Blog da Denise publicado em 7 de janeiro de 2025, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
Em contagem regressiva para deixar o cargo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está sendo pressionado a tomar alguma atitude contra o bloqueio das emendas de comissão, suspensas por decisão do ministro Flavio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). Lira, porém, já fez praticamente tudo o que estava ao seu alcance. E com muitos líderes desmobilizados, será difícil atender a este grupo mais revoltado por causa das emendas de comissão.
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Em tempo: a guerra em torno das emendas tende a ser ampliada, porque o governo prepara novos cortes, o que tornará impossível manter o que os deputados e senadores pretendem propor no Orçamento deste ano — que ainda não foi votado. É aí que se dará o grande embate de 2025, um ano pré-eleitoral, no qual todos querem armar o jogo para a disputa da próxima temporada.
A turma é grande
Está difícil fechar a equação ministerial dentro do PT. É que, para ampliar os espaços dos aliados de centro, será preciso tirar daqueles que têm o Planalto. E o PT, que ainda vive a lógica das tendências, resiste. Depois do impeachment de Dilma Rousseff, tramado pelo MDB, o partido tem lá suas restrições a ceder espaços palacianos e de ministérios da área social.
Esse é meu
A volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao trabalho não se restringe às questões do governo e da reforma ministerial. Ele fez chegar aos ouvidos dos petistas que prefere o ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, no comando do PT. Sinal de que Edinho não irá para o governo.
O que vai mudar
Considerado o futuro presidente da Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) prometeu aos colegas que irá retomar o poder das comissões técnicas da Casa. Nos últimos tempos, tudo era levado direto ao plenário, à base de regime de urgência.
Não conte com eles
Os futuros presidentes da Câmara, Hugo Motta, e o do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), não querem briga com a oposição. Por isso, ficarão de fora dos atos de amanhã para marcar os dois anos do quebra-quebra nos edifícios que sediam os Três Poderes da República.
CURTIDAS
Aceno à democracia/ Hugo Motta (foto) parabenizou a atriz Fernanda Torres pelo Globo de Ouro de melhor atriz, pela atuação como Eunice Paiva em Ainda Estou Aqui. Um aceno representativo em meio ao silêncio de uma parte dos parlamentares mais conservadores.
E vai além/ A premiação de Fernanda Torres é um passo importantíssimo dos atores brasileiros rumo ao reconhecimento internacional e para a cultura brasileira.
Recesso não é para todos/ No Palácio do Planalto, o expediente em janeiro promete ser normal. É hora de acertar tudo para colocar em prática em fevereiro, quando o Congresso volta ao trabalho. Na Câmara, ainda haverá contingente reduzido até o mês que vem. “A gente precisa dos parlamentares para trabalhar. Sem eles, sem trabalho”, contou um funcionário à coluna.
É assim que se faz/ Ao presidir a certificação da eleição de Donald Trump no Congresso dos Estados Unidos, Kamala Harris marcou a diferença para aquele período de invasão do Capitólio, quando Joe Biden e ela, no papel de vice, tiveram a vitória certificada e Trump havia sido derrotado. Foi aplaudida pelo gesto de respeito ao resultado democrático das urnas.