Da Coluna Brasília-DF, por Denise Rothenburg
Os tribunais de Contas e Ministério Público terão muito trabalho nos próximos meses. É que a disputa eleitoral promete trazer uma série de denúncias, levantando suspeitas sobre desvio de recursos e/ou sobrepreço em várias áreas envolvendo emendas parlamentares. No Tocantins, por exemplo, está se desenhando uma denúncia da “bancada do LED”. São várias emendas destinadas à iluminação pública, que já consumiram mais de R$ 100 milhões em recursos públicos. Dezenas de prefeituras optaram pela adesão em ata de licitação de outro município, inclusive de outro estado, como a ata de São Felix do Xingu, no Pará, que tem o custo unitário de R$ 1,6 mil por ponto de luz.
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Dia desses, o jornalista e ex-vereador Gerônimo Cardoso divulgou um vídeo denunciando a compra e instalação de iluminação publica de LED, em Paraíso de Tocantins. Cardoso aponta que, em 2021, foram quase R$ 2,5 milhões. As luminárias compradas, diz ele, custaram quatro vezes mais do que a prefeitura de Paraíso pagou. Numa notícia publicada no site RR10, o prefeito Celso Morais agradece ao deputado federal Carlos Gaguim, do União Brasil, por investir na modernização da iluminação pública da cidade.
Os técnicos dos ministérios estão com dificuldades de agradar aos prefeitos do Rio Grande do Sul. É que, quando se fala em projetos para reconstrução ou mesmo emergência, a maioria dos gestores municipais resiste e pede um… Pix. Só tem um probleminha: dinheiro publico precisa de projeto, comprovação de despesa e por aí vai. Se eles querem Pix, o conselho tem sido fazer uma campanha de arrecadação junto a instituições privadas.
Por falar em recursos…
O governo está terminando a montagem da linha de crédito para reconstrução dos municípios. O pacote de R$ 5 bilhões promete alongar os prazos de pagamento de 10 anos para 12 anos e a carência sobe de um ano para dois anos. O Tesouro, inclusive, já colocou um escritório no Sul apenas para tratar da ajuda aos prefeitos.