O embate na Economia não terminou

Publicado em coluna Brasília-DF

 

 

O embate na Economia não terminou

 

A avaliação de diversos economistas que conhecem o funcionamento da política é a de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, continuará sob fogo cruzado e que o furo no teto de gastos abrirá a porteira para outras despesas extras. Guedes, porém, conquistou o apoio do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que hoje avalia ser muito melhor a permanência do ministro, que já aceitou os R$ 400 de valor mínimo para o Auxílio Brasil, do que outro que chegue colocando banca e tentando fisgar os valores das emendas ao Orçamento. Outro que também tem essa visão é o presidente da Câmara, Arthur Lira.

 

A turma mais ligada ao ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, já classificado por Guedes no passado como um “fura-teto”, não desistiu. Até aqui, porém, nenhum do grupo que tenta desestabilizar Guedes encontrou alguém que aceite substituir o ministro nessa situação difícil em que o país se encontra.

 

Precatórios com tendência de aprovação

As contas dos partidos indicam um placar apertado, mas favorável à PEC dos Precatórios, que precisa de 308 votos em dois turnos. Ninguém quer ficar sem dinheiro para as emendas ao Orçamento.

 

Chama o Temer!

Acreditem: Em meio às especulações sobre a saída de Paulo Guedes, houve uma turma que foi atrás do ex-presidente Michel Temer. A volta de um político para o comando da Economia é sonho de consumo de muitos. Afinal, Fernando Henrique Cardoso, em 1993, assumiu a Fazenda do governo Itamar Franco e de lá turbinou uma campanha presidencial. Só tem um probleminha: O presidente Bolsonaro pode se reeleger e, nos tempos de Itamar, não havia reeleição.

 

A estreia de Pacheco no PSD

Antes da filiação, no Memorial JK em Brasília, quarta-feira, 11h, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, dará o ar da graça hoje, no Rio de Janeiro. Ele confirmou presença no encontro do PSD comandado pelo prefeito Eduardo Paes. Será a primeira participação dele num ato partidário.

 

Advogados e procuradores de olho em 2022

Bastou Pacheco anuncia a filiação ao PSD, os comandantes do Podemos anunciaram o ingresso do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro no partido. Moro chega para dividir as preferências da turma do Direito. O ex-juiz da Lava Jato tem a simpatia do Ministério Público e de parcela expressiva da Polícia Federal. Pacheco tem mais votos entre advogados. O grupo Prerrogativas, entretanto, tem muitos ligados ao PT.

 

CURTIDAS

 

Quem vai lá/ O ministro da Justiça, Anderson Torres (foto), aceitou convite para o jantar da Esfera, associação que reúne a nata da avenida Faria Lima, em 22 de novembro, em São Paulo. O ministro, próximo a Jair Bolsonaro e da família presidencial, é visto como alguém capaz de ajudar os financistas a entender melhor o governo.

 

Por falar em Faria Lima…/ A turma do mercado financeiro considera que o dia 21 de outubro, quando os secretários do Ministério da Economia pediram demissão, só acabará na próxima quarta-feira, quando o Copom anunciar a nova taxa básica de juros. Essa visão, aliás, é compartilhada pelo advogado, cientista político e professor Rafael Favetti.

 

Enquanto isso, na Sala da Comissão de Justiça do Senado…/ Outubro vai chegando ao fim e nada de sabatina de André Mendonça para ministro do Supremo Tribunal Federal. E, descontada a semana do feriado de 2 de novembro, são apenas sete semanas de trabalho no Parlamento, antes do recesso.

 

Parabéns, Pelé/ O rei Pelé completa 81 anos e seus amigos prepararam uma série de homenagens. Autor do livro “De casaca e chuteiras _ A era dos grandes dribles na política, cultura e história”, sobre a era JK e a trajetória de Pelé, o ex-secretário de Cultura Silvestre Gorgulho já se antecipou e mandou um vídeo para o eterno rei do futebol, com numerologia bem-humorada: “8+1=9. Noves fora, zero por cento de chance de aparecer outro igual ao rei”.