A decisão do ministro Felix Fischer, de mandar o ex-assessor Fabrício Queiroz para a cadeia deixa seu antigo chefe, o senador Flávio Bolsonaro, novamente sob tensão. Embora Queiroz já tenha dito que “não há o que delatar”, sua mulher, Márcia, que estava foragida e também foi para a prisão domiciliar, vem sendo pressionada a falar por pessoas próximas. Hoje, mais cedo, Flávio achou que estava tudo resolvido. Queiroz estava em casa e a Justiça do Rio foi informado de que o MP perdeu o prazo para recorrer da decisão de lhe conceder foro privilegiado no estado. Agora, com a volta de Queiroz para a cadeia, o senador volta uma casa na esperança de se ver livre dessa investigação.
A informação de que Felix Fischer tinha a tendência de colocar Queiroz novamente atrás das grades, cassando a liminar do presidente do STJ, João Otávio Noronha, que havia concedido a prisão domiciliar ao ex-assessor da Alerj, foi publicada há vários dias pela Coluna Brasília-DF. O ministro-relator é considerado um dos mais rigorosos da corte. A defesa de Queiroz tem dois pedidos de habeas corpus pendentes de julgamento, um no Rio, outro no Supremo Tribunal Federal. São as esperanças de Flávio Bolsonaro, no sentido de reduzir a pressão sobre o ex-assessor e seus familiares.
O caso do desvio de recursos de servidores da Alerj está a cada dia mais complicado para o senador, uma vez que o volume de depósitos e pagamentos de contas, associado também aos depósitos na conta da primeira-dama Michele Bolsonaro ainda carecem de explicações plausíveis. Pelo visto, o sonho de tranqüilidade do clã Bolsonaro não se realizará tão cedo.