Coluna Brasília-DF
O presidente Jair Bolsonaro ouvirá dos presidentes de partidos vozes de apoio à reforma previdenciária. Porém, não tem nem “fechar questão” nem apoio incondicional ao governo. Ou seja, nesses três meses, eles gostaram da tal “independência” em relação ao Planalto. A posição é semelhante no DEM, no PP, no PSD, no PSDB e no MDB. Esses encontros, dizem os políticos, valerão mais pelo simbolismo da abertura de um diálogo direto de Bolsonaro com os partidos, que ele tanto rejeitou até agora. Bolsonaro, por sua vez, sairá com a certeza de que a reforma será aprovada, obviamente, com algumas mudanças. E o tamanho dessas mudanças quem vai definir e negociar é o ministro da Economia, Paulo Guedes.
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Por falar em Paulo Guedes, ele começa a pegar o “jeito” de negociar com o Congresso. Ontem, por exemplo, acenou aos deputados a possibilidade de passar a dividir com estados e municípios os R$ 39 bilhões da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Só tem um probleminha: para isso, precisa da reforma previdenciária
Nada é para já
O Supremo Tribunal Federal (STF) tende a adiar o julgamento da prisão em segunda instância, marcado para a semana que vem. Além de o tema ser objeto de desgaste, a intenção é esperar que o STJ julgue o caso do tríplex, processo que levou o ex-presidente Lula para a prisão.
Clima em Israel
As apostas de quem conversou com o presidente Jair Bolsonaro são as de que vem por aí uma dança das cadeiras assim que ele chegar de Jerusalém. Ninguém dá mais um vintém pela permanência de Ricardo Vélez Rodriguez na Educação.
Perfume de poder
O ministro da Economia, Paulo Guedes, nem precisará usar o perfume que comprou em Washington para acalmar os ânimos na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Afinal, os deputados sabem que, no governo, ele tem o poder de dar ritmo às liberações das emendas parlamentares ao Orçamento da União. E a Casa costuma tratar bem quem tem essa caneta. Não será massacrado como foi Vélez Rodriguez.
De praxe
A oposição, entretanto, não vai estender o tapete vermelho para o ministro. O PT, por exemplo, pretende bater na tecla de que a reforma prejudica os mais pobres. Esse é o discurso que, segundo as pesquisas de alguns, mais chama a atenção do eleitorado.
O pragmático Dirceu/ Quem conversa com o ex-ministro José Dirceu se impressiona quando ele diz que deve ser preso em maio. A certeza é tamanha que ele já listou 23 livros e séries de exercícios físicos, caso venha uma nova temporada.
E o Temer, hein? / O ex-presidente Michel Temer planejava ter um pouco de paz depois de deixar o Planalto. Aos amigos, entretanto, tem dito que agora é que seu calvário está começando. Esses mais chegados não descartam um novo pedido de prisão. E o ex-presidente não é tão pragmático e frio como Dirceu.
Decifra-me…/ Tem sido cada vez mais comum a formação de grupos de parlamentares para discutir cenários políticos e procurar entender o governo Bolsonaro. Na Câmara são, pelo menos, três. Todos capitaneados por ex-parlamentares ou aqueles mais experientes que voltaram à Casa depois de alguns mandatos fora.
O slogan de Tereza/ A deputada Jaqueline Cassol (PP-RO) esteve com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para tratar de assuntos de seu estado. Saiu de lá com a certeza de que tudo o que exigir recursos públicos precisa das reformas para que haja folga orçamentária necessária.