Depois das isenções de impostos do óleo diesel, chega nesta segunda-feira mais um risco para as contas públicas e, desta vez, nada a ver com os caminhoneiros. É que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) marcou o julgamento do reajuste de quase 4% aos funcionários da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), da Valec, da Companhia Desenvolvimento do Vale São Francisco (Codevasf) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
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O gasto estimado para honrar o pagamento dos aumentos de 3,98% na Valec e na Codevasf é de R$ 140 milhões, conforme cálculo apresentado aos ministros do TST. O impacto pode ser maior, por causa do pedido de pagamento retroativo referente a 13 meses de salário, mais benefícios. O dinheiro sairá dos cofres do governo federal, responsável pela manutenção da folha de pagamento das estatais em questão.
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O julgamento é dado como ganho pelos servidores, uma vez que o próprio governo, nos bastidores, se mostra disposto a bancar o reajuste para evitar novas crises como a greve dos caminhoneiros. Tentou-se até fechar um acordo oficial entre a equipe de Michel Temer e os sindicatos, que rejeitaram a proposta. A orientação é julgar o caso com a máxima rapidez e discrição. Auxiliares de ministros afirmaram ao repórter do Correio Bernardo Bittar que o TST considera o reajuste justo e devido, independentemente das condições econômicas do país. Entre os argumentos está o clichê usado pelos servidores públicos que pleiteiam aumento: “É direito do trabalhador.”
Os bancos que se cuidem
Equipes de pré-candidatos a presidente da República de todos os matizes ideológicos falam de uma concentração bancária muito grande no Brasil, e é preciso concorrência para baixar juros de cartões de crédito e cheque especial. A turma que nunca perdeu, em governo algum, começa a se remexer na cadeira.
Tempo esgotado
O PSB cansou e não vai esperar até julho pela definição dos petistas. O partido não aguenta mais a ampliação de condições do PT para apoiar a reeleição de Paulo Câmara em Pernambuco. Agora, vai começar á a tratar o PT pernambucano como adversário. E, no plano nacional, se voltar para Ciro Gomes.
Pagar para ver
Os socialistas consideram que eram procurados pelo PT, mais para tentar tirar o partido de Lula do isolamento. Hoje, ninguém mais aposta numa união das esquerdas. A ordem é cada um testar a
própria força.
Bem assim/ Tudo o que o governo deseja é uma bola de cristal para saber se a procuradora-geral, Raquel Dodge, vai apresentar uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer. Até aqui, dizem os amigos do presidente, não se “pescou” nada a respeito na Procuradoria. O jeito é ir vivendo o dia a dia, sem esperar o dia de amanhã.
Codinomes I/ Não foram apenas os receptores de propinas que receberam apelidos do pessoal das empreiteiras. Empresários presos na Lava-Jato que já deixaram a cadeia começam a espalhar como chamavam os procuradores e juízes. Sérgio Moro era “Mazzaropi” (foto).
Codinomes II/ Os delegados da Polícia Federal também não escaparam. Rosalvo Ferreira Franco, que chefiou o início da Lava-Jato no Paraná, era “Maguila”. E Márcio Adriano Anselmo, “Freddy Mercury”.
Codinomes III/ Os apelidos sobraram para todos, inclusive para o então procurador-geral, Rodrigo Janot: “Cavalo Branco”. O procurador Deltan Dallagnol era o “Bispo”. E o ex-procurador Marcelo Miller, “Maçaranduba”. Não é a cidade de Massaranduba e, sim, o personagem do antigo programa humorístico Casseta & Planeta, que saía distribuindo sopapos para todos os lados.