Por Denise Rothenburg — Os aplausos mais efusivos no Lide Brazil Investment Forum, em Nova York, foram para os palestrantes que defenderam o equilíbrio fiscal e uma Reforma Administrativa que inclua avaliação de desempenho. “O Estado foi capturado de tal forma pelo corporativismo que existe, hoje, para servir aos servidores, e não ao usuário”, cobrou o deputado Arthur Maia (União-BA), defendendo uma mudança que coloque o funcionalismo no mesmo patamar da iniciativa privada. O mesmo aplauso efusivo ocorreu quando o presidente da Febraban, Isaac Sidney, pregou políticas públicas que caibam dentro do Orçamento da União.
A posição de Maia indica que qualquer proposta Reforma Administrativa que venha no sentido oposto à cobrança de desempenho ou métricas que tragam uma espécie de isonomia de tratamento entre o público e privado, terá dificuldades no Parlamento. Quem conhece o traçado, recomenda ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que permaneça dentro da regulamentação da Reforma Tributária e deixe a administrativa para um futuro mais distante.
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Função pública e não privada
A nova comandante da Petrobras, Magda Chambriard, é vista como uma pessoa da linha de Dilma Rousseff — não tem conversa. Nos tempos de Agência Nacional do Petróleo (ANP), era vista como alguém que defendia que a empresa estivesse a serviço do Brasil, e não dos seus acionistas.
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Hora de tratar das dívidas
O governador Claúdio Castro, do Rio de Janeiro, fez questão de lembrar que se não fossem os juros cobrados no pagamento das dívidas, talvez o Rio Grande do Sul tivesse recursos para investir e evitar tragédias. Porém, em seguida, esclareceu: “Não vamos jamais usar uma tragédia dessas para tratar de renegociação de dívidas. O Rio Grande do Sul, hoje, é um caso humanitário, precisa de ajuda e solidariedade”.
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O lema de Zema
Em todas as solenidades de que participa, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, adota um discurso que soa como música ao empresariado: “Minas está crescendo bem acima da média nacional. Voltou a ter credibilidade e não complica a vida de quem investe”.
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Curtidas
Senhoras do agro/ Assim como a ex-senadora Kátia Abreu (foto), a senadora Tereza Cristina (PP-MS) já foi ministra da Agricultura e saiu do evento do Lide lançada para presidir a Confederação Nacional de Agricultura (CNA). “Nossos caminhos são muito parecidos: fomos deputadas, ministras, senadoras. Falta presidir a CNA e há tempos não temos uma mulher por lá”, disse a ex-senadora.
E de muito mais/ Kátia não citou, mas já foi candidata a vice-presidente da República do ex-deputado e ex-governador do Ceará Ciro Gomes. Tereza é lembrada como uma opção para uma chapa presidencial dos conservadores, em 2026.
Por falar em candidatura…/ O governador de Goiás Ronaldo Caiado saiu de Nova York aquecido para disputar uma indicação ao Planalto no futuro. Em seu discurso, lembrou logo que se tem negócios falindo em Goiás, são aqueles relacionados a carros blindados e segurança privada. Vai focar todo seu discurso em segurança pública.