Eleito senador, Jarbas Vasconcelos (MDB-PE) interrompe hoje as férias para ingressar na campanha de Simone Tebet pela Presidência do Senado dentro e fora do MDB. “Ela está à altura do momento. É responsável, plural, tem todos os requisitos. Vou me empenhar para que seja eleita”, diz Jarbas, do alto de quem já viu um pouco de tudo na política.
Ainda que não seja indicada como o nome do MDB, Simone pretende se lançar em voo solo no plenário. Ela trabalha para fugir da sina de Luiz Henrique, o candidato avulso que, em 2015, obteve 31 votos contra 49 de Renan Calheiros. Na disputa prevista para daqui a uma semana, no entanto, ela segue mais ou menos o mesmo script: se aproximou do PSDB, que tem vários senadores interessados em apoiá-la. Falta combinar com os demais partidos.
Contabilidade de Renan
Os aliados de Renan acreditam que o senador alagoano tem 44 votos. Se a conta estiver certa, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, terá de rever seus conceitos. Pelos números, o candidato do DEM, Davi Alcolumbre, não terá sequer os seis votos do próprio partido.
O teste de Mourão
O decreto do presidente em exercício, Hamilton Mourão, que amplia o número de pessoas com poder de determinar sigilo a documentos oficiais não está livre de ser submetido a uma votação no Parlamento. O deputado Reginaldo Lopes, por exemplo, prepara um projeto para sustar o texto. Será uma prova de fogo para aqueles que chegaram eleitos pelas redes sociais.
Bolsonaro na linha fina
Com Flávio Bolsonaro na mira por causa de sua movimentação financeira e do seu ex-assessor Fabrício Queiroz, o presidente Jair Bolsonaro não poderá dar um passo em falso no quesito combate à corrupção. Daqui para a frente, por exemplo, avaliam muitos políticos, terá de ter cuidado redobrado com as medidas nessa seara. Haja vista a nova proposta do Banco Central de suspender a vigilância sobre parentes de políticos.
A escolha de Sérgio Moro
Com as associações da Polícia Federal e de peritos criminais criticando a proposta do Banco Central de suspender a vigilância sobre parentes de políticos, e os magistrados defendendo, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, terá de definir um lado: e, avisam seus amigos, ele ficará ao lado dos policiais.
Fabinho na lida I/ Candidato a presidente da Câmara que mais preocupa o favorito Rodrigo Maia, o deputado Fábio Ramalho, do MDB-MG, foi o primeiro a sair em defesa da viagem dos deputados do PSL à China: “Deputados eleitos democraticamente pelo povo brasileiro têm a legitimidade de representar o país em viagens oficiais, assim como em representações extraoficiais. A China tem uma oferta de investimentos de, aproximadamente, R$ 30 bilhões em infraestrutura do Brasil. Ninguém está autorizado a dizer irresponsabilidades na rede com o pretexto ideológico” afirmou.
Fabinho na lida II/ De quebra, ainda se colocou no modo “paz e amor”: “Nada de radicalidades, nem para a direita nem para a esquerda. O Parlamento deve trabalhar em sua pluralidade, de forma a respeitar todas as frentes de pensamento da sociedade brasileira. Da mesma forma e sob os mesmos argumentos, apoio de forma irrestrita a missão do nosso governo em Davos”.
Lua de mel curtinha/ A decisão do presidente Jair Bolsonaro de não tirar uns dias de repouso para se recuperar da cirurgia que fará na segunda-feira levou muitos políticos a considerar que ele e o vice não vivem uma sintonia total e irrestrita.
Por falar no presidente…/ Ele já chegou marcando reunião para hoje cedo com assessores. Não quer perder um só minuto de trabalho antes da cirurgia.