Coluna Brasília-DF
O fim de semana levou o PT a dar uma guinada em sua posição de não dar palanque ao ex-ministro Sergio Moro, visto pelos partidários de Lula como um adversário perigoso para 2022. A ordem entre os petistas agora é trabalhar por uma CPI para investigar as denúncias do empresário Paulo Marinho, de que Flávio Bolsonaro teria sabido antecipadamente da operação da Polícia Federal a respeito de desvio de salários de servidores nos gabinetes da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
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Os petistas estão convictos de que as investigações sobre influência na PF vão desgastar também o ex-ministro Sergio Moro, porque pode ter se curvado a orientações de Bolsonaro sobre quem deveria ser ouvido em investigações. Embora o ex-juiz tenha saído do governo atirando, os petistas consideram que ele pode ser acusado de omissão ao longo de 2019, ano em que Bolsonaro o pressionou pela troca na PF.
CPI nem tão cedo
A decisão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, de só tratar da volta das sessões presidenciais em junho, vai dar ao presidente Jair Bolsonaro tempo para tentar blindar os seus em relação aos pedidos de CPIs que se acumulam no Congresso. É que Alcolumbre já decidiu não instalar CPIs enquanto houver esse estado de calamidade causado pela covid-19. Tem dito em conversas reservadas que seria transformar o cenário grave da pandemia num pandemônio.
O melhor dos mundos
Essa situação, de risco político, é vista no Centrão como o cenário ideal para que os partidos obtenham o que vêm pedindo ao presidente Jair Bolsonaro, leia-se espaço no governo. Depois do cargo de diretor de Ações Educacionais que gerencia Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, um dos alvos do
grupo é Furnas.
Quando chama muita gente…
Reza a lenda da política que reunião de muitos só serve mesmo para tirar fotografia. Porém, o presidente Jair Bolsonaro quer discutir o congelamento de salários dos servidores com governadores na presença dos comandantes do Legislativo e do Judiciário. A ordem é mostrar que está trabalhando em conjunto com todos e aberto ao diálogo.
… Alguém vira um rosto na multidão
De quebra, diluirá a participação dos governadores adversários, João Doria, de São Paulo, e de Wilson Witzel, do Rio de Janeiro.
Onde mora o perigo/ Médicos do Distrito Federal consideram que há o risco de a doença se transferir do Plano Piloto, que lidera as notificações, para as regiões mais pobres, onde as pessoas têm mais dificuldades de respeitar as medidas de isolamento e saem de casa para trabalhar. Ceilândia já ultrapassou Águas Claras em número de casos.
O corpo fala/ Se a bandeirada na cabeça da jornalista Clarissa Oliveira, da Band, durante a manifestação de domingo foi um acidente, a servidora deveria ter demonstrado preocupação, e não pedir desculpas rindo.