O governo está atônito com a convocação de Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, para depor na
CPI da Covid. A ira está grande e a quantidade de impropérios contra os senadores idem. A avaliação feita há pouco por alguns inquilinos do Planalto nesta temporada inclui frases do tipo, “eles (os senadores do G7) só pensam em f… o Bolsonaro”. Para completar, ainda tem a suspeita de que o senador, do qual o lobista Marconny Faria diz não se lembrar do nome, é o 01, Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Diante desse cenário, os palacianos consideram que a missão “segura CPI”, entregue ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, está longe de ser cumprida, embora o ministro tenha dito que estava tudo resolvido. Ciro teria dito recentemente ao presidente Bolsonaro que ele não precisaria se preocupar, porque a CPI não tem nada que envolva o presidente ou seus ministros em corrupção. Porém, mesmo com esse cenário, a convocação da ex-esposa do presidente deixa claro que Bolsonaro ainda terá muita dor de cabeça com a CPI da Pandemia. No Palácio, entretanto, segue a avaliação de que o presidente está blindado em relação à vacina Covaxin e à Precisa Medicamentos, porque não houve um centavo gasto nessas operações nebulosas.Ninguém contava com a astúcia do G7, de aprovar a convocação de Ana Cristina Vale, a mãe de Jair Renan, que, a pedido de Marconny Faria, teria tentado influenciar na nomeação do chefe da Defensoria Pública da União.