Blog da Denise publicado em 11 de dezembro de 2024, por Denise Rothenburg
Ministros e líderes do governo tentam manter a rotina de trabalho inalterada enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva permanece na UTI em São Paulo, mas as discussões da reforma ministerial foram suspensas. Enquanto ele estiver no hospital, não se fala nisso no governo. Até porque, o desenho final apenas o presidente tem. Esse assunto só volta ao tabuleiro quando Lula estiver totalmente recuperado e de volta às conversas mais reservadas no Palácio da Alvorada.
Desconfiados
Dentro do PT, há muita gente comentando nos bastidores que a ausência de Lula nesse momento é que levou os congressistas a pisarem no freio em relação ao pacote de contenção de gastos. Afinal, esse é o grande tema que os deputados têm para apreciar, antes da troca de comando na Câmara. Enquanto essa turma não acertar seu futuro, numa reforma ministerial em 2025, vai ser difícil votar tudo a toque de caixa.
O pior dos mundos
Embora os agentes do mercado financeiro tenham dito que o pacote de contenção de gastos é insuficiente, não aprovar nada reduz ainda mais as expectativas. Já tem gente prevendo dólar a R$ 7,00 e juros na casa dos 18%.
Assunto delicado
Os petistas comentam de forma para lá de reservada que a sobrevivência do partido depende de Lula estar bem de saúde e disposto a concorrer a um novo mandato presidencial. Até aqui, conforme avaliam, não há um nome natural para representá-lo nessa disputa.
Enquanto isso, nos gabinetes do DF…
Os deputados federais de Brasília vão continuar insistindo para que o governo retire o Fundo Constitucional do Distrito Federal do texto do pacote de corte gastos. Afinal, se as transferências do FCDF forem reduzidas, qualquer problema que ocorrer será atribuído a quem votou a favor dessa diminuição.
Sem jogo de cintura…
Assim os deputados definiriam a conversa com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. As excelências saíram do almoço na sede da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) com a impressão de que a equipe do Ministério da Fazenda vai jogar no Congresso a culpa por qualquer problema econômico. Durigan não disse com todas as letras, mas deu a entender que se não fossem as propostas aprovadas pelos parlamentares, o governo teria superávit.
…nem proximidade
Durigan nem ficou para o almoço. Recebeu um telefonema antes de a reunião terminar, foi atender e voltou apenas para se despedir rapidamente e sem muita conversa.
CURTIDAS
Celina e a China/ Numa conversa nos bastidores do CB.Poder, esta semana, a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (foto), contou como os chineses ficaram admirados de ver uma mulher jovem no cargo que ela ocupa. “Aqui, você, tão nova assim, não administrava uma província”, ouviu de um deles. Ela, sem titubear, respondeu que estava no quarto mandato, contando os do Legislativo, onde havia sido eleita e reeleita. O chinês, mais surpreso ainda, emendou: “Você é popular, hein?”.
Cenas de ontem e de hoje/ Quando o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou ao Congresso cercado de seguranças e parlamentares, eis que uma excelência comenta sem dó: “A partir de fevereiro do ano que vem, chegará sozinho”, alfinetou.
Veja bem/ Dos ex-presidentes da Casa, o único que se equilibrou no poder depois de deixar o cargo foi Michel Temer.
Um casal que bem vive/ Ao longo do dia, choveram memes como se a primeira-dama Janja não estivesse ao lado do marido. Ela o acompanhou todo o tempo, como fazem aqueles e aquelas que se preocupam com seus cônjuges.