Coluna Brasília-DF
A fala do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em defesa da não prorrogação do estado de calamidade, a fim de não comprometer ainda mais as contas públicas, vai exatamente no sentido do que pensa a equipe econômica do governo.
A turma de Paulo Guedes sabe muito bem que vem por aí uma disputa entre as áreas política e econômica. A primeira, de olho na popularidade, quer manter o auxílio emergencial de R$ 300, sem cortar programas. A segunda tem certeza de que não dá para fazer esse omelete sem quebrar os ovos.
De todas as disputas que o Congresso terá até o fim do ano, essa é a de maior importância. E a defesa de Maia da não prorrogação significa que as pazes entre ele e Guedes foram para valer. Falta combinar com o Centrão.
Um cargo para dois
Os partidos fazem as contas e acreditam que, se o governo do presidente Jair Bolsonaro acolher o MDB no ministério, talvez seja possível um acordo entre o PP e o partido capitaneado por Baleia Rossi.
Custo & benefício
Só tem um probleminha: se Bolsonaro partir para esse campo, estará perdendo o trunfo de ter montado seu primeiro escalão sem se render aos partidos.
Colado em Lula/ O PT de São Paulo fez subir a hashtag #LulatemTatto. A estratégia é tirar de cena as pressões dos cariocas do partido para que Jilmar Tatto desista em favor de Guilherme Boulos em troca do apoio do PSol no Rio de Janeiro.
Pensando bem…/ A liderança de Eduardo Paes nas pesquisas para prefeito do Rio de Janeiro levou muitos políticos da cidade a se recordarem da frase do ex-senador Heráclito Fortes, do Piauí: “Em política, o fundo do poço tem mola”.