Favreto pega a bola. Gebran toma, Favreto retoma e cruza para a grande área… O dia em que a Justiça virou um jogo de futebol

Publicado em Eleições 2018

A Justiça entrou num impasse. Primeiro, foi a decisão do desembargador Rogério Favreto, plantonista do TRF-4, de soltar o ex-presidente Lula. Depois, veio o relator da Lava Jato no TRF-4, Gebran neto, no início da tarde e avocou para si o processo, mantendo a prisão. Disse ainda que sequer caberia um Habeas Corpus (leia detalhes no post anterior). Favreto, então, mandou soltar Lula e deu uma hora de prazo para que sua ordem seja cumprida. A queda de braço está em curso e a insegurança jurídica instalada. Nas últimas seis horas, foram três decisões envolvendo um pedido de liberdade do ex-presidente Lula. Até o final do dia, outras virão, uma vez que o impasse está criado e a Polícia Federal não sabe o que fazer. Lula já está pronto para deixar a sede da PF em Curitiba onde está preso. Mas, enquanto isso não for esclarecido, não sai.

Favreto é ligado ao PT. Há pouco, a procuradora Beatriz Kicis apresentou uma reclamação contra ele no Conselho Nacional de Justiça, alegando que ele não poderia rever uma decisão da 8ª turma no plantão. O advogado Alexandre Herrero, por sua vez, acaba de pedir a prisão do juiz Sérgio Moro, por determinar que a prisão de Lula fosse mantida.

No caso de o Tribunal Regional Federal da 4ª Região não conseguir resolver, o caso seguirá para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Se nessa instância não houver uma solução, o caso chegará no Supremo Tribunal Federal. Cármen Lúcia acompanha as jogadas, observa para ver se a bola chegará aos seus pés. Ela só agirá se for provocada. Ainda tem muito jogo pela frente.