O deputado Eduardo Bolsonaro assumirá a presidência do PL com duas missões: A primeira é fazer o enfrentamento ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. A segunda é preparar uma candidatura ao Planalto. “Eu que pensei nisso. Alexandre de Moraes não vai voltar atrás. Temos que ter alguém que possa combatê-lo. Eduardo, como deputado federal, tem imunidade”, contou ao blog o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. “Eu não tenho imunidade. Ele me prendeu por causa de uma arma do meu filho. Se é um deputado, não pode fazer isso”, avaliou Valdemar. “E o pior é que não posso falar com Bolsonaro. Não posso falar com o maior dono dos votos do meu partido”, disse Valdemar. Ele considera que isso ajudou a criar um curto-circuito em relação a Ricardo Nunes. Hoje mais cedo, depois de circular o vídeo em que Pablo Marçal rendia homenagens ao ex-presidente da República, Bolsonaro fez uma live ao lado do candidato a vice-prefeito que ele indicou, Ricardo Mello de Araújo, pedindo votos para chapa de Ricardo Nunes.
Perguntado se o cargo de presidente do PL pode transformar Eduardo Bolsonaro no candidato do partido ao Planalto em 2026, a resposta foi um animado “lógico!” Não tenha duvida disso. Ele é muito dedicado, percorreu o pais ajudando os candidatos do partido, fora a atividade internacional que exerce”, afirmou Valdemar. A função de Eduardo será política. Valdemar é quem continuará com a parte administrativa no posto de vice-presidente. É o PL abrindo mais espaço para o bolsonarismo raiz. Vale lembrar que foi Eduardo que, em outubro de 2018, antes do primeiro turno, afirmou com todas as letras: “Se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Não manda nem jipe. Manda um soldado e um cabo”. Dias depois, pediu desculpas pelo Twitter. Mas, pelo visto, a guerra continua.