O PSB de Minas Gerais, que acordou na manhã de hoje sob nova direção, não terá como levar adiante a candidatura do ex-prefeito Márcio Lacerda ao governo estadual. Porém não fechará apoio ao governador Fernando Pimentel. Isso porque o acordo dos socialistas com o PT previa apenas a retirada da candidatura de Lacerda e não um apoio formal do partido à reeleição de Pimentel. Os socialistas também já fizeram chegar à direção nacional do partido que só irão compor uma chapa proporcional (deputados estaduais e federais) com o PT se for vantajoso para o PSB. Essas conversas vão até domingo.
Márcio Lacerda, por sua vez, está com as mãos atadas. Ele pode até obter maioria no diretório estadual, porém, não conseguirá ser candidato a governador. É que, no encontro nacional do PSB, ano passado, foi aprovada uma resolução que obriga a homologação das candidaturas majoritárias estaduais pela direção nacional partidária. E o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, que deflagrou o processo de intervenção no diretório estadual na noite de ontem, não homologará a candidatura de Lacerda. Porém, não obrigará o partido a fechar aliança com o PT. Há quem diga que o próximo capítulo dessa história será a vingança de Lacerda em Minas.