O relatório do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), tido como um gesto de coragem, firmeza e lealdade em defesa do presidente Michel Temer, fortaleceu a posição dos ministros tucanos e, ainda, do governador de Goiás, Marconi Perillo, para presidir o PSDB. Governistas do partido não estão dispostos a entregar a presidência da legenda ao senador Tasso Jereissati, que tentou levar o PSDB a um afastamento definitivo do governo Temer. Preferem alguém mais ao centro, caso de Perillo, que não chega a ser o maior aliado do Planalto, porém não é tão oposicionista quanto Tasso. É por aí que os tucanos vão afinar o discurso para troca de comando da sigla.
Então, ficamos assim
Dentro da base do governo no Congresso prevalece o seguinte raciocínio: A Câmara rejeitou a autorização para processar Michel Temer. Os insatisfeitos que se mobilizem para votação em plenário.
Tese para unir
Integrantes do PSB, do PPS, do DEM e até do PSD começaram a elaborar um documento a ser apresentado em agosto como espécie de manifesto de um novo partido. Vão entrar no documento o fim do presidencialismo de coalizão e a necessidade de reformas para dar estabilidade econômica ao país.
Nome para animar
O grupo de deputados que trabalha a tese do novo partido pretende aproveitar o período de recesso para ir a Salvador, fazer uma visita ao prefeito ACM Neto, que hoje está muito bem avaliado e apontado como pré-candidato ao governo da Bahia em 2018.
Por falar em ACM Neto…
O prefeito tem chamado a atenção dos caciques do sistema financeiro. Roberto Setúbal, do Itaú, por exemplo, tem perguntado a seus amigos da política quais as perspectivas de ACM Neto voltar ao papel de player nacional. O prefeito soteropolitano é, sem dúvida, um nome a ser observado.
#Ficaadica
O pronunciamento do presidente Michel Temer nas redes sociais reforçou a ideia de que, se brincar, o governo vai investir a partir de agora na reforma tributária, deixando a previdenciária mais para frente. Afinal, no início do ano era voz corrente na equipe de Michel Temer que a tributária só chegaria ao Congresso depois de votada a previdenciária. Tudo para não embolar todos os assuntos.
CURTIDAS
Tempo de descansar/ A maioria dos deputados aproveita o recesso para sair de circulação. A ordem por esses dias é passear com a família e ficar, de preferência, longe das bases. Ano que vem tem eleição e essas férias são as únicas que eles podem tirar com calma. Janeiro de 2018 já será a hora de preparar a campanha.
São todos Brasil/ No Planalto, repete-se o mantra “não temos aliados fisiológicos, só temos deputados que pensam no Brasil”. Aliás, inclui-se aí o PTB, que tem uma bancada indicando para a Cultura a deputada Cristiane…. Brasil.
Jardim & Janot/ O ministro da Justiça, Torquato Jardim passa uns dias nos Estados Unidos. Em Washington, assina acordo de cooperação na área de tecnologia para integração das comunicações entre as forças de segurança pública. De lá, segue para Nova Iorque, onde participa de reunião sobre refugiados e imigrantes. Periga cruzar com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que está na cidade essa semana.
Bom para todos/ A decisão de Alessandro Molón (Rede-RJ), de representar contra o governo por compra de deputados na Comissão de Constituição e Justiça, levou os governistas a juntarem os documentos capazes de mostrar que hoje não cabe ao Poder Executivo segurar emendas do deputado A ou B. Essa parte está dentro do orçamento impositivo.