Crédito: Caio Gomez
Coluna Brasília/DF, publicada em 16 de fevereiro de 2025, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
Ao mesmo tempo em que o presidente Lula desfilava ao lado do governador do Pará, Helder Barbalho, e do ministro das Cidades, Jader Filho, na sexta-feira, o ex-presidente Michel Temer escrevia um artigo em que criticava os “gastos exagerados” do governo e a ausência de medidas: “Não basta determinar que os juros sejam reduzidos ou que a inflação seja contida. Eles resultam de medidas concretas, palpáveis, que o governo venha a tomar”, escreveu, num texto em que discorreu sobre as ações de seu governo, tentando separar os seus dois anos de mandato, em que a economia reagiu de forma positiva, dos problemas enfrentados no governo Bolsonaro.
A avaliação de muitos é a de que, a partir de agora, as críticas serão mais evidentes, em função da baixa popularidade e da falta de ação do governo junto aos partidos, em especial, os presidentes das agremiações. Até hoje, Lula não teve uma conversa alentada, por exemplo, com o presidente do MDB, Baleia Rossi, ligado a Temer. Lula se mantém afeito à ala do partido que sempre lhe apoiou e não busca outras pontes. Nesse sentido, não conseguirá levar o partido a apoiar o PT formalmente já no primeiro turno de 2026. Aliás, o tom educado que Temer adota no artigo publicado em O Estado de S.Paulo, está bem distante do que já disseram outros presidentes de partido, tais como, Gilberto Kassab (PSD) e Paulinho da Força (Solidariedade), que já escancararam os portões de saída. A sorte de Lula é que a corrida até 2026 é de resistência e dá tempo de reverter caminhos, caso haja ação política na direção certa.
A 20ª edição do Anuário Multicidades — finanças dos municípios do Brasil da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) mostra que em 2023 cresceu o número de municípios com déficits fiscais. Em 2022 eram 13,5% e em 2023 ficou em 22,9%.
De acordo com a publicação, as despesas subiram muito mais que as receitas. Tal fato deixou o caixa de 37,7% dos municípios no ano passado com insuficiência de recursos não vinculados. O deficit registrado foi de R$ 3,43 bilhões.
Mesmo com o cenário fiscal “prejudicado”, em 2023, os investimentos bateram recorde e os custeios passaram os gastos com pessoal pela primeira vez. Ao todo, 24,2% destinaram sua receita para a saúde, percentual mais elevado desde 2017. O mínimo exigido pela Constituição Federal é 15%. Outro fator positivo foi o crescimento dos tributos próprios, que subiu 7%. Em 23 anos, essa elevação foi de 47,6%.
Enquanto a regulamentação das redes sociais continua parada na Câmara dos Deputados, esperando o aval do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB), o marco civil da internet deve voltar a ser julgado em breve no STF. De acordo com o ministro da Corte Gilmar Mendes, o visto deve ser concluído em poucos dias.
O polo da diplomacia…/ O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, é, talvez, um dos poucos que não reclama do governo federal. A cidade sediou, no ano passado, o encontro do G-20 e, em julho, sediará a reunião de cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, encorpado recentemente com o ingresso da Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã). Aliados de Paes são unânimes em afirmar que esses eventos dão visibilidade à administração de uma das cidades mais charmosas do país e do mundo. Com a tensão entre Donald Trump e os países do bloco num crescente, a reunião de julho terá peso dois no cenário internacional.
… e da política/ A maioria dos ministros do governo que desembarca no Rio de Janeiro aproveita para ter uma conversa alentada com o prefeito Eduardo Paes. Ao mesmo tempo em que faz barulho contra o bolsonarismo nas redes sociais, Paes articula o futuro político e administrativo. Pré-candidato a governador, precisará do apoio de parte da esquerda e do centro contra o bolsonarismo.
Miro, o retorno/ Referência positiva no Rio de Janeiro, o ex-deputado Miro Teixeira (PDT) prepara-se para ser candidato ao Senado no ano que vem. “Uma campanha sempre é momento de debater e refletir sobre o que o estado e o país desejam para o futuro.”
Dados, visibilidade & igualdade/ A cúpula da ONG Criola esteve em Brasília recentemente para conversar com o governo federal, especialmente o Ministério da Igualdade Racial. A ideia é fornecer ao Poder Executivo dados coletados pelos estudos que a organização faz, de forma a tentar melhorar os programas sociais. A cofundadora da ONG, Lúcia Xavier, critica a falta de comunicação do Executivo federal. “Essa comunicação, sem (a cúpula) o governo, não dá a dimensão das políticas públicas que as pastas criam. E ficam só nos ministérios, não vêm de cima (Lula)”, afirmou.
Coluna Brasília/DF, publicada em 30 de março de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito…
Coluna Brasília/DF, publicada em 29 de março de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito…
Coluna Brasília/DF, publicada em 28 de março de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito…
Coluna Brasília/DF, publicada em 27 de março de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito…
Coluna Brasília/DF, publicada em 26 de março de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito…
Coluna Brasília/DF, publicada em 25 de março de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito…