contra Tarcísio de Freitas, o PT ou seus aliados terminaram derrotados no primeiro turno nos dois grandes colégios eleitorais, especialmente, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Enquanto isso, no último confronto…/ Cada uma das equipes considerou que seu candidato ganhou por pontos o debate da Globo. No mais, cada um tratou de editar os trechos que mais lhe interessava para fazer circular na internet.

E as pesquisas, hein?/ Na véspera da eleição, a maioria dos institutos de pesquisa apresentou empate técnico entre Lula e Bolsonaro. Ninguém quer colocar a cabeça a prêmio nessa hiperpolarização.

Tem que acabar hoje, tá?/ Que venham as audiências de conciliação das famílias e dos grupos de amigos, divididos pelo processo eleitoral. Ao vitorioso ficam aqui os parabéns antecipados. Afinal, derrotas e vitórias são, respectivamente, as dores e as delícias dos processos democráticos. Bom voto a todos.

Último debate exigirá total controle emocional dos candidatos

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Quem perder as estribeiras arrisca perder a eleição. Este é o espírito das duas campanhas, neste segundo turno, para o debate desta noite. Os aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mostram mais preocupados com o emocional do que qualquer outro aspecto. Nesse fator, porém, os petistas, que precisam de menos votos para chegar aos 50% mais um — diante dos 48,2% dos votos válidos obtidos no primeiro turno, trabalham o emocional do petista, dizendo que se ele empatar, está tudo certo. Seus aliados se mostram preocupados, por exemplo, com a irritação que ele tem demonstrado quando perguntado sobre mensalão, petrolão ou ser chamado de “ex-presidiário”. Nesse sentido, estão preparando Lula para revidar, de forma a virar o jogo.

A equipe de Bolsonaro, por sua vez, considera que o presidente se saiu melhor do que o petista no debate da Band e vai preparado para chamar Lula de “fujão”, por causa da ausência a dois encontros entre os candidatos, o do pool SBT/CNN com outros veículos de mídia, e o da Rede Record. As duas campanhas estão tratando este último debate como a chance de aumentar a tranquilidade para o pleito de domingo. Mas, tranquilo mesmo, um dos dois só ficara depois de conhecido o resultado da eleição, na noite do dia 30.

CPI do TSE no forno

Depois das 30 assinaturas para a CPI dos Institutos de Pesquisa, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) busca assinaturas para a CPI do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele pede que se investigue as circunstâncias da demissão de Alexandre Machado da Corte e ainda o imbróglio das inserções — se houve ou não houve falhas na atuação do TSE.

2023 promete
Marcos do Val começará a coletar as assinaturas ainda hoje. A aposta é a de que, passadas as eleições, a ala bolsonarista pressionará por essa CPI, independentemente do resultado. Se não der para sair agora, os senadores aliados a Bolsonaro que assumem em fevereiro do ano que vem voltarão à carga.

Abstenção, a variável X
Depois da abstenção ter sido apontada pelo PT como o principal fator para Lula não ter vencido no primeiro turno, esse fantasma volta a assombrar. É que, no Nordeste, havia uma mobilização das campanhas de deputados estaduais e federais para obrigar as prefeituras a disponibilizar transporte. Agora, essa mobilização de parlamentares arrisca não ser tão grande assim.

Pau que dá em Chico…
… dá em Francisco. A campanha de Bolsonaro está preocupada com o feriado do servidor público. É que muitas repartições transferiram o feriado para segunda-feira, o que arrisca afastar o eleitor do Distrito Federal, por exemplo, já amanhã, e juntando até a próxima terça-feira, o feriado de Finados. Tem gente planejando “enforcar” a próxima semana.

Simone na plateia/ A senadora Simone Tebet (MDB-MS) confirmou presença na plateia da Rede Globo, hoje, para acompanhar Lula. Para muitos, é sinal de que ela não recusará um convite para o governo, caso o petista seja eleito no domingo.

Por falar em Lula…/ O ex-presidente anda aplicado nas entrevistas que concede. Ontem, às 7h30 já estava a postos, lendo documentos, para a entrevista que concedeu, às 8h, ao Correio Braziliense, à Radio Clube FM e à TV Brasília.

Confiante/ As fortes chuvas de ontem, em Brasília, obrigaram a primeira-dama Michelle Bolsonaro cancelar o evento Mulheres com Bolsonaro. Diante das dificuldades de agenda e viagens, a senadora eleita Damares Alves disse que o encontro será “depois da vitória”.

Enquanto isso, em Pernambuco…/ Na terra de Lula, onde o ex-presidente lidera com folga as pesquisas, a ordem é colar Raquel Lyra (PSDB) no colo de Bolsonaro. Aliados do PT fazem circular uma foto de Raquel ao lado do ex-ministro do Turismo Gilson Machado e a inscrição: “capitã do time Bolsonaro” e “Quem vota Lula, vota Marília” — numa referência à candidata do Solidariedade, Marília Arraes.

.. e na Bahia../ A aposta é a de que, neste segundo turno, Bolsonaro conseguirá tirar uns pontinhos da larga diferença que Lula teve sobre ele no último dia 2. A conferir.

Bancada bolsonarista no Senado vai mirar em Alexandre de Moraes, em 2023

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A decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, de rejeitar a petição da campanha do presidente-candidato Jair Bolsonaro (PL) sobre as inserções e, de quebra, ameaçar quem pede a investigação, vai fermentar o terceiro turno das eleições. A intenção da campanha é ir a todas as instâncias para cobrar que a Justiça Eleitoral investigue se, realmente, houve favorecimento à campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na seara do Judiciário, espera-se uma chuva de recursos.

Os militares, porém, não aceitam nada que resvale para fora das “quatro linhas da Constituição”. Ninguém quer saber de adiamento das eleições ou coisa que o valha. Daí, o fato de o presidente dizer que ganhará no domingo quem tiver mais voto na urna (ah!, e urna eletrônica). Até aqui, venceu a cautela e a atuação dentro das regras do jogo. O país e o mercado agradecem.

A linha de Lula
A campanha do ex-presidente vai aproveitar o embalo do pedido da campanha de Bolsonaro sobre as inserções para reforçar o discurso de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, prepara “maldades” contra os trabalhadores. A ordem, agora, é só falar de economia, imposto de renda e aposentados.

Te cuida, Xandão
O fato de Alexandre de Moraes ter dobrado a aposta contra o pedido da campanha de Bolsonaro, jogando o caso para dentro do inquérito das milícias digitais no STF, acirrou a nova bancada bolsonarista no Senado. Após as eleições, a pressão para fazer tramitar o impeachment do ministro vai crescer. Seja quem for o presidente eleito.

Alhos e bugalhos
No TSE, há quem diga que o documento entregue à Corte não separou o que foi divulgado em streaming (canal de rádio na internet) e na concessão, ou seja, na frequência radiofônica. Na web, não há obrigatoriedade de veiculação das inserções. Nas rádios, sim.

PG na defesa/ Paulo Guedes está rouco de tanto dizer que não irá rever direitos trabalhistas. Em Belo Horizonte, ao conversar com empresários, afirmou com todas as letras sobre o vazamento de um documento do ministério, que chegou a ser estudado, mas nunca foi levado avante: “Tem pica-pau nessa arca”.

Presença da Justiça/ A presença do ministro da Justiça, Anderson Torres, ao lado de Bolsonaro na coletiva, e o chamamento dos militares ao Planalto, foi vista como uma perspectiva de tensão institucional depois das eleições. Independentemente de quem vencer.

Cadê o respeito à democracia? / Duas mulheres, na faixa de 40 e poucos anos, caminhavam no Eixão como fazem todos os domingos. A diferença é que, no último, houve manifestação pró-Lula. Quando voltavam para casa, atravessando o eixinho, passou um carro com adesivos de Bolsonaro com duas mulheres e dois homens. O motorista reduziu a marcha e os ocupantes do veículo gritaram “petistas, maconheiras, prostitutas”. Detalhe: elas não tinham adesivos na roupa ou algo que as identificasse como eleitoras de Lula. E se fossem, não dá o direito a ninguém de desrespeitá-las. Isso tem que acabar.

Por falar em Lula…/ A entrevista de Lula à Rádio Clube FM e ao CB.Poder é hoje, às 8h. Acompanhe também nas redes do Correio. E, amanhã, sai no impresso deste mesmo Correio.

Ações de Roberto Jefferson podem ter causado múltiplos danos a Bolsonaro

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Coluna Brasília-DF, por Carlos Alexandre de Souza

Apesar dos esforços da campanha bolsonarista, o faroeste caboclo promovido por Roberto Jefferson trouxe sérios danos à estratégia de Jair Bolsonaro de virar todas as expectativas para este domingo. A sequência de crimes cometidos pelo ex-deputado contém um extenso rol de ilícitos, e o candidato à reeleição terá de enfrentar esse desgaste na semana decisiva da eleição.

Roberto Jefferson desafiou a lei, ao jogar granadas e disparos contra agentes da Polícia Federal. Pôs em xeque a política armamentista estimulada pelo governo, porque demonstrou que não existe o menor controle sobre o uso de armas no Brasil. E, por fim, reproduziu o discurso do ódio contra o Judiciário, ao dirigir termos inaceitáveis a uma mulher e ministra do Supremo Tribunal Federal.

O candidato à reeleição pode tentar, quantas vezes quiser, tentar se desvincular desse episódio lamentável. Mas é muito difícil reduzir tantos danos em tão pouco tempo. É certo que a campanha de Lula aproveitará o episódio, de várias formas, para convencer eleitores indecisos a não votar em Bolsonaro. Em seu ato tresloucado e criminoso, Roberto Jefferson extrapolou os limites da lei e externou ao limite do intolerável as bandeiras defendidas pelo bolsonarismo.

Se havia alguma intenção de mudar o rumo da eleição, o tiro saiu pela culatra.

Sarney vota Lula

Em carta aberta, o ex-presidente José Sarney declarou o voto a Lula no próximo domingo. “O voto em Lula — que já tem seu lugar na História do Brasil como quem levou o povo ao poder e como responsável por dois excelentes governos — é voto pela democracia, pela volta ao regime de alternância de poder, pela busca do Estado de Bem-Estar Social. A diferença é clara”, escreve Sarney.

Interesses escusos
No texto, o ex-presidente condena o chamado Orçamento secreto, prática nefasta que contaminou o bom funcionamento do Congresso. “O atual contrato “secreto” entre o Executivo e o Legislativo, fixado em valores agigantados diante dos parcos recursos do Orçamento da República, é campo privilegiado para os interesses escusos”, lamenta o ex-presidente.

Destino do Brasil
Por fim, Sarney define o significado deste segundo turno para a história do país. “No próximo domingo, o eleitor decidirá se vota pelo fim da democracia ou por sua restauração. Esse voto não é para quatro anos de governo: é um voto para o destino do Brasil.”

Cenário sombrio
Ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles deu um diagnóstico sombrio sobre as contas públicas. “Na minha avaliação, o tamanho do buraco deixado é mais próximo de R$ 400 bilhões, estimado por entidades independentes, do que dos R$ 150 bi que o governo está falando”, disse em entrevista à GloboNews.

Vacina, sempre
No Dia Mundial de Combate à Poliomielite, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) foi às redes sociais para lembrar a importância da vacinação. “Em setembro, a OMS declarou o Brasil como país de muito alto risco para pólio devido à dificuldade no acesso aos postos, falta de campanha nacional e escassa vigilância do vírus”, alertou a apoiadora de Lula.

Convicto
Coordenador da campanha de Jair Bolsonaro, o ex-secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, está convencido de que tem um material robusto para denunciar o suposto desequilíbrio nas inserções eleitorais em rádios. “Eu tenho 22 anos de experiência exatamente nisso. Sou pioneiro na pesquisa e auditoria de mídia no Brasil. A campanha não poderia estar melhor servida”, disse. O TSE aguarda.

Sabatinas do Correio
Nesta semana eleitoral decisiva, o Correio programou sabatinas com os candidatos à Presidência da República. Na quinta-feira, é a vez de Lula. Às 8h, ao vivo, o petista participa do Podcast do Correio, na Clube 105FM, com transmissão em todas redes sociais do Correio Braziliense, e exibição na TV Brasília, às 13h10.

Campanha de Bolsonaro vai se fazer de vítima no caso da Jovem Pan

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Quando o remédio é demais,  vira veneno. A censura à Jovem Pan News será usada como um ativo da campanha de Jair Bolsonaro (PL) para se colocar como uma vítima e tirar do PT de Luiz Inácio Lula da Silva o discurso de defesa da democracia. Para os próximos dias, quando o petista terá mais inserções na tevê do que o presidente por causa da concessão de direitos de resposta, a turma da campanha à reeleição focará nas redes sociais.

De quebra, alguns aliados vão acusar ministros do TSE de dois pesos e duas medidas ao permitir que os petistas chamem Bolsonaro de genocida e impedir que jornalistas e comentaristas de uma emissora de tevê se refiram à condenação de Lula no processo da Lava-Jato — condenação que foi revista mais à frente por erros processuais, cujo processo foi remetido à Justiça do Distrito Federal, onde, depois da suspeição de Sergio Moro, deveria começar do zero e terminou sepultado. O arquivamento foi feito com base em pedido da Procuradoria da República no DF, que considerou a prescrição dos crimes de que Lula era suspeito. O ex-presidente, assim, passou a não dever mais nada à Justiça.

Mas há quem diga, como reforçou o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Melo, em agosto, no Podcast do Correio, que Lula não foi inocentado. A Jovem Pan, porém, não pode comentar mais nada a respeito. E Bolsonaro tentará surfar nessa onda.

Os trabalhos de Geraldo

Enquanto Lula sai em campanha no Sudeste, Geraldo Alckmin faz reuniões com empresários. Em Porto Alegre, por exemplo, segundo relatos feitos à coluna, o candidato a vice na chapa petista foi incisivo ao dizer que se Lula for eleito não será um governo de um partido só.

O passado não recomenda
Muitos empresários gaúchos, porém, consideram que ao ser reeleita, Dilma Rousseff tinha o país dividido e não entendeu. Já na noite da eleição, em 2014, discursou como se tivesse uma ampla maioria lhe dando suporte, e não pouco mais de 50% dos votos válidos.

E o futuro é incerto
Há quem defenda que Lula, além da carta aos evangélicos, apresente uma nova carta aos brasileiros. Há empresários dizendo que, oito anos depois da reeleição de Dilma, o próprio PT deveria deixar mais claro que não tentará impor o seu projeto partidário. Só a presença de Alckmin na chapa não basta.

A disputa do bilhão
A Câmara aprovou um projeto que manda para as Santas Casas o saldo dos recursos federais repassados aos fundos de saúde e de assistência social dos estados, DF e municípios. O Senado, porém, deseja enviar essa verba às prefeituras. Mas só vão resolver depois da eleição.

Guedes na lida
Diante das especulações de estudos sobre a desvinculação entre correção do salário mínimo e inflação, o ministro da Economia, Paulo Guedes, veio a público falando de aumento real do piso e também do reajuste dos servidores. Na reta final da eleição, a hora é de promessas e de notícias que possam atrair parcelas do eleitorado.

Projeto anti-caciques/ O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) aproveita esse lusco-fusco do Parlamento antes do segundo turno para trabalhar alguns projetos. Está no forno uma proposta que tentará vincular a concessão de fundo partidário às legendas que tiverem renovação de suas direções.

Te cuida, Valdemar/ A proposta consiste em fixação de apenas uma reeleição para as comissões executivas nacionais. Há quem diga que os atuais dirigentes, como Valdemar da Costa Neto, do PL, podem até colocar um aliado no cargo, mas, pelo menos, a comissão executiva terá que ser renovada.

Falta combinar/ O projeto de Izalci ainda não foi discutido com os líderes partidários e nem com os partidos. É assunto para depois da eleição.

A escalada da tensão/ A contar pelo número de denúncias e notícias de fake news que desaguam diariamente no Tribunal Superior Eleitoral, nada
vai mudar.

Simone Tebet e o novo Ciro Gomes

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Enquanto a senadora Simone Tebet (MDB-MS) se preparava para caminhar no Setor Comercial Sul de Brasília em prol do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os presidentes dos partidos que lastrearam sua candidatura ao Planalto faziam a primeira conversa pós-primeiro turno para avaliar os próximos passos. Segundo relatos, os comandantes Baleia Rossi (MDB), Bruno Araújo (PSDB) e Roberto Freire (Cidadania) não gostariam de ver Simone como ministra de Lula, caso o petista vença a eleição.

Vale lembrar que, em 2002, Ciro Gomes, derrotado naquele pleito, apoiou Lula no segundo turno e, em 2003, virou ministro da Integração Nacional, confiante num cenário de apoio do PT a ele no futuro. Quando o partido de Ciro à época, o PPS, se afastou de Lula por causa do mensalão, ele ficou e ajudou o PT. Nestes quase 20 anos, o PT jamais o apoiou, e Ciro fecha 2022 com 3% das intenções de voto. Aqueles que apostaram em Simone não querem que a história se repita.

Os partidos gostaram do desempenho de Simone e consideram que a senadora só não foi melhor por causa da campanha pelo voto útil, que acabou levando uma parcela expressiva dos potenciais eleitores dela a correr para evitar a vitória de um ou de outro polo no primeiro turno. Eles consideram que, a partir de agora, se bem trabalhada, a emedebista poderá se transformar numa aposta mais viável no futuro. Mas não como ministra de Lula.

Sem fusão

Pelo menos por enquanto, MDB, PSDB e Cidadania descartam uma fusão, de modo a preservar a própria história. Mas não está fora de cogitação um bloco parlamentar para disputar espaço na Câmara dos Deputados. Juntos, ficariam com 60 deputados.

Enquanto isso, no União Brasil…
A ideia é esperar passar o segundo turno para ver como é que fica a conversa de fusão com o PP. Há quem diga que, neste momento, quem mais ganha com essa parceria é o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que fortalece sua campanha reeleitoral para mais dois anos no comando da Casa.

Façam suas apostas I
Os comandos do MDB, do PSDB e do Cidadania não cravam o resultado para a disputa presidencial deste segundo turno. Eles avaliam, porém, que se o presidente Jair Bolsonaro (PL) não conseguir ampliar muito a diferença para Lula em São Paulo, o petista se elege.

Façam suas apostas II
Os bolsonaristas comemoraram o resultado do Datafolha de ontem, que apontou uma redução da diferença de quatro pontos entre Lula e Bolsonaro, com a vantagem para o petista. Não que a turma do presidente considere que a pesquisa esteja correta. É que, como avaliam que o Datafolha errou muito no primeiro turno, acreditam ser um sinal de que Bolsonaro está à frente.

Doria na lida/ O fato de ter saído do PSDB não significa que o ex-governador de São Paulo, João Doria, ficará sem filiação partidária. No momento, porém, é preciso esperar clarear o horizonte e baixar a poeira da polarização.

Por falar em PSDB…/ As apostas do partido para o futuro, hoje, são a candidata Raquel Lyra, em Pernambuco, e Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul. Se as pesquisas estiverem corretas, eles têm tudo para ganhar a eleição.

… e em São Paulo…/ No triângulo dos votos São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, o partido precisará se reinventar e, também, de novos líderes. Afinal, quem não se renova, desaparece. E os tucanos não querem o fim da legenda que deu ao país o Plano Real.

Anotem aí/ O nome forte do PL na Câmara será o deputado Altineu Côrtes, do Rio de Janeiro. É hoje o maior elo entre Valdemar da Costa da Neto e o bolsonarismo.

Segurança pública entra na roda de discussão das eleições

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Com ou sem atentado contra o candidato do Republicanos ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o tiroteio em Paraisópolis colocou a segurança pública definitivamente no rol dos temas prioritários deste segundo turno. Até aqui, em São Paulo, o assunto estava restrito às câmeras nos uniformes dos policiais. Agora, essa seara onde o próprio Tarcísio e Jair Bolsonaro (PL) nadam de braçada ingressou nas discussões e certamente entrará nos debates. É, inclusive, um dos assuntos que Sergio Moro pretende puxar nesta reta final, na reaproximação com o presidente.

Uma incógnita
Candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, Walter Braga Netto tem se esquivado de dizer qual será seu papel, caso o presidente seja reeleito em 30 de outubro. Entre quatro paredes, porém, muitos dizem que será a parte de grandes projetos e militares.

Várias certezas
Na campanha de Lula, porém, Geraldo Alckmin desponta como um “Posto Ipiranga”. Há quem diga que ele cuidará da área de energia; outros mencionam os contatos com o agronegócio. Hoje, ele se reunirá com o pessoal da saúde em São Paulo. Para completar, ainda foi mencionado como o nome para a economia.

Por falar em economia…
Integrantes do mercado financeiro terminaram o domingo frustrados. Alguns dispensaram a tradicional noite paulistana da pizza em família para ver o debate entre Lula e Bolsonaro, com a expectativa de alguma resposta sobre teto de gastos e condução da economia. A noite deu água.

… eles não fazem apostas
Desconfiada das pesquisas, a turma da Faria Lima, por exemplo, acredita que a eleição está empatada e o debate da Globo, na próxima semana, é que poderia fazer a diferença para um ou outro.

Nas mãos de Michelle
A primeira-dama Michelle Bolsonaro é quem terá a tarefa de jogar para escanteio o episódio do vídeo em que o presidente fala de meninas venezuelanas e que a oposição explora no momento. Michelle percorreu o Norte e, agora, está no Nordeste, em campanha pela reeleição do marido.

Jogo empatado/ Geraldo Alckmin dizia que Lula queria voltar à cena do crime e, hoje, é vice na chapa do petista. Moro dizia que Bolsonaro mentia e, hoje, é cabo eleitoral do presidente-candidato.

Por falar em Moro…/ O ex-juiz e senador eleito pelo Paraná quer aproveitar para colocar novamente a questão dos presídios federais e da segurança pública. Não será surpresa se usar o tiroteio de Paraisópolis como gancho numa atividade de campanha com Bolsonaro. Moro tem acusado o PT de não transferir integrantes do PCC para presídios federais. E pretende continuar nessa toada pelos próximos dias. O clima está cada vez mais tenso.

A caminhada de Simone/ Detentora de 105.377 votos no primeiro turno no Distrito Federal, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) fará uma caminhada no Setor Comercial Sul de Brasília, amanhã, a partir das 16h.

Mais um do Leonêncio/ O jornalista Leonêncio Nossa lança, hoje, a partir de 19h, na Pizzaria Bacco da 408 Sul, seu mais novo livro, As guerras da independência do Brasil. Vale a leitura.

Expectativa de muitos ataques no debate dos presidenciáveis

Publicado em coluna Brasília-DF

A contar pela preparação de cada uma das campanhas para o debate desta noite (16/10) entre os dois finalistas da eleição presidencial será mais uma saraivada de impropérios do que propriamente uma colocação de ideias. Cada um está se aprontando para fazer o papel de bom moço e, por tabela, tirar o outro do sério, a fim de qualificar o adversário como despreparado. No último debate do primeiro turno, Padre Kelmon (PTB) deixou Lula bastante irritado. Quanto a Bolsonaro, saiu do prumo ao ter direito de resposta negado. Agora, faltam 14 dias para a eleição, e os candidatos a presidente deste segundo turno não disseram com todas as letras o que farão com o teto de gastos, com a tabela do Imposto de Renda e nem com a reforma administrativa, a tributária, a fiscal e como pretendem conviver com a realidade das emendas de relator.

A pedra no sapato do Executivo

Cresce a pressão da máquina pública para que o futuro presidente da República, seja quem for, trate de negociar limites às emendas de relator. Como o leitor da coluna já sabe, o Congresso não pretende acabar com essas emendas. Se puder e tiver clima para isso, vai torná-las impositivas.

Crise à vista
Até aqui, o ex-presidente Lula tem dito que acabará com essa farra. Só tem um probleminha: se quiser cumprir a promessa de exterminar essas emendas apenas não liberando um centavo sequer, vai chegar comprando briga com o Parlamento.

Enquanto isso, no Planalto…
O presidente Jair Bolsonaro planeja ver o que é possível fazer em termos de acordo com o seu próprio partido, o PL, e o PP, legenda do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, para tentar sobrar algum dim-dim para o Poder Executivo realizar seus projetos. Hoje, os ministros têm que ir ao Parlamento pedir recursos para as grandes obras.

Noves fora…
Nada será feito sem o aval do Centrão, que hoje tem a força e os votos no Congresso. E seus caciques dizem que, seja quem for o presidente, terá que se adequar a esta realidade. Obviamente, eles consideram mais fácil negociar com Bolsonaro, que já está no cargo e é do PL, detentor da bancada.

D’Ávila versus Amoêdo/ Ao tomar conhecimento da declaração de voto do ex-candidato Amoêdo a Lula, o presidenciável do partido Novo, Felipe D’Ávila, reagiu assim: “É uma traição aos valores liberais, ao Partido Novo e a todas as pessoas que criaram um partido para livrar o Brasil do lulopetismo que tantos males criou ao Brasil. Amoêdo: pega o boné e vai embora. Você não representa os valores liberais”.

Por falar em boné…/ Tem gente no PT disposta a pedir que se dê uma “segurada” nos recursos para Fernando Haddad nesta reta final. Consideram melhor investir em Lula, que está com a “eleição praticamente ganha”, dada a vantagem que obteve sobre o presidente Jair Bolsonaro no primeiro turno.

Seguro morreu de velho/ O maior receio do PT hoje é em relação à abstenção no Nordeste. E é aí que o partido está pedindo maior empenho de seus militantes.

Enquanto os candidatos fazem campanha…/ A turma do Congresso trabalha a pauta para novembro, mais precisamente de 7 a 11, a primeira semana cheia no pós-eleição. Até lá, será o tempo para os aliados de Arthur Lira reforçarem as amarras para manter o orçamento secreto. Para este domingo, estão todos de olho é no primeiro confronto direto entre Lula e Bolsonaro.