TSE montou “kit anti-fake news” para 2022

Publicado em ELEIÇÕES 2022

 

 

 

Duas atitudes do Tribunal Superior Eleitoral hoje deixam claro que o Tribunal está criando instrumentos para combater as fake news nas eleições de 2022, como um aviso a todos os políticos: A divulgação de notícias falsas para tumultuar o processo ou tirar vantagem não será tolerada. A cassação do mandato do deputado estadual Fernando Francischini (PSL), por fazer uma live no dia da eleição para colocar a urna eletrônica sob suspeita., coloca todos os políticos com a obrigação de pensar duas vezes antes de criticar a urna eletrônica no período eleitoral, ou decidir tumultuar o processo no dia da eleição. Aliás, a coluna Brasília-DF já havia alertado sobre esse processo e a tendência do TSE, de aproveitar o caso para criar uma jurisprudência a respeito.

De quebra, o TSE aproveitou a ação contra Jair Bolsonaro/Hamilton Mourão __ arquivada porque, no entendimento dos ministros, não desequilibrou a disputa __  para dizer que disparo em massa nas redes sociais serão consideradas abuso do poder econômico.  Logo, o recado está dado. Em 2018, a Justiça Eleitoral cochilou, mas, agora, o kit anti-fake news está pronto.  E, a contar pela opinião de quem presidirá o processo em 2022, o ministro Alexandre de Moraes, o TSE não vai deixar passar: “É uma ingenuidade achar que a rede social não é meio de comunicação social (…). Vai ser combatido nas eleições 2022. Se houver repetição, o registro será cassado e as pessoas irão para a cadeia.” A Justiça pode ser cega, mas não é burra, e o que mais tem repetido o ministro, ao dizer que já se tem conhecimento da existência de milícias digitais e da atuação em eleições. Esta será mais uma guerra para 2022.

 

 

A oferta do PL a Bolsonaro

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O Partido Liberal, de Valdemar Costa Neto e da ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, ofereceu ao presidente Jair Bolsonaro o seguinte acordo:  A aula direção, leia-se Valdemar, continua a administrar os recursos dos fundos partidário e eleitoral e Bolsonaro fica com o direito de indicar os candidatos ao Senado. O presidente, que tem o convite do PP __ e muitos progressistas já têm essa filiação como fechada__, ficou de pensar e ainda não decidiu onde apoiará suas fichas.

Com o PP, o minero Ciro Nogueira tem dito aos amigos que “está tudo certo e nada decidido”. Isso porque alguns estados estão co dificuldades em aceitar que o presciente indique os candidatos ao Senado. Em Goiás, por exemplo, Bolsonaro planeja ter como candidato ao Senado o ministro de Infra-estrutura, Tarcísio de Freitas, mas a vaga no PP já está reservada para Alexandre Baldy, hoje secretário de Transporte Urbano em São Paulo no governo do João Dória.

Em tempo: Para Flávia Arruda, pré-candidata ao Senado, e ministra com espaço no Palácio do Planalto, não há meios de dizer não ao chefe. Porém, as apostas são as de que Bolsonaro dificilmente repetirá os 70% que obteve no Distrito Federal em 2018. Até aqui, a incerteza reina quando o assunto é sucessão presidencial.

Para o presidente, porém, a escolha entre um e outro partido está complicada. Há o receio de, ao optar por um, perder o outro. a não ser, claro, que venha uma fusão capaz de resolver essa parada. O problema é que, se isso ocorrer, vai ser difícil Bolsonaro ter o direito de indicar todos os candidatos, como deseja.

 

Rodrigo Pacheco comunica a ACM Neto que está fora do DEM

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Numa conversa de mais de uma hora na noite de terça-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, comunicou ao presidente do Democratas, ACM Neto, que está de saída do partido. O encontro entre eles foi ameno, sem rusgas e deixou inclusive a porta aberta para futuras parcerias e alianças. A filiação de Pacheco ao PSD está prevista para a próxima quarta-feira, em Brasília, pela manhã. a informação foi confirmada tanto por integrantes da cúpula do DEM, quanto do PSD.

O que tirou Pacheco do DEM foi a certeza de que, no PSD, ele será candidato a presidente da República, algo que o União Brasil, resultante da fusão DEM-PSL, não pode acertar com tanta antecedência, porque a legenda tem ainda Luiz Henrique Mandetta, que é visto como ACM Neto um candidato a vice para um acerto com os tucanos, que fazem uma prévia em 21 de novembro para definir o nome ao Planalto.

O movimento de Pacheco, conforme o leitor da coluna Brasília-DF tem acompanhado há meses, traz para o tabuleiro da sucesso presidencial um personagem que tem tudo para crescer, uma vez que sai forte de Minas Gerais, um estado que tem tradição política e costuma ser crucial na eleição. Aécio Neves, por exemplo, só perdeu a eleição de 2014 porque não fez uma campanha com atenção total a Minas, seu estado natal. A diferença ali foi fundamental para a eleição de Dilma Rousseff. Esse erro Pacheco não cometerá.

Prévia tucana terá debate no Globo sem João Dória

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AFP/ Nelson Almeida

 

Surpreendido pelo pacote pronto do modelo de debate para as prévias do PSDB, o governador de São Paulo, João Dória, decidiu ficar fora do primeiro encontro entre os candidatos à prévia tucana, promovido pelo grupo Globo e Valor Econômico na próxima terça-feira. Na quinta-feira, em Brasília, as assessorias dos candidatos se reuniram para definir as regras do debate. Os promotores do evento, porém, conforme contam os integrantes do PSDB, já chegaram com um modelo que repete os debates tradicionais das eleições brasileiras. A assessoria de Doria protestou.

Os estrategistas do governador paulista defende um modelo com menos confronto e voltado ao debate por temas, tais como, educação, saude, meio ambiente. Afinal, avaliam seus assessores, o debate é mais para o publico interno do partido, que votará na prévia para escolha do candidato a presidente da República em 21 de novembro. Dória tem dito a amigos que participará de outros debates, porém, o modelo não pode ser o de confronto entre candidatos, que, a partir de novembro, estarão juntos. E as regras precisam ser definidas pelo partido e não seguir o mesmo modelo da eleição, quando os adversários não são do mesmo time. Até a prévia, há outros dois programados, um em São Paulo e outro na CNN Brasil.

MDB do Maranhão quer lançar Roseana Sarney ao Senado, em aliança com o PDT de Ciro

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O MDB do Maranhão vai oferecer apoio à candidatura do senador Weverton Rocha (PDT) ao governo do estado e, em troca, apresentará o nome de Roseana Sarney para compor a chapa como candidata ao Senado e concorrer contra o atual governador, Flávio Dino, hoje no PSB. Dino já anunciou sua disposição de disputar a vaga ao Senado. Seu candidato ao governo é hoje o vice-governador, Carlos Brandão, que preside o PSDB estadual.

Além do governador Ibaneis Rocha, do DF, Roseana e o pai, o ex-presidente José Sarney, foram outras ausências importantes no jantar que Eunício Oliveira ofereceu nessa quarta-feira ao ex-presidente Lula. A aproximação entre o grupo do MDB do Maranhão e o senador do PDT, partido de Ciro Gomes, é inclusive citada nos bastidores como a razão principal  para evitar o encontro Lula em Brasília essa semana. Oficialmente, porém, o estado de saúde de D. Marli Sarney impediu a viagem dos dois a Brasília. Em conversas reservadas, alguns emedebistas lembram que Lula é aliado de Flávio Dino e, há alguns meses, os socialistas cogitavam inclusive apresentar o nome do governador para vice na chapa de Lula.

Os Sarney, adversários de Flávio Dino, buscam agora outra composição e vão conversar com Weverton. Ao apresentar a ex-governadora, ex-senadora e ex-deputada Roseana para compor com Weverton, os emedebistas fortalecem não só a chapa do senador pedetista como também se aproximam indiretamente de Ciro Gomes, com quem Lula não vê chances de acordo eleitoral com vistas a 2022.

A composição política em gestação pelo MDB do Maranhão não representa, entretanto, um rompimento dos Sarney com Lula. A amizade, construída lá atrás, ainda no governo do petista, continua inabalável. Vale lembrar que Sarney fez questão de acompanhar Lula até São Paulo em janeiro de 2011, quando o petista entregou a faixa presidencial a Dilma Rousseff. Porém, quando a eleição está em jogo, vale a máxima, amigos, amigos, política à parte. A dinâmica da eleição estadual, lá na frente, é que ditará a posição do MDB maranhense na disputa presidencial, da qual planejam manter um certo distanciamento no primeiro turno. No momento, os adversários de Flávio Dino buscam é a própria sobrevivência.

Sem Ibaneis, Lula janta com a parcela do MDB que já estava ao seu lado

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A ausência do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, no jantar que acabou há pouco deixou aos petistas a certeza de que, no MDB, uma candidatura de Lula dificilmente agregará além do que já estava previsto, ou seja, o MDB do Norte e do Nordeste. Ou seja, mais do mesmo. Ibaneis não foi porque sabe que dificilmente o PT o apoiará à reeleição. Aliás, os petistas dizem que a chance é zero. Para completar, as especulações de que Ibaneis seria candidato a vice também são vistas no PT como praticamente descartadas, porque o DF é um colégio eleitoral pequeno e o perfil que está sendo trabalhado para a vice do PT é do setor empresarial.

O PT tem sérias resistências ao MDB e deixou inclusive isso claro na pequena manifestação em frente à casa de Eunício, em que militantes lembraram que o MDB foi o partido que promoveu o impeachment de Dilma. O grupo que jantou com Lula, porém, foi exatamente aquele que advertiu, sem sucesso, a ala favorável ao impeachment sobre o erro estratégico que seria tirar a presidente Dilma em 2016.

O MDB hoje está para lá de dividido. Os sulistas apoiam o presidente Jair Bolsonaro, caso do ex-ministro Osmar Terra. Nesse rol anti-PT, que pode adiar o presidente à reeleição estão ainda o ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária Alceu Moreira, e Mauro Pereira, ambos do Rio Grande do Sul. Mauro Pereira já declarou ao blog por diversas vezes que “não vota em Lula de jeito nenhum”.

No Sudeste, as chances de Lula agregar o MDB são remotas e no Centro-Oeste, o partido tem inclusive a senadora Simone Tebet como pré-candidata a presidente da República. Nesse cenário, resta a Lula comer um carneiro com seus ex-ministros, discutir as composições com o partido no Nordeste e, de quebra, lembrar os velhos tempos. Pelo menos, no quadro atual, é o que tem para hoje.

 

 

Kassab reforça a Lula que PSD terá candidato em 2022

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O presidente do PSD, Gilberto Kassab, acaba de sair do encontro com o ex-presidente Lula. A conversa de uma hora, da qual participaram ainda a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-ministro Luiz Dulci,  foi mais para manter o diálogo entre antigos aliados, com vistas a um apoio futuro. Lula já havia feito outras tentativas de atrair o PSD, porém, não conseguiu. “Ele sabe que teremos candidato”, diz Kassab ao blog. “Foi mais um café para manter o diálogo”.  Kassab aposta na filiação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ao PSD até o final deste ano. Depois, é que começará a formatação da campanha presidencial do partido.

Quanto ao PSB, porém, Lula tem planos de conseguir formar uma aliança. Para isso, terá que convence o PT de Pernambuco e do Espírito Santo a apoiar o PSB aos governos estaduais, uma tarefa difícil, mas não impossível. Amanhã, Lula vai ao MDB, num encontro na casa do ex-senador e ex-ministro de Comunicações Eunício Oliveira, onde está prevista a presença dos ex-ministros de Minas e Energia Edson Lobão e Eduardo Braga, atual líder da bancada, e ainda os senadores, Jader Barbalho e Renan Calheiros. A dúvida é José Sarney, que tem se mantido mais reservado nesses tempos de pandemia. Lula está confiante de que estará no segundo turno. E quer atrair todos os aliados possíveis desde já.

Depois do ato pelo impeachment, Lula buscará o MDB

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lula e renan calheiros
Crédito: Twitter/Reprodução

 

Mesmo com um pedaço do PT totalmente avesso a qualquer relação com o MDB, o ex-presidente Lula não desistiu de refazer a aliança desfeita em 2016, quando os emedebistas trabalharam para tirar Dilma Rousseff da Presidência da República. E, para saber mais são as chances de reconstruir as pontes, Lula tem jantar marcado na quarta-feira, 6 de outubro, na casa do ex-senador Eunício Oliveira, para o qual já foram chamados o ex-presidente José Sarney, os senadores Renan Calheiros, Jader Barbalho, e o ex-senador Edson Lobão.  Será o primeiro encontro de Lula como MDB depois do ato marcado para este Sábado, quando os partidos de esquerda chamaram uma manifestação pelo impeachment de Bolsonaro.

Os lulistas consideram que esse grupo de senadores e ex-senadores, que se opôs ao impeachment de Dilma Rousseff, é o que pode ajudar na reconstrução de uma aliança. Naquela época, Eunício Oliveira, por exemplo, chegou a alertar seu partido para os problemas que um impeachment poderiam gerar. Porém, não foi ouvido. Renan tem conversado com Lula, são amigos, ao ponto de um visitar o outro no hospital, como na foto acima, do ano passado.

A reaproximação com Lula agora não conta com o apoio do grupo dos emedebistas da Câmara, do qual faz parte o presidente do partido, Baleia Rossi, entusiasta de um projeto que possa quebrar a polarização entre Bolsonaro e o PT. Esse sentido, o partido lançou há alguns dias o documento todos por um só Brasil. Vale lembrar que Michel Temer continua desfilando como um possível candidato, embora diga que não irá concorrer.

Diante da divisão interna, o MDB caminha para retomar a velha forma: Um grupo puxando para o PT, e outro em sentido oposto. Por esse caminho, qualquer candidato próprio que aparecer tende a ser largado pelo caminho, como o MDB fez desde 1989, quando o então candidato Ulysses Guimarães terminou abandonado pela maioria dos emedebistas.

A nova ameaça de Bolsonaro

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A fala de Jair Bolsonaro hoje em sua live a respeito do Proposta de Emenda Constitucional do voto impresso chamou atenção dos policias, não por causa das críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, dizer que ele “se acha o dono do mundo” e coisa e tal. O que deixou muitos políticos assustados foi o presidente da República dizer com todas as letras: “Se o parlamento brasileiro, por maioria qualificada, três quintos na Câmara e no Senado, aprovar o voto impresso, vai ter voto impresso em 2022 e ponto final. E não vou nem falar mais nada. Vai ter voto impresso, porque, se não tiver voto impresso é sinal de que não vai ter eleição”.

Muitos ficaram desconfiados de que o presidente deseja usar essa PEC, apresentada pela presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputada Bia Kicis (PSL-DF), para ameaçar mudança no calendário eleitoral, uma vez, que se for aprovada, necessitará de mais recursos e estrutura para er implementado, dado o volume de impressoras e de papel que exigirá. Quem entende das coisas no Congresso considera que essa ameaça de Bolsonaro tem tudo para levar essa PEC a ser analisada bem devagar. Afinal, embora seja justo a existência de um mecanismo que permita a recontagem dos votos, não é possível cancelar as eleições do ano que vem por causa disso, ainda que a PEC esteja aprovada, haja vista a necessidade de o país se estruturar para isso.