Um partido em suspense

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As notícias que ligam as consultorias de José Dirceu às propinas pagas como parte do esquema da Petrobras deixaram o PT como aquele personagem que não pode se mexer. Se defender demais o ex-ministro da Casa Civil, deixará irada a ala do partido que trabalha para se blindar dos malfeitos do período do mensalão. Se não defender aquele que foi sempre fiel ao ex-presidente Lula, a ala ligada ao ex-ministro ficará ainda mais frustrada.

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A propósito, Dirceu já fez chegar a todos os interessados que não voltará para a cadeia e, se tiver que ir, não irá sozinho. Nesse sentido, há quem esteja meio intrigado com o silêncio de Lula. Desde a posse, o ex-presidente não se manifesta. Espera-se que quebre esse gelo no aniversário do PT, em 6 de fevereiro, em Belo Horizonte.


Escalão a conta-gotas

A presidente Dilma Rousseff decidiu não preencher os cargos de segundo escalão numa lapada só. A amigos, tem dito que, se fizesse isso, perderia o melhor momento dos partidos, que é aquele em que todos têm expectativa de poder. Faz sentido.


Jogada ensaiada

Certo de que estará no segundo turno na eleição para presidente da Câmara, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) anunciou voto em favor de Julio Delgado se estiver fora da final com o objetivo de tentar angariar os votos dos socialistas. Aposta em especial na ala do PSB que deseja se aproximar do governo Dilma Rousseff.


Enquanto isso, no Senado…

O PT se apresenta conformado com a proposta de reeleição de Renan Calheiros (PMDB-AL) para presidir a Casa. Em conversas reservadas, senadores do partido dizem que o melhor ali é se preparar para, se Renan tiver qualquer problema, ocupar o lugar. Isso significa que não será no meio petista que a oposição conseguirá encontrar respaldo para derrubar a perspectiva de o peemedebista alagoano comandar o Senado por mais dois anos.


O que é bom para os gringos…

…Nem sempre é bom para os brasileiros. O mesmo gás de folhelho (vulgo, gás de xisto) que ajudou a tirar os Estados Unidos do atoleiro teve a exploração suspensa por uma liminar do juiz 5ª Vara de Presidente Prudente há dois dias até que se tenha estudos ambientais sobre a técnica usada para a exploração. A tecnologia de extração traz riscos de contaminação da água e do solo. Em tempo de escassez de água, todo cuidado é pouco.

CURTIDAS    

Até eles!/ Ontem faltou água no Senado. É. Pois é.

Ah, bom!/ O ministro Arthur Chioro pediu que a assessoria entrasse em contato com a coluna para esclarecer que foi de avião da FAB até o Guarujá porque a casa dele é em Santos, o município vizinho. Ele só vai a Congonhas quando divide o uso do jatinho com outros ministros. Menos mal.

De volta/ O ex-governador Agnelo Queiroz está recolhido, esperando a tempestade passar, mas o ex-vice-governador Tadeu Fillippeli (foto), do PMDB, não pretende sair de cena tão cedo. A ideia é aproveitar os próximos três anos para preparar uma carreira solo em 2018.

Olha a silhueta!/ Deputados e senadores faziam planos de dieta no fim de semana. É que, a partir de segunda-feira, eles voltam a Brasília para preparar a retomada dos trabalhos na Câmara e no Senado. E cada partido prepara um jantar para receber os seus.  

PSD ANUNCIA APOIO A CHINAGLIA

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   Candidato a presidente da Câmara, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) ganha hoje à tarde o apoio do PSD. O casamento será oficializado às 17h, no gabinete do novo líder pessedista, Rogério Rosso (DF). Os dois partidos vão inclusive formar um bloco a fim de tentar compensar o que vem sendo formado pelo peemedebista Eduardo Cunha (RJ), o principal adversário de Chinaglia na disputa pela Presidência da Casa. O PSD tem 36 deputados e o PT, 66, o que dá um total de 102. O PT espera outros partidos para ampliar esse bloco.

Jogado às feras

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Na esteira da avaliação do governo Agnelo Queiroz que o PT do Distrito Federal fará a partir da semana que vem, virão algumas manifestações no sentido de expulsar o ex-governador do partido. A ideia de afastá-lo da legenda é para tentar tirar dos ombros partidários todo o peso da situação caótica das finanças do GDF. Obviamente, dizem os petistas, não será o caso de tirar toda a responsabilidade do partido por essa situação, até porque a maioria dos secretários era orgânica no antigo governo. Porém, os políticos do partido não querem deixar que o PT pague por erros que Agnelo teria cometido sozinho.

Internamente, os petistas consideram que o ex-governador vem da escola do PCdoB, na qual as decisões são centralizadas num pequeno grupo, enquanto no PT a maioria das atitudes é decidida em conjunto. Em tempo: o PCdoB não pretende abrigar o ex-governador. Agnelo está cada vez mais sozinho.

Mina

Investigadores que foram à Suíça e à Alemanha coletaram informações muito mais importantes do que os simples depósitos em dinheiro fruto do petrolão. Será a base da Lava-Jato 8 — uma operação que ganhará outro nome. No domingo, uma nova força-tarefa se juntará a quem já está por lá.

Interminável

O PT não consegue se livrar da sombra do mensalão. Circula na internet a notícia divulgada em 10 de janeiro pela TVI de Portugal sobre o depoimento do ex-presidente da Portugal Telecom Miguel Horta e Costa no caso, mediante carta rogatória. Ele foi ouvido porque, em um de seus depoimentos, o empresário Marcos Valério disse que a empresa lusitana teria dado ao PT 2 milhões de euros no período do governo Lula. Obviamente, Horta negou tudo.

A terceira campanha…

Confiantes na vitória de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para presidir a Câmara, pelo menos cinco deputados do PMDB se engalfinham em torno da vaga de líder da bancada: Danilo Forte (CE), Leonardo Picciani (RJ), Lúcio Vieira Lima (BA), Manoel Júnior (PB) e Marcelo Castro (PI).

…E as apostas

Dos cinco, as chances de cada um estão nessa ordem: Manoel Júnior, que já foi inclusive cotado para ministro do governo Dilma Rousseff, Marcelo Castro, Danilo Forte e Lúcio Vieira Lima. Picciani, por ser do Rio, é considerado carta fora do baralho. Na hipótese de Cunha se eleger, será preciso entregar o cargo de líder a outro estado. Para completar, o deputado fluminense ainda tem outro problema: a cassação do mandato dele, pedida pelo Ministério Público.

CURTIDAS   

Tensão no ar/ No ato Somos Charlie, promovido pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) no auditório do Interlegis, a segurança foi reforçada. Além de detector de metais e revista na entrada, policiais na área interna estavam em posição, segurando a arma no coldre, pronta para ser acionada ao menor sinal suspeito por parte da plateia.

Cadê o tradutor?!!!/ Assim que o sheik Muhammad Zidan, do Centro Islâmico de Brasília, começou a discursar em árabe, houve um burburinho na sala. É que ninguém sabia, mas o tradutor estava a postos. Depois de cinco minutos do discurso, começou a tradução, para alívio da maioria dos presentes. Enquanto isso, em Congonhas…/ Há dois dias, numa sala VIP do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o deputado Pedro Paulo (foto), do PMDB do Rio, conversava com um senhor que lhe dizia, em alto e bom som: “Você é o nome para a prefeitura. O Rio merece alguém atuante como você”, e por aí vai. Pedro Paulo apenas sorria, meio sem graça, por causa da presença de pessoas à volta dele.

…Ninguém imaginava/ Pode até ser, mas, primeiro, o deputado precisará resolver o imbróglio das contas de campanha com a Justiça Eleitoral. Até agora, Pedro Paulo não fez qualquer comentário sobre o pedido de cassação do mandato por parte do Ministério Público.

Guerra à ¿porteira fechada¿

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Depois de perderem pastas que consideravam importantes, como Educação, petistas fazem coro na Esplanada e no Palácio do Planalto contra a hipótese de destinar os cargos de segundo escalão a integrantes do partido que ocupa o gabinete de ministro. A intenção é continuar com aquela história que reinou na Previdência: ali, o PMDB tinha o ministro, Garibaldi Alves Filho, mas o secretário-executivo era Carlos Gabas, o “espião” da presidente Dilma Rousseff e do PT. Essa é a briga do momento. E vai continuar até que tudo esteja definido.

Ansiedade em alta na Petrobras

A prisão de Nestor Cerveró levou ex-diretores da Petrobras e outros funcionários da empresa à beira de um ataque de nervos. É que nada é feito ali sem, pelo menos, 10 assinaturas. Há o temor de que novos investigados acabem surgindo nesse poço. A maior pressão será sobre a presidente da empresa, Graça Foster, que também transferiu imóveis para familiares.

Quem cala…

Lá se vão quatro dias desde que Marta Suplicy deu sua bombástica entrevista criticando “Deus” e todo mundo no PT. O mais estranho, entretanto, é não ter vindo uma palavra do ex-presidente negando as declarações de sua amiga e correligionária. Lula, segundo deputados ligados a ele, determinou ainda que seus principais aliados não se manifestassem sobre o episódio.

… às vezes consente

Embora alguns digam que tudo não passa de dor de cotovelo da senadora quase ex-petista, muitos dos aliados do ex-presidente afirmam que Marta disse de público o que eles já reclamavam nos bastidores.

Tá tudo dominado I

A cúpula do maior partido aliado do governo saiu da sua primeira reunião do ano convencida da vitória de Eduardo Cunha na Câmara e de Renan Calheiros, no Senado. A eleição é daqui a 16 dias. Renan sai da toca oficialmente apenas às vésperas do pleito. Nos bastidores, ele já está contando os votos e garante ter número suficiente para vencer a disputa.

Tá tudo dominado II

A reunião de ontem foi decidida no sentido de evitar candidaturas avulsas dentro do próprio PMDB contra Renan Calheiros, no Senado. Embora até aqui ninguém tenha admitido abertamente o desejo de concorrer, o partido preferiu deixar tido desde já que não apoiará candidatos sem o aval da maioria da bancada. Foi um balde de água fria na oposição, que planejava lançar Ricardo Ferraço.

Nós somos Charlie, o ato / O senador Cristovam Buarque (foto) e jornalistas promovem hoje das 11h as 13h no auditório do Interlegis, no Senado Federal, o ato “Somos Charlie — Contra o terrorismo, a islamofobia e pela liberdade de expressão”.

Nós somos Charlie, a lista / Até ontem, representantes de 15 países haviam confirmado presença, incluindo o ministro-conselheiro Gael de Maionneuve, da Embaixada da França. Estarão presentes ainda o Sheik Muhammad Zidan, do Centro Islâmico de Brasília; Ana Dubeux, editora-chefe do Correio Braziliense; Ricardo Pereira, da Associação Nacional de Jornais (ANJ); Daniel Slavieiro, da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e, ainda, o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Celso Augusto Schröder.

Enquanto isso, em Londres…/ A Canning House, principal fundação de pesquisa e promoção de relações entre Reino Unido e América Latina, em parceria com o CSFI (Centro de Estudos da Inovação Financeira) realizou ontem o evento What Now For Brazil (em tradução livre, E Agora, Brasil?). O encontro reuniu mais de 70 CEOs e diretores de bancos, fundos de investimentos e empresas. Queriam saber basicamente da autonomia de Joaquim Levy, a profissionalização da Petrobras e, ainda o novo presidente do BNDES

 

…eles respondem as dúvidas / Os três palestrantes foram o cientista político brasiliense Lucas de Aragão, sócio da Arko Advice; Jonathan Wheatley, editor de mercados emergentes do Financial Times: e Andrew Whitley, diretor do The Elders Foundation, grupo fundado por Nelson Mandela, do qual Bill Clinton e FHC fazem parte.

Recado para a tropa

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Ao convocar a imprensa ontem para dizer que o governo não interferirá na eleição para presidente da Câmara, o ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas, queria, na verdade, repassar uma mensagem. Não aos congressistas, mas aos demais ministros da presidente Dilma Rousseff. Por mais de uma vez, Dilma afirmou à equipe que não criasse problemas em relação à Câmara. Ela está convencida de que, quanto mais mexer nesse vespeiro, pior ficará. A declaração veio ainda como um preventivo, para tirar dos ombros do Planalto e do governo qualquer especulação sobre um dedo do PT no pedido de abertura de inquérito por parte do Ministério Público para investigar se Eduardo Cunha tem alguma relação com o esquema da Petrobras, desvendado pela Operação Lava-Jato.

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As declarações de Pepe foram bem recebidas pelo PMDB, que viu ali uma tentativa de Dilma de tirar os ministros da campanha de Arlindo Chinaglia. “Pepe deu uma demonstração de habilidade política. Que outros sigam por esse caminho”, comenta o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), um dos coordenadores da campanha de Cunha. Resta saber se os demais ministros vão acolher a ordem da chefe.

Aceno

Frase de um importante assessor palaciano ontem: “O Distrito Federal, sede do governo, não pode ficar em mato alto sem cachorro”. Quis dizer que a ajuda financeira será dada. O problema é quando. A prioridade no Poder Executivo Federal hoje, assim como o de Brasília, é equilibrar as contas.

Dos males…

Em vez da Presidência da Câmara, Dilma quer que os ministros joguem a energia em outros temas, como a adequação dos orçamentos das pastas aos cortes anunciados ontem.

Wagner olímpico

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, aproveitou a quinta-feira para ter uma aula a respeito do parque olímpico com o chefe da Autoridade Pública Olímpica (APO), general Fernando Azevedo e Silva. Em breve, visitará as obras do complexo. Para bons entendedores, está claro que ninguém no governo vai reinar sozinho como o ministro das Olimpíadas de 2016.

A ordem é prevenir

A ideia de dar largada à operação conjunta de estados e governo federal contra o crime organizado logo na primeira semana de janeiro teve uma razão especial: o governo quer preparar tudo a fim de evitar que o ano anterior às Olimpíadas repita o que ocorreu em 2013, quando a Fifa chegou a cogitar transferir o evento para outro país caso o Brasil ficasse perigoso demais. O governo não quer, de forma alguma, que 2015 repita 2013.

CURTIDAS    

Assunto não faltou/ O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, conversou por duas horas com a presidente Dilma Rousseff. Um dos temas foi setor elétrico.

Dudu em duas versões/ O líder do PP, Eduardo da Fonte (foto), conseguiu a proeza de dar um alô a quase todos os candidatos a presidente da Câmara. Esteve com Eduardo Cunha e passou no almoço em homenagem a Arlindo Chinaglia. Só falta conversar com Júlio Delgado.

Aliás…/O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) saiu todo feliz de Brasília ontem à tarde. É que, esta semana, depois de publicada uma informação de que pode haver um pedido de abertura de inquérito para investigar Eduardo Cunha e se ele tem algum envolvimento na Lava-Jato, o socialista passou a receber convites para visitar alguns estados. Se ganhou realmente novo fôlego, os próximos dias dirão.

Por falar em contas…/ Quem conhece a forma de agir dos deputados garante que nem foi apenas Dudu da Fonte que saiu prometendo votos para todos. Não é à toa que, somadas as contas de Arlindo, Eduardo e Júlio, o resultado supera os 513.

Sem pressa

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 Os partidos podem até pressionar, mas a intenção da presidente Dilma Rousseff é demorar um pouco mais para escolher os integrantes do segundo escalão. A ideia é esperar decantar as pressões e ver como ficam as bancadas. Afinal, muitos cargos, conforme os ministros têm dito a correligionários partidários, não estarão sujeitos à indicação política como no passado. Além disso, antes de mais nada, é preciso saber como ficará a composição da Câmara e do Senado e a correlação de forças entre as legendas da base. Nesse ritmo, dizem alguns, quem for com muita sede ao pote pode acabar se queimando.

Cargo do desejo

Depois de tantos discursos de promoção às exportações — em especial o do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro Neto, ontem — a Agência de Promoção das Exportações (Apex) ganhou peso dois no cobiçado segundo escalão. Seu orçamento, na casa dos R$ 400 milhões, é maior que o do Ministério da Pesca, em torno de R$ 200 milhões.

Mantido em suspense

O analista Daniel Godinho, servidor de carreira, continuará no cargo de secretário de Comércio Exterior. Sobre a Apex e o BNDES, Dilma Rousseff decidirá com o ministro até o fim do mês.

Cara de paisagem

Por enquanto, ninguém no Planalto ou no Ministério da Fazenda fez qualquer gesto de ajuda ao Governo do Distrito Federal. A palavra de ordem por lá “cortes”, assim mesmo, no plural.

Reclamação tardia

Ao sair do auditório do BC, onde foi a posse de Armando Monteiro Neto, Sílvio Costa (PE) encontrou o vice-presidente do PTB, Benito Gama. Foi só cobrança ao explicar por que trocou o PTB pelo PSC: “É um desrespeito! O PTB tem 18 deputados e o Jovair (Arantes, PTB-GO) transformou numa Venezuela. É líder pela 8ª vez e caminha para a 9ª. Por isso, eu saí. Não tenho nada contra ele, mas foi a favor de mim mesmo!”, afirmou. Benito apenas sorriu amarelo.

Continhas

Quem conhece do traçado na Câmara tem sido menos otimista que os candidatos a presidente da Casa. Os cálculos mais pessimistas indicam o seguinte: Eduardo Cunha tem hoje de 260 a 280 votos. Arlindo Chinaglia, entre 100 e 120. E, Júlio Delgado corre na raia três, com algo entre 80 e 100 votos. Ou seja: ainda tem muito jogo até o dia da eleição, 2 de fevereiro.

E o troféu beija-mão vai para…/ Quem acompanhou a maioria das transmissões de cargo na Esplanada essa semana fechou o dia na linha de os últimos serão os primeiros. Ao assumir o cargo, Armando Monteiro Neto, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, reuniu mais gente do que qualquer outro ministro recém-empossado. Explica-se: é que, além de ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), ele é senador e virou um dos conselheiros da presidente da República.

 

Nos bastidores da posse I/ Jorge Gerdau Johannpeter comentava com jornalistas que cortes no Orçamento devem ser vistos com naturalidade e coisa e tal, quando, de repente, alguém menciona o provável “ajuste” de impostos: “Aumento de imposto?!!! Não!”, respondeu ele, com uma negativa tão sonora que muitos convidados à volta se viraram para ver.

Nos bastidores da posse II/ Enquanto Arlindo cabalava votos entre os deputados presentes, inclusive do PSD, a deputada Cristiane Brasil (foto), presidente nacional do partido, avisava: “Nós, do PTB do Rio, fechamos com Eduardo Cunha”, disse.

Enquanto isso, no Ministério da Fazenda…/ O ministro Joaquim Levy almoçou no gabinete com o colega do Planejamento, Nelson Barbosa. Trataram dos últimos ajustes nos cortes a serem anunciados ainda hoje. No fim da tarde, Levy, ao perceber que havia repórteres na porta do ministério, foi para o vizinho, Minas e Energia, para uma reunião com Eduardo Braga. Foi quase uma quebra de protocolo. Invariavelmente, ministros da Fazenda chamam os outros ao seu Olimpo de guardiões das contas públicas. Não fazem reuniões em outros ministérios nem para fugir do assédio da imprensa. A exceção é a Casa Civil.

Paris, 07/01/15/ A imprensa ficou mais triste. E o mundo profundamente triste.  

Ajustes intrigas

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A largada da atual equipe econômica vem com os cortes profundos no Orçamento deste ano, que sequer foi aprovado pelo Congresso, e prosseguirá primeiramente com medidas de promoção ao comércio exterior. Também está no horizonte a simplificação de alguns impostos e a desburocratização, de forma a promover uma melhoria no ambiente tributário. Inicialmente, não vem aumento de impostos. Mas, “para não dizer que não avisei”, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mencionou o “ajuste tributário” como uma hipótese. E, diga-se de passagem, não foi obrigado a mudar a fala por causa disso, ou seja, o governo sentiu que não dá para desfazer discurso de posse de ministro.

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Enquanto Levy e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, faziam as contas para anúncio dos cortes, a classe política presente ontem à posse de Patrus Ananias no Ministério do Desenvolvimento Agrário apontava o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, como o pomo da discórdia entre a presidente Dilma Rousseff e o novo ministro do Planejamento. Sempre “sobra” para o ministro da Casa Civil.

Eles perderam…

Ainda que Dilma Rousseff tivesse entregue 10 ministérios ao PMDB, uma ala do partido permaneceria desgostosa com o Planalto. O que mais irritou os senadores, entretanto, foi o fato de Ricardo Ferraço estar definido às 18h da véspera de Natal como ministro de Ciência e Tecnologia e, às 22h, Helder Barbalho ter sido anunciado ministro da Pesca. Ou seja, para os peemedebistas, alguém não quis dar ao partido um ministério poderoso do ponto de vista de recursos orçamentários, caso da pasta de Ciência e Tecnologia.

…Ele ganhou

E o pior é que, publicamente, ninguém pode manifestar o descontentamento porque se trata do filho do senador Jader Barbalho, integrante da cúpula partidária. Para quem diria que Dilma não entende nada de política, ela deu uma chave de braço no partido. E só agora, passada a temporada de festa, é que o PMDB entendeu.

Renovou, mas não levou

A renovação da licença de Sérgio Machado no comando da Transpetro no fim da noite de segunda-feira foi lida no Planalto como apenas um tempinho a mais para que a presidente Dilma consiga definir o substituto. Ele não continuará no cargo nem tampouco de licença indefinidamente.

“Daqui não saio…”

Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se escolheram como adversários na disputa pela Presidência da Câmara. E tentam deixar Júlio Delgado (PSB-MG) na periferia e sufocado para forçá-lo a desistir. Júlio, entretanto, avisa que não largará a empreitada. Em 2013, quando foi candidato contra Henrique Eduardo Alves, o socialista obteve 165 votos sem apoio oficial de qualquer partido. “Mesmo que eu tenha um voto, serei candidato. Sei que tenho mais que isso”, diz.

Vou ali e já volto!/ Depois de alguns dias longe do cenário político, o ex-vice-governador do Distrito Federal Tadeu Fillippeli (foto) foi ontem à posse do novo ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha. Antes que alguém lhe perguntasse sobre a trágica situação das finanças locais, ele foi logo avisando: “Estou viajando de férias hoje, quando voltar, a gente conversa”. Então, tá.

Por falar em posses…/ As transmissões de cargo de Padilha, na Secretaria de Aviação Civil, e de Patrus Ananias, no Ministério do Desenvolvimento Agrário, mostraram que PMDB e o PT vivem mesmo como água e óleo: não se misturam. Foi cada um prestigiar o seu.

Quem avisa amigo é/ Em recente conversa com um amigo no Senado, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, ouviu o seguinte conselho de um senador petista: “Valorize as dificuldades que você encontrou do antecessor. Afinal, você precisa desse tempo para colocar as coisas em dia”.

Sempre assim/ Quando o preço do petróleo subiu, houve pressão para aumento no preço da gasolina. Agora que o valor do barril está em queda, ninguém fala em redução. Há quem diga que a favor do contribuinte, em 2015, nem a maré, nem o vento.

A um passo da demissão

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A um passo da demissão

O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, “dificilmente” permanecerá no cargo, conta um assessor próximo à presidente Dilma Rousseff. A intenção é que Machado aproveite a virada do ano e o vencimento da licença esta semana para pedir o boné. E é aí que mora grande parte da insatisfação dos peemedebistas, em especial, do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

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Se depender do clima tanto na Petrobras quanto no Planalto, nesta briga para manter Sérgio Machado, Renan não vai vencer. E, para quem tem filho, Renanzinho, governador de um estado carente como Alagoas e bastante dependente do governo, é melhor não cantar de galo. Ainda que seja presidente do Senado e candidato à reeleição. A primeira semana “cheia” de 2015 começou em crise.

Empresas têm pressa

Empresários presentes à posse de Gilberto Kassab no Ministério das Cidades aproveitaram para prometer ao ministro da Integração, Gilberto Occhi, terminar as obras da transposição do Rio São Francisco ainda este ano. Occhi, entretanto, acha que não conseguem, uma vez que há 30% pendentes. “Meu prazo continua sendo no início de 2016”, disse ele.

Levy, a ponte

É o guardião da política econômica com ajuste fiscal, Joaquim Levy, que desponta no horizonte como o canal para o diálogo com a oposição. A senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) estava na primeira fila na cerimônia de transmissão de cargo. Ela acompanhava a filha, Ana Carla, secretária de Fazenda de Goiás e amiga de Levy. “Disse a ele: só aceitei o cargo porque você foi escolhido aqui”, afirmou Ana à coluna.

A palavra dúbia

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deixou os empresários meio assustados ao mencionar que “ajustes em alguns tributos serão considerados”. Paulo Skaf, da Fiesp, sentado na plateia, quase pulou da cadeira: “Espero que os ajustes sejam redução e não aumento. Esse ajuste tributário é o ponto que preocupa”, diz ele.

A volta da “Super-Receita”

Era assim que o mercado chamava a Receita Federal nos tempos de Jorge Rachid. Ele se tornou conhecido pelos recordes de arrecadação, mesmo depois do fim da CPMF, o imposto de cheque. Há quem aposte que ele retorna disposto a ampliar os recordes obtidos de 2003 a julho de 2008, tempo que permaneceu no cargo.

PSD na moita

Não será agora que o PSD dirá quem pretende apoiar para presidente da Câmara. Na posse do ministro Gilberto Kassab, ontem, onde estavam Arlindo Chinaglia e Eduardo Cunha, o presidente em exercício do partido, Guilherme Campos, desconversou: “Os candidatos estão no papel deles de correr atrás de votos, mas não temos pressa. A eleição é só em fevereiro”.

CURTIDAS   

Esse se defende…/ O ministro da Defesa, Jaques Wagner, fez questão de comparecer à transmissão de cargo de Joaquim Levy e de Kátia Abreu ontem. Mas foi vapt-vupt. Chegou antes das solenidades, cumprimentou os colegas nas salas reservadas a autoridades e saiu, sem esperar os discursos.

…E defende/ Na posse de Kátia Abreu, quando Jaques Wagner chegou para cumprimentá-la, Kátia conversava com Luiz Trabuco, presidente do Bradesco: “Já viu, né? Se precisar de defesa, está aqui!”, disse o bem-humorado banqueiro. Não deu/ Na posse de Joaquim Levy, tinha tanta gente que o ministro Helder Barbalho (foto), da Pesca, tentou parabenizar o colega com a mesa do palco entre eles, antes que a fila se formasse. Estendeu a mão e esperou, sem sucesso, que Levy o cumprimentasse enquanto falava com alguns assessores. Ao perceber que a fila estava formada, desistiu. Pacientemente, entrou na fila em meio a outros ministros e esperou a sua vez. Melhor assim, excelência!

Enquanto isso, na posse de Kátia Abreu…/ O tablado montado à porta do Ministério da Agricultura para servir de palco à posse da ministra quase foi abaixo quando o cerimonial abriu o acesso a todos os convidados e à imprensa para a formação da fila de cumprimentos e, ainda, o espaço para a coletiva. Tudo em cima do palco. Como estouro de boiada, todos se apressaram para o local onde estava a ministra, e a estrutura estalou. Na mesma hora, com muito custo, a segurança tirou Kátia dali para que a imprensa a seguisse.  

Guerra aberta

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Os lances mais fortes na disputa pela presidência da Câmara virão por volta de 15 de janeiro, quando o candidato do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), formalizará um bloco com cerca de 200 deputados com o intuito de tirar do PT a primazia da indicação do primeiro vice-presidente da Câmara e, ainda, a presidência da Comissão de Constituição e Justiça. A ideia é entregar esses cargos aos partidos que estiverem fechados com o PMDB. Até aqui, Cunha reuniu sob sua candidatura o DEM, o Solidariedade, o PTB, o PSC e o PRB. Significa que esses cargos cairão na mão de um desses partidos.

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Os aliados de Cunha garantem que só existe um meio de esses cargos ficarem com o PT: o partido desistir de concorrer à presidência da Casa e buscar um acordo com os peemedebistas. Essa saída hoje é sonho de uma noite de verão.

Prioridade

Se quiser levar avante seus planos de governo, a presidente Dilma Rousseff precisará reeditar a DRU (Desvinculação de Receitas da União), que vence no ano que vem. Se não enviar a proposta assim que o Congresso voltar do recesso, dificilmente conseguirá aprovar a desvinculação em tempo de garantir as verbas no ano que vem, uma vez que emenda constitucional precisa de dois turnos de votação nas duas Casas legislativas. A DRU permite ao governo gastar 20% dos impostos a seu critério. Essa desvinculação representa mais de R$ 60 bilhões ao ano.

A Justiça descansa…

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, está a caminho da Disney e só volta em 20 de janeiro. Significa que a turma do petrolão ainda não denunciada poderá curtir seus dias de sol e praia. Pelo menos, até o fim de janeiro.

…, mas trabalho não falta

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, listou para a coluna a série de temas que entrarão em debate assim que os ministros do STF voltarem do recesso: planos econômicos passados, royalties do petróleo, poder de investigação do Ministério Público, biografias, quilombolas. Isso sem contar o petrolão.

Território ocupado

A Frente Parlamentar de Agricultura prepara uma carta de apoio ao líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), para presidente da Casa. Arlindo Chinaglia, que marcou a largada de sua campanha pelos estados e grupos parlamentares somente na última sexta-feira, deflagrou conversas com esse grupo recentemente. Afinal, ali,

o PT tem pouca inserção.

CURTIDAS    Apostas/ Os deputados do PT mantêm desde a última sexta-feira um olho no Ministério da Defesa, seara ocupada por Jaques Wagner, e outro na Casa Civil, onde está Aloizio Mercadante. Em conversas reservadas, há quem aponte Dilma Rousseff como a única que obteve sucesso absoluto na Casa Civil ao longo do governo Lula e mesmo depois dele. Dizem ser difícil Mercadante ter a mesma sorte.

Por falar em Casa Civil…/ Acabou a fase em que o ministro era o único no Planalto com acesso direto ao gabinete presidencial. Agora, Miguel Rosseto tem a mesma proximidade com Dilma. E Pepe Vargas, que em princípio é visto como um ministro fraco, também tem no sangue o gauchês político de Dilma. Ou seja, à exceção de Mercadante, Dilma e os outros dois ministros podem até abrir um CTG palaciano.

Por falar em Defesa…/ Ali, longe do burburinho palaciano e da fogueira de vaidades que assola o dia a dia no Planalto, há quem diga que Wagner tem mais chances de se preservar para, lá na frente, entrar com força no campo da política. Faz sentido.

Bolsos vazios/ Os ministros que tomaram posse só têm uma preocupação nos próximos dias: preservar o Orçamento de cada pasta. “A parte que nos cabe (R$ 445 milhões) já é pequena. Se tiver corte, será no osso”, comentou o ministro do Turismo, Vinícius Lages.  

Movimentos clandestinos

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Movimentos clandestinos

A presidente Dilma Rousseff recomendou aos ministros palacianos que mantenham distância regulamentar da disputa pela presidência da Câmara. Embora não seja a melhor amiga do líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), a presidente não deseja atitudes que possam lhe criar problemas no Congresso. Afinal, o governo entrando de cabeça na sucessão do parlamento levará a um racha na base, com sérias consequências sobre o governo.

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Um Eduardo Cunha derrotado com um empurrãozinho do Palácio tende a levar o PMDB para uma posição mais aguerrida em relação ao Planalto. E, se eleito, embora com o governo jogando a favor de Arlindo Chinaglia (PT-SP), a tendência é Eduardo Cunha não ter nenhum compromisso em relação ao Poder Executivo. Melhor não cutucar onça com vara curta.

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O problema, entretanto, é que deputados têm informado os peemedebistas sobre telefonemas do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, a parlamentares para tentar dar um reforço à candidatura de Chinaglia. A Casa Civil não confirma. Os novos ministros, Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência; e Pepe Vargas, da Secretaria de Relações Institucionais, afirmaram à coluna que não vão entrar nessa seara. “Esse é um assunto do Congresso. O Planalto não vai interferir”, disse Rossetto.

Quinteto Violado

Além de Aloizio Mercadante e Jaques Wagner, participarão da coordenação de governo Miguel Rossetto, Pepe Vargas e José Eduardo Cardozo. Até aqui, ninguém do PMDB e dos partidos aliados.

Erros & acertos

Um atento observador do cenário político lembrava o tempo em que o governo tentou isolar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e terminou unindo o PMDB em torno dele. Agora, ao dizer que tem votos no PT, Cunha pode estar cometendo o mesmo erro e, assim, favorecer a união dos petistas em torno de Arlindo Chinaglia (PT-SP). “É o espírito de família”, completa o deputado Nelson Pelegrino (PT-BA).

Bom começo

Nem todos os ministros aproveitaram o coquetel apenas para se divertir. A nova ministra da Agricultura, Kátia Abreu, deflagrou a construção de pontes com o setor ambientalista. O primeiro gesto foi um convite à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, para a transmissão de cargo na Agricultura, segunda-feira. “Estarei lá sem falta”, prometeu Izabella. Será um momento histórico: ninguém se lembra de ver um ministro do Meio Ambiente na posse de um comandante da Agricultura e vice-versa.

Na esteira de Dilma

O novo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, tornou-se o mais novo defensor da presidente da Petrobras, Graça Foater: “Se não surgir fato novo, não há nada que desabone a Graça Foster. O que precisamos é fortalecer e impulsionar a Petrobras”, diz.

 
CURTIDAS

Calote/ Os deputados desavisados que participaram do almoço em apoio a Arlindo Chinaglia ontem num restaurante às margens do Lago Paranoá começaram a sair direto por uma porta lateral que evitava a passagem pelo caixa do estabelecimento, onde cada um deveria pagar

R$ 105 pelo pacote de tira-gosto, salada, prato principal, sobremesa e bebidas. Quando os gerentes da casa perceberam, fecharam a porta, de forma a obrigar a turma a sair pela porta principal, onde era impossível driblar o caixa. Por falar em Arlindo…/ Ele foi à posse do pastor George Hilton no Ministério do Esporte. Hilton é do PRB, partido que já fechou o apoio ao líder do PMDB, Eduardo Cunha.

Paralelas na posse/ A conversa de Dilma Rousseff com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, e, ainda aquela entre Biden e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deixou a muitos no Brasil a certeza de que é chegada a hora de reforçar os laços nas Américas. Afinal, depois de os Estados Unidos retomarem o diálogo com Cuba, só falta mesmo a Venezuela.

Cada um com seu cada qual I/ O deputado Eduardo Cunha (foto) participou da maratona de posses dos peemedebistas ontem em Brasília. Chegou atrasado justamente na posse de Eduardo Braga, “mas vim, para depois você não dizer que eu não prestigiei o novo ministro. E tem mais: Não poderei ir à posse de Eliseu Padilha porque estarei viajando na semana que vem, mas passei o dia com ele hoje (ontem) para ninguém dizer que não dei atenção à ele”, comentou.

Cada um com seu cada qual II/ Os petistas fizeram uma maratona para não perderam a posse de Jaques Wagner, na Defesa; e de Ricardo Berzoini, nas Comunicações. Na posse dos gaúchos Pepe Vargas e Miguel Rossetto no Planalto, foi sentida a ausência do líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS).