Dos 26 prefeitos de capitais que tomam posse hoje, o do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, é quem será mais acompanhado de perto por todos os atores da política. E são várias as razões. Primeiro, a cidade é berço político do presidente da República, Jair Bolsonaro — que, vale lembrar, apoiou o adversário de Paes, Marcelo Crivella.
Em segundo, a cidade do Rio de Janeiro é considerada a vitrine do Brasil pelo mundo afora. E, para completar, a cidade e o Estado foram massacrados por atores que hoje cumprem pena e outros afastados por ordens judiciais. Ou seja, dos municípios com problemas, o de Eduardo Paes certamente está no topo do ranking.
Paes tem plena consciência desse desafio e da chance de se consolidar no rol dos administradores que deram certo. Em seu discurso, citou que quer que “o Rio passe a ser paradigma na forma de fazer política e na forma de gerir a coisa pública”. Mencionou ainda que quer ver a cidade como “referência nacional em transparência, integridade e combate à corrupção”.
O novo prefeito começa com vontade, haja vista a quantidade de decretos, 74, editados logo no primeiro dia. Na área econômica, utilizará a experiência acumulada nos últimos anos pelo deputado Pedro Paulo, autor de um projeto que, embora tenha sido desprezado pelo governo de Jair Bolsonaro, serviu de base para a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) Emergencial.
O projeto de Pedro Paulo foi que delineou os gatilhos para ajuste fiscal. A PEC não foi aprovada até hoje, porque faltou mobilização por parte do Governo Bolsonaro e agora chega com prioridade para este ano. pelo andar da carruagem, porém, corre o risco de Eduardo Paes conseguir aprovar primeiro uma proposta desse tipo para o município do Rio de Janeiro. Afinal, experiência política e administrativa para essa turma que assume agora o Rio não falta.