O presidente Michel Temer está disposto a enfrentar logo o pedido que o ministro Edson Fachin encaminhou ao Congresso. Todo o movimento no governo será no sentido de fechar o semestre com o pedido de investigação recusado na Câmara dos Deputados, um objetivo hoje com alta probabilidade de ser atingido. Temer quer votar logo para que não incorrer no que considera um erro (seria mais um): deixar o país parado até agosto esperando a votação.
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Quanto a outros processos que fatalmente o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, colocará na roda, a estratégia muda. Aí sim, dizem aliados de Temer, será hora de esperar para votar todos de uma vez. Afinal, Janot tem mais dois meses no cargo. Portanto, se quiser investigar Temer, terá que oferecer as denúncias ao Supremo Tribunal Federal em agosto, quando o Judiciário volta do recesso.
Sem reforço
A Força Sindical não engrossará a greve geral convocada pela CUT para amanhã. “Greve é para negociar e o governo abriu negociação ao mencionar uma medida provisória para corrigir os erros da reforma trabalhista.”
Suspense palaciano
O terceiro andar do Palácio do Planalto, onde fica o gabinete do presidente Michel Temer, parou para assistir ao pronunciamento em que Renan Calheiros anunciou que se afastaria do cargo de líder do PMDB. Quando terminou, muitos ficaram aliviados. Renan se ateve a um discurso semelhante ao que vem fazendo há meses.
Doria e o Bolsa Família
O empresariado do DF saiu do almoço com o prefeito de São Paulo, João Doria, bastante empolgado com a forma destemida e corajosa com o que o prefeito aborda assuntos considerados intocáveis, inclusive o Bolsa Família. “Sou contra programas assistencialistas. Não é com isso que se resolverá os problemas sociais no Brasil, e sim com educação, saúde e emprego”, disse o prefeito, provocando aplausos na plateia e comentários do tipo, “meu presidente!”
Por falar em Doria…
A conversa dele ontem com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, girou em torno de programas de São Paulo que deram certo — caso do corujão da saúde, por exemplo, para exames, que usa a estrutura ociosa de hospitais privados à noite — e o do licenciamento de empresas no DF, que terminou implementado em São Paulo.
… Ele está de olho no PSB
O PSB é hoje um parceiro dos tucanos em São Paulo, tem o vice-governador, Márcio França. Há quem diga que nada impede a busca dessa parceria no DF, num futuro próximo. Ainda que Doria tenha participado de jantar ontem na casa do deputado Izalci Lucas (PSDB-DF), pré-candidato a governador, 2018 é visto como algo em aberto pelo prefeito paulistano e pelo comando nacional do partido.
CURTIDAS
E o “branco” ficou em segundo/ Por pouco, o voto em branco não empata com Nicolao Dino na eleição para compor a lista tríplice de indicados ao cargo de procurador-geral da República. Foram 605 votos em branco e 621 para Nicolao Dino. Sinal de que muitos não quiseram correr o risco de deixar o seu candidato preferido fora da lista e votaram num único nome.
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Lá e cá/ Michel Temer não foi o primeiro a escolher o segundo nome da lista tríplice da Procuradoria-Geral da República, no caso, Raquel Dodge. O governador do Maranhão, Flávio Dino (foto), irmão do procurador Nicolao Dino, havia escolhido o segundo mais votado da lista da procuradoria do estado. Agora, Temer poderá dizer que apenas seguiu a “jurisprudência” da família Dino.
Só pensa naquilo/ Em reunião sobre reforma política esta semana, cada um dizia o que queria, distritão, voto distrital misto e lá vai. Eis que, de repente, segundo contou um parlamentar, o senador Hélio José (PMDB-DF) saiu-se com esta: “Eu quero é o meu SPU”. Referia-se ao cargo que perdeu na Secretaria de Patrimônio da União.
Sem volta/ Garibaldi Alves (PMDB-RN) avisou de antemão que não comparecerá à reunião de despedida de Renan Calheiros do comando da bancada. Vai apenas na hora de eleger no novo líder. O mais cotado é o senador Raimundo Lira (PMDB-PB). Veja detalhes nos posts abaixo.