O recado foi dado pela presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, aos ministros e funcionários da Corte eleitoral. Ela está disposta a cumprir ainda hoje tudo o que se refere à candidatura do ex-presidente Lula à Presidência da República, “nem que vare a madrugada”. Os ministros consideram que, se nada for feito de imediato, o PT abrirá sua participação no horário eleitoral gratuito criticando o Poder Judiciário. E a ordem é reforçar a Justiça enquanto instituição republicana.
Da parte do PT, os advogados já estão de sobreaviso. A ordem é recorrer tão logo o TSE decida sobre a impugnação da candidatura do ex-presidente. Pelo visto, não são apenas os ministros que vão reforçar o lanche no trabalho. Os serviços de delivery, se cumpridas as intenções de todos, vão faturar na noite desta sexta-feira.
“Digital versus analógica”
O cientista político Leonardo Barreto tem dito em palestras que, a partir de agora, começa a campanha “analógica”, a da tevê aberta. Até aqui, na digital, quem surfou foi o candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Hoje, ele considera que o capitão reformado está com um pé no segundo turno.
Limonada eleitoral
O fato de Jair Bolsonaro, do PSL, ter pouco tempo de tevê será usado por seus aliados como uma justificativa para não precisar detalhar o programa de governo. Eles só não descobriram ainda como, com esse pouco tempo na tevê, conquistar os votos que faltam, em especial, o feminino. Já concluíram que não será com as caminhadas e os sujeitos ao redor gritando “mito, mito”.
Alckmin analógico
Enquanto o candidato do PSL, que não tem tempo de tevê, apostará tudo nas redes e naqueles que replicam sua campanha — a participação dele no Jornal Nacional, por exemplo, ficou entre os 10 assuntos mais comentados até entre os tuiteiros russos —, Geraldo Alckmin, do PSDB, tem sido discreto nas redes. O tucano direcionou a maior parte dos recursos à campanha de tevê. A propaganda da bala, avaliam os tucanos, fez efeito.
Por falar em bala…
O candidato do PSL sentiu o tranco ao ver o filme da campanha de Geraldo Alckmin, aquele que mostra uma bala atravessando um copo de leite, uma jarra de água, destruindo livros, um melão e parando próxima à cabeça de uma criança. A ordem agora é subir o tom contra o tucano.
Olho nela/ Marina Silva, da Rede, que terá 21 segundos diários na tevê, comemorou o Jornal Nacional como a grande largada de sua campanha e certa de que tem tudo para ganhar mais votos de lulistas do que o futuro candidato do PT, Fernando Haddad. Seus aliados avaliaram que o maior problema abordado se resumiu à saída de deputados da Rede.
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Por falar em Haddad… / Ele e o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, desembarcam no Ceará nesta sexta-feira. Haddad (foto), em busca dos votos de Lula. E Alckmin, tentando arrancar alguns dos que estão com Bolsonaro.
Até aqui…/ O eleitor continua meio desconfiado dos políticos que desfilam pelo país em campanha. Apesar das pesquisas, todos consideram que estão fazendo campanha “no escuro”.
Educação, grande desafio/ O Coordenador Geral de Graduação do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), Gabriel Cardoso, lança amanhã, 19h, na Cultura do CasaPark, o livro Empreendedorismo social e políticas públicas na educação: possibilidades e limites, em parceria com o professor Júlio Gomes Almeida, da Universidade Cidade São Paulo (Unicid). Num momento em que os indicadores do Brasil nessa área estão tão baixos, nunca é demais se informar a respeito.