Coluna Brasília-DF
Com trânsito em todos os partidos, o novo líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), chega para ajudar o presidente a superar a crise no PSL arregimentando apoios em outras agremiações. Esse trabalho será lento e gradual e começa a partir da semana que vem, tão logo o Senado aprove a reforma da Previdência. A ideia é aproveitar este final de ano para buscar apoios, organizar a votação da reforma tributária, que tramita simultaneamente na Câmara e no Senado.
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Ainda hoje, Eduardo Gomes se reúne com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para conversar sobre o que será possível votar ainda este ano. A avaliação geral é de que, diante do tumulto na seara política, é melhor fechar o ano com a reforma previdenciária e esperar 2020 para tratar de outros temas. Inclusive, mudanças na regra de ouro e a reforma administrativa, que desembarcam no Congresso na próxima semana. A regra de ouro em vigor não permite endividamentos para cobrir despesas correntes (salários e aposentadorias, por exemplo).
Ajudinha I
Eduardo Gomes desembarca na liderança do governo junto com 19 novos projetos de suplementação orçamentária, que aterrissaram no Congresso por esses dias, num total de quase R$ 40 bilhões. O maior deles, de R$ 34 bilhões, tem o próprio líder como relator. Refere-se ao pagamento do governo à Petrobras, como parte da revisão da cessão onerosa.
Ajudinha II
Nesses projetos de suplementação, estão ainda várias emendas de deputados e senadores ao Orçamento da União, em especial, as áreas de saúde e transportes com recursos para o Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit), onde se concentram emendas de bancada.
Caldo de galinha e água benta…/ Ao pedir desculpas ontem pelo post sobre a prisão em segunda instância publicado no perfil do presidente Jair Bolsonaro no Twitter, o vereador Carlos Bolsonaro confessa que escreve nas redes sociais do chefe da Nação. Os mais fiéis aliados já cansaram de avisar que o melhor é deixar o presidente cuidar de seu próprio Twitter.
Frase / “Não subestime a nossa capacidade de criar problemas para nós mesmos”
Do ex-ministro da Justiça e ex-deputado José Eduardo Cardozo, referindo-se ao PT ainda nos tempos do governo Dilma Rousseff. O PSL de hoje tem muita semelhança com o PT de ontem.
Por falar em PT…/ O partido concentra hoje toda a sua aposta no julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a prisão em segunda instância. Não por acaso, eram os petistas a maioria dos manifestantes em frente ao STF na tarde de ontem.
Toffoli a la Marco Maciel/ Às da política, o ex-vice-presidente Marco Maciel sacava a seguinte frase quando havia uma crise ou algo complicado a resolver: “Não vamos fulanizar”. É essa máxima que o STF seguirá nesse período em que trata da prisão em segunda instância.
Por falar em passado…/ Nunca antes na história desse país se ouviu em alto e bom som o líder do partido do presidente da República chamando o chefe da Nação de “vagabundo” como fez o delegado Waldir (PSL-GO). Algo está fora da ordem.