Alexandre de Moraes tem ofuscado a presidente Rosa Weber no STF

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Coluna Brasília-DF, por Luana Patriolino (interina)

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, está sendo aconselhada por integrantes atuais e aposentados da Corte a adotar uma postura mais contundente na defesa do Judiciário. A magistrada, que tem um perfil técnico e extremamente discreto, está sendo ofuscada pelo protagonismo do ministro Alexandre de Moraes — considerado inimigo número 1 do bolsonarismo. Pressionada após os atos terroristas no país, Rosa Weber analisa a possibilidade de passar a se manifestar mais fora dos autos. Aguardemos.

Cacique bolsonarista

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, vai decidir, nos próximos dias, o futuro do cacique José Acácio Serere Xavante, preso em dezembro por participação em atos antidemocráticos. Os advogados Pedro Coelho e João Pedro Mello, que compõem a defesa do indígena, pediram à Corte que ele fosse libertado. Após a detenção, Serere divulgou uma carta pedindo perdão ao Judiciário, ao presidente Lula e ao povo brasileiro. O bolsonarista se disse arrependido de duvidar da lisura do processo eleitoral e que se baseou em informações “inteiramente desvinculadas da realidade”.

Novo chefe da segurança
Cresce a disputa para saber quem vai assumir a segurança pública do Distrito Federal. Três delegados estão no páreo: Claudio Tusco, Sandro Avelar e Júlio Danilo. Destes, apenas Tusco não foi chefe da pasta na capital. A expectativa é de que o governo do DF anuncie, até o fim da semana, o escolhido. Atualmente, quem toca o setor é o número 2 do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli — designado pelo Executivo como interventor. Procurado pela coluna, o MJ afirmou que não vai interferir na definição do novo secretário e destacou que “a prerrogativa de escolha dos secretários do GDF é do governo eleito do DF”.

Fechando o cerco
O canal de denúncias do Ministério da Justiça, criado exclusivamente para investigação dos ataques terroristas que depredaram os prédios dos Três Poderes, serviu para identificar 70 nomes ligados aos autores do vandalismo. Alguns já foram detidos com base nesses dados. As informações reunidas pela Polícia Federal também apontaram chaves de Pix e CNPJs de empresas que estariam financiando os atos antidemocráticos. Até agora, a plataforma recebeu mais de 100 mil denúncias.

Novo embaixador// O Ministério das Relações Exteriores confirmou, ontem, o diplomata Julio Glinternick Bitelli, 62 anos, como novo embaixador do Brasil na Argentina. A nomeação ainda deve passar pelo crivo do Senado, que retoma os trabalhos legislativos em 1º de fevereiro. Atualmente como embaixador no Marrocos, ele anteriormente serviu duas vezes na embaixada brasileira em Buenos Aires, nas funções de conselheiro e ministro-conselheiro.

De mudança// O senador Chico Rodrigues, de Roraima, já decidiu que vai engrossar a base aliada do governo. Ele está de malas prontas para o PSB. Deixará o União Brasil tão logo retorne de Portugal. Antes de embarcar para terras lusitanas, com o objetivo de fazer um dossiê sobre a situação de brasileiros que vivem do outro lado do Atlântico, o parlamentar conversou com o presidente de sua futura legenda, Carlos Siqueira. Ponto para o Planalto.

De saída// O ex-ministro Bruno Araújo2 anunciou, ontem, a saída antecipada da presidência do PSDB. Ele é mais um tucano decepcionado com os rumos que o partido tomou. Apesar de ressaltar os feitos da sigla na reforma previdenciária e na Lei de Responsabilidade Fiscal, Araújo admitiu que a legenda passou por um momento conturbado nas prévias partidárias para a escolha de um candidato à Presidência da República. “Precisamos também aprender com nossos erros”, diz um trecho da carta de despedida.

Bolsonaro foi avisado sobre ianomâmis

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Coluna Brasília-DF, por Luana Patriolino (interina)

Enquanto a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, a hoje senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF), diz que “não houve omissão” do governo do presidente Jair Bolsonaro em relação à população ianomâmi, documentos mostram que a gestão passada havia sido avisada sobre a crise humanitária da etnia. Em junho do ano passado, a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) enviou uma solicitação cobrando do Brasil medidas urgentes para proteger os povos indígenas de Roraima das invasões de garimpeiros. A coluna entrou em contato com a CIDH para saber se houve resposta do governo à época. A Corte disse que não recebeu nenhum retorno e aguarda, desde então, uma resposta do Estado brasileiro.

MPF responsabiliza governo
A Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal (MPF) divulgou nota, ontem, afirmando que a crise humanitária é resultado da omissão do Estado. O documento menciona uma série de recomendações enviadas ao então ministro da Saúde e ao secretário especial de Saúde Indígena, em novembro de 2022. O órgão relatou a constatação de várias irregularidades e deficiências na prestação dos serviços de saúde, inclusive o desabastecimento de medicamentos e necessidade de contratação de profissionais.

Torres abalado

O ministro do STF Alexandre de Moraes está convencido de que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres vai entregar tudo que sabe sobre a tentativa de golpe de Estado do dia 8. Quanto mais tempo ele permanecer preso, mais se sentirá abandonado. Como delegado da Polícia Federal, Torres conhece bem as manhas dos investigadores, mas não tem muita estrutura para ficar tanto tempo atrás das grades.

Lula em Portugal
Quando chegar a Portugal, em abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai encontrar tanto o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, quanto o primeiro-ministro, António Costa, em baixa. As pesquisas mais recentes mostram a popularidade dos dois em queda livre. Só essa notícia já é desanimadora para o petista. Mas pior, para ele, é saber que enquanto seus aliados perdem força, a direita mais radical cresce. O Chega, partido de André Ventura, está ocupando espaço pelas bordas. E tem apoio de parte dos brasileiros que votam pelo sistema português.

LIDE Conference / Com o objetivo de debater os caminhos democráticos e cooperação internacional, além de novos investimentos no Brasil, autoridades brasileiras se encontram em Lisboa, nos dias 3 e 4 de fevereiro para o Lide Brazil Conference. A lista de convidados está repleta de figuras de peso: Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento; os ministros do STF Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Ricardo Lewandowski; além de Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU).

Participação de empresários / Os empresários Abílio Diniz, presidente da Península Participações; Luiz Carlos Trabucco, presidente do Conselho do Bradesco; e Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho do Magazine Luiza — também vão participar para falar sobre cooperação internacional e necessidade de novos investimentos no Brasil. O ex-presidente Michel Temer faz a abertura do evento, que também tem como expositor Raimundo Carreiro, embaixador do Brasil naquele país. Mais de 150 empresários são esperados na capital portuguesa.

Negociação de cargos / Agentes do setor de óleo e gás estão de olho no rumo das negociações do senador Jean Paul Prates (PT-RN), indicado para a presidência da Petrobras, sobre os indicados para compor a diretoria da estatal. Entre os nomes especulados, um dos mais conhecidos é o de Claudio Schlosser. O executivo ocupou cargos estratégicos na empresa durante as gestões dos governos Lula e Dilma. O parlamentar petista negocia com diferentes alas da legenda os postos na estatal e deve anunciar os nomes nos próximos dias.

Demora na nomeação do segundo escalão pode ajudar reeleição de Rodrigo Pacheco no Senado

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Os congressistas aliados ao governo estão com a impressão de que o presidente Lula segurou as nomeações de segundo escalão para dar um “empurrãozinho” na reeleição de Rodrigo Pacheco para presidente do Senado. Hoje, há o risco real de um bloco com PL, PP e Republicanos no Senado em prol da candidatura de Rogério Marinho (PL-RN), um ponto de partida de 25 parlamentares. Essa base de Marinho pode chegar a 35 votos, incluindo aqueles que, embora tenham legendas aliadas ao governo, querem um perfil mais oposicionista no comando da Casa, e/ou estão dispostos a seguir para o PL, de olho em recursos financeiros para a eleição de 2026. A acolhida a esses senadores, aliás, será o foco do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, nos 11 dias que faltam para a instalação da nova Legislatura e a eleição das duas Mesas Diretoras (Câmara e Senado). Se esse cenário se confirmar, o Senado voltará ser o ponto nevrálgico para Lula, como foi em 2010, quando o governo Lula 2 perdeu a CPMF.

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Na equipe de Lula, há quem diga que essas nomeações só sairão, de fato, depois do carnaval, entre março e abril. Na semana que vem, o governo apresenta seu organograma. Feito isso, virá a pesquisa sobre os indicados, algo que a burocracia exige e que leva, em média, 30 dias. Feito esse “pente fino”, aí sim, começarão as nomeações, que devem coincidir com a época em que o governo terá ideia do tamanho da base que o apoiará.

Hora de pacificar

Militares, hoje, estão dispostos a baixar totalmente a suspeição sobre as Forças Armadas como um todo. A calma, porém, será temporária se a pacificação não for geral, ou seja, os militares consideram que quem participou de quebra-quebra deve ser punido e que fardados da ativa em movimentos políticos também precisam receber uma punição. Porém, é preciso que, da parte do PT e de Lula, também seja hasteada a bandeira branca.

Desça do palanque
Políticos que acompanharam as últimas declarações do presidente Lula consideram que, assim como a oposição, o presidente da República precisa ser mais comedido nas declarações sobre economia. O diagnóstico da crise que o país vive está posto desde a campanha. A hora é de começar a apresentar soluções, caminhar para o centro e, assim, buscar a governabilidade. Bater na independência do Banco Central e no mercado financeiro não trará crescimento econômico nem recursos para ajudar os mais pobres.

Uma coisa e outra coisa
Os deputados já separaram os atos terroristas das negociações com o governo. Em conversas reservadas, muitos dizem que os responsáveis pela depredação de 8 de janeiro já estão sob investigação/punição. Com a democracia assegurada, agora a negociação volta ao leito normal e não cabe ao governo misturar esses temas.

Me inclua fora dessa
Ao dizer que a minuta de decreto deve ser desconsiderada por ser um documento apócrifo, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro trabalha para tentar blindar o ex-chefe de Anderson Torres. A avaliação é que, se não tem assinatura, não pode ser atribuída a uma vontade do ex-presidente nem algo arquitetado por ele. O inferno de Bolsonaro nos tribunais, porém, está só começando.

O ponto de equilíbrio/ O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é visto como um dos alicerces do governo Lula 3. Foi ele quem, em 8 de janeiro, evitou que houvesse uma intervenção total no Distrito Federal. Disse que era preciso foco no problema, que estava na segurança, e não o governo local como um todo.

Veja bem/ Davi Alcolumbre vendeu ao Planalto que seu alcance de votos vai muito além do União Brasil. As contas da turma de Rogério Marinho indicam que, mesmo no papel de ex-presidente da Casa, Alcolumbre terá apenas dois votos na bancada da sua própria legenda.

Guerra de titãs/ Rogério Marinho tem Valdemar da Costa Neto em seu trabalho. Rodrigo Pacheco tem Gilberto Kassab e Alcolumbre na busca de votos nos partidos conservadores e de centro.

“Airbnb”/ Assim, os políticos do PT estão chamando as instalações ocupadas nesses dias pelo ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. Prisão com tevê, frigobar e microondas há tempos não se via.

Lula começa a enfrentar problemas políticos

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Neste momento em que baixa a poeira dos atos de 8 de janeiro, os problemas políticos que o presidente Lula irá enfrentar começam a aparecer. O primeiro é a incerteza sobre o tamanho da base do governo na Câmara e no Senado, tema, aliás, que Lula evitou detalhar na entrevista à Globonews. E, embora haja uma unidade em defesa da democracia, esse “vamos dar as mãos” não se manterá na hora de votar os projetos no Parlamento. Até aqui, o União Brasil, como o leitor da coluna já sabe, é um poço de mágoas. Os parlamentares não se consideram representados pelo ministro Waldez Goes, indicado por Davi Alcolumbre. Um grupo de deputados se prepara para uma declaração de independência e para discutir caso a caso as votações propostas por Lula.

No MDB, apesar da boa vontade e da parceria de um grupo majoritário, o fato de o PT querer revisar o processo da presidente Dilma Rousseff e tatuar na testa dos emedebistas a tarja de golpistas teve resposta imediata do partido. Em suas redes, o MDB fez circular em letras garrafais que o governo “erra” ao chamar de golpe uma decisão do constitucional tomada pelo Congresso e STF, dois Poderes da República”.

Para bons entendedores…

A conversa do presidente Lula com os militares, amanhã, pretende ser o marco da retomada do comando das Forças Armadas pelo poder civil constitucionalmente instalado no Planalto. A ideia do governo é tocar nos assuntos afeitos à caserna, conforme adiantou o próprio Lula em entrevista à Globonews. O recado será claro: De política, cuidamos nós. Da estrutura de defesa, contra ameaças externas, cuidam vocês.

… o recado será dado
Da parte dos militares, é preciso realinhar as Forças Armadas. Afinal, se houver punição a quem apenas participou de manifestações e saiu de perto quando percebeu o que estava em curso, vai passar ideia de perseguição.

Nem vem
A fala de Lula à Globonews deu a entender a muitos deputados que a autonomia do Banco Central incomoda o seu governo. Só tem um probleminha: A preços de hoje, não haverá maioria no Congresso para que o Poder Executivo — leia-se Ministério da Fazenda — retomar o comando da instituição.

Militares no Palácio serão restritos
As exonerações no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e nos cargos palacianos não terminaram. O governo está a cada dia mais convencido de que o coração do Poder Executivo deve ser eminentemente civil. Inclusive nessas áreas de ajudância de ordens e de inteligência.

O “bonitão” tem a força/ Deputados de vários partidos estão dedicados a manter o Coaf — Controle de Atividades Financeiras — no Banco Central. Entre o ministro Fernando Haddad e o BC, preferem deixar essa poderosa ferramenta com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, a quem as deputadas chamam de “o bonitão”.

Lula leva eleitores de Bolsonaro/ Os acenos de Lula para regularizar o serviço dos trabalhadores de aplicativos fará encolher ainda mais a base do ex-presidente Jair Bolsonaro. Esse segmento era simpático ao capitão.

Veja bem/ Se o projeto de regulamentação do trabalho desses entregadores der certo, há quem diga que será mais um “perdeu, mané”.

Tudo é culpa do Renan/ Passado o susto da internação do presidente da Câmara, Arthur Lira, por causa de pedras nos rins, os aliados dele brincavam: “Isso é praga do Renan”. Lira e o senador Renan Calheiros são adversários ferrenhos em Alagoas. O governo torce, aliás, para que a briga fique apenas no solo alagoano.

Governo federal e GDF buscam novo secretário

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Paralelamente às punições pelos atos de vandalismo e terror em 8 de janeiro, as autoridades começam a buscar quem ocupará a Secretaria de Segurança do Distrito Federal. A tendência, hoje, é nomear Claudio Tusco, delegado da Polícia Federal. Tusco esteve cotado para dirigir a corporação, mas o escolhido foi Andrei Rodrigues. Ele é ligado ao PT, tem a confiança do partido e, por tabela, do presidente Lula, e já atuou na Secretaria de Segurança Pública do DF como assessor, no governo Agnelo Queiroz. É o nome mais forte hoje.

A governadora em exercício, Celina Leão, já avisou ao governo federal que a escolha será feita em comum acordo e que não vai se opor a sugestões. O momento, aliás, é de pacificação. Ninguém hoje tem interesse em queda de braço, sabendo que ainda há risco de ataques em Brasília e no Brasil como um todo. Afinal, há muitos radicais à solta.

Confia desconfiando

No governo federal, a avaliação é que a poeira da crise de confiança entre o Planalto e parte dos militares, gerada a partir dos ataques de 8 de janeiro, vai custar a baixar. A exoneração de 40 integrantes das Forças Armadas que serviam no Alvorada é citada nos bastidores como mais uma prova de que o clima não está bom.

E o Anderson, hein?
Não deve entregar ninguém. Vai manter a linha da defesa de que estava fora do país. O problema é que, sem entregar o celular, vai ficar difícil. Há quem diga que há, inclusive, vídeos em que ele aparece ao lado do presidente Jair Bolsonaro nos Estados Unidos. Só tem um probleminha: Bolsonaro viajou várias vezes aos EUA em seu governo. Portanto, a gravação pode ser antiga.

A briga por protagonismo
Em campanha para a reeleição, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o da Câmara, Arthur Lira, já têm contratado o primeiro embate para fevereiro. Lira fez chegar ao Planalto que a reforma tributária deve ser votada, primeiramente, pelos deputados.

Cheguei primeiro
Pacheco, por sua vez, tem dito a aliados que a proposta está mais adiantada no Senado. Mas, o presidente do MDB, Baleia Rossi, já começou a conversar com a equipe do Ministério da Fazenda. Segundo aliados, é no sentido de fortalecer a posição da Câmara.

Arthur em campanha/ Embora seja favorito para mais dois anos no comando da Câmara, Arthur Lira pedirá votos para todos os deputados que puder. Começou com um café com a bancada do Acre, em que nenhum deputado foi reeleito. Depois, foi a vez de Roraima, terra de Jhonatas de Jesus, candidato à vaga para o Tribunal de Contas da União.

O relógio “causou”/ Ao reparar que o relógio destruído no Palácio do Planalto marcava 1h30, grupos bolsonaristas no WhatsApp tentaram passar a ideia de que a depredação teria ocorrido antes da invasão. As câmeras de segurança, porém, registraram a quebradeira às 15h43. No Planalto, explica-se por que o relógio marcava horário diverso do real. É que estava faltando uma peça para que ele pudesse funcionar a contento.

Veja bem/ Ainda no governo Bolsonaro, houve planos de levar o relógio para a França, para conserto, mas o pessoal do Planalto ficou com medo de que aquela preciosidade fosse trocada. E, de todo o modo, sairia muito caro.

Janja pesquisa/ A primeira-dama andou pelo CasaPark nesta semana, olhando móveis. Entrou, inclusive, nas lojas mais caras, como as que o senador Flávio Bolsonaro visitou para comprar peças da casa dele, no Jardim Botânico.

A busca por herdeiros políticos de Bolsonaro

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Com o cerco se fechando sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, os políticos com perfil conservador começam a se posicionar no sentido de buscar os eleitores à direita. Estão nesse movimento, por exemplo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o de Minas Gerais, Romeu Zema, que tem planos de concorrer ao Planalto no futuro. Zema, porém, avalia alguns, começa a tropeçar nessa caminhada. Ao dizer à Rádio Gaúcha que o governo fez “vista grossa para sair de vítima” dos ataques de 8 de janeiro, feriu os brios dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Zema tentou jogar a demora na ação nas costas do PT, mas, diante de atos tão violentos aos Poderes como um todo, as declarações do governador não agradaram ao STF, a instituição mais atingida pelos vândalos e/ou terroristas. Foi graças à Corte, leia-se o ministro Kássio Nunes Marques, que Zema conseguiu uma liminar no ano passado para aderir ao regime de recuperação fiscal, mesmo sem autorização da Assembleia Legislativa. A liminar ainda precisa passar pelo plenário do Supremo. Há quem diga que o governador pode até querer ser o herdeiro do bolsonarismo, mas não dá para repetir o erro de atacar as instituições.

O abandonado

A demora para ouvir o ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça Anderson Torres faz parte da estratégia. A ideia é ver se ele se convence de que está isolado e conta tudo o que sabe sobre o documento de intervenção no Tribunal Superior Eleitoral e os ataques de 8 de janeiro.

Sem marolas, por favor
No Planalto e fora dele, a expectativa é de retorno de Ibaneis Rocha ao cargo de governador do Distrito Federal. Há quem diga que é melhor Ibaneis retornar, ainda que mais enfraquecido, do que jogar mais lenha na fogueira da instabilidade, que ainda tem brasas incandescentes por aí.

Primeiro, tem que baixar a poeira
O resultado de 47 votos contra e apenas um a favor da permanência de Josué Gomes no comando da Fiesp praticamente fechou as portas para que ele, no futuro, ingresse no governo Lula 3. É que qualquer cargo ao empresário neste momento seria briga certa com o clube de poderosos empresários paulistas.

Prioridade de Valdemar
Na Câmara, o PL reforçará o bloco de Arthur Lira para presidente da Câmara e só quer “uma coisinha” em troca, conforme comentam seus deputados: a relatoria do Orçamento da União para 2023. No pacote, está ainda o apoio a Rogério Marinho, pré-candidato a presidente do Senado.

Sinal verde/ O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, autorizou o senador eleito Rogério Marinho a seguir com a campanha para presidente do Senado. A avaliação é de que há espaço para uma candidatura alternativa.

Avenida/ A aposta do PL é de que Marinho tem espaço entre o grupo conservador que se viu abandonado pelo presidente Rodrigo Pacheco e não se sentiu defendido, por exemplo, quando houve a defesa dos políticos que tiveram redes sociais suspensas.

Orai e vigiai/ Embora Marinho tenha recebido sinal verde para continuar na campanha, o partido olhará também a pré-candidatura de Eduardo Girão (Podemos-CE). Se saírem os dois, o campo pode se dividir demais. Nas internas do PL, há quem diga que, se for para perder por muito, é melhor fechar logo um acordo com Rodrigo Pacheco em torno de comissões importantes e assento à Mesa Diretora.

Apoio geral e irrestrito/ A ida do presidente da Câmara, Arthur Lira, ao Batalhão da PM na Praça dos Três Poderes foi uma demonstração de sustentação à governadora em exercício, Celina Leão. Ibaneis deve voltar, mas Celina ocupou um espaço que ninguém imaginava. E, até aqui, todos os espaços que ela ocupou, soube manter. Se será a sucessora natural, o tempo dirá.

Até aqui../ A contar pela pesquisa do Ipec, o governo Lula 3 começa com uma lua de mel, apesar das tensões. Resta saber se essa “janela” permanecerá na hora de promover as reformas necessárias, como a tributária, que Fernando Haddad prometeu aos investidores lá em Davos.

 

Lula vai bancar a permanência de José Múcio no governo

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A pressão de setores do PT para que o ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro seja apeado do Ministério da Defesa foi jogada para escanteio por Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente da República sabe que foi eleito não somente graças ao seu CPF, mas ao conjunto de forças que reuniu em torno de sua candidatura. Múcio, um aliado de 20 anos, com o qual Lula estabeleceu uma relação de confiança absoluta, estava na primeira leva de ministros nomeados e ajudou os governos anteriores do PT em todos os momentos difíceis. Conforme o presidente disse, ontem, a alguns petistas, o momento é de acalmar a parte das tropas que ainda estão sob tensão, e uma troca de ministro arriscaria criar mais instabilidade.

Os mais ponderados que estão ao lado de Lula entendem que o PT tem razão em estar irritado com o ocorrido em 8 de janeiro, quando as autoridades estiveram sob risco. Afinal, os acampamentos tinham o objetivo de evitar a posse de Lula e, depois que a subida da rampa ocorreu, perderam a razão de ser e deveriam ter sido desfeitos. Agora, diante dos ataques aos Poderes, foram desfeitos na marra. Então, é bola para frente. O que Lula quer, segundo alguns de seus aliados, é que Múcio fique e aproxime as Forças Armadas do governo. Cabe ao PT recolher os flaps. O momento delicado não passou, e é preciso cautela.

A trégua de Renan

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) avisou aos integrantes do partido que não fará pré-julgamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afastado do cargo por 90 dias pelo Supremo Tribunal Federal. Se Ibaneis convencer o STF de que não houve uma ação deliberada de sua parte, estará salvo do pedido de expulsão do partido.

O périplo de Izalci…
O líder do PSDB no Senado, Izalci Lucas (DF), conversou com líderes do governo Lula para explicar a importância da autonomia do DF. Há o receio de que os ataques às instituições da República e a demora da PM em proteger os edifícios resultem na federalização das forças de segurança do Distrito Federal.

…e a defesa de Ibaneis
“Não acredito que Ibaneis tenha feito qualquer coisa de forma proposital. Faltou a ele apenas humildade para não nomear Anderson Torres”, disse o senador tucano, que, aliás, foi adversário do emedebista na última eleição.

Bolsonaristas também querem CPI
Se até aqui eram os petistas e o governo que defendiam uma investigação parlamentar dos ataques de 8 de janeiro, agora, quem deseja a apuração são os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. A deputada Bia Kicis (PL-DF), por exemplo, quer fazer parte do colegiado. Ela acredita que havia infiltrados para fazer baderna.

PL manterá unidade/ O PL, partido de Bolsonaro, não vai rachar, garante Kicis. “Qualquer partido com mais de 10 pessoas tem visões diferentes, é normal. Permaneceremos unidos, afinal, essa é a nossa força. Não haverá a repetição do que ocorreu com o PSL”, afirma a parlamentar.

Pulou o “corguinho”…/ É bom o deputado André Janones (Avante-MG), que pretende ocupar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), parar de acreditar em tudo o que escuta do PT. Dizer no Twitter que José Múcio iria sair do governo foi um gol contra sua indicação.

… e perdeu/ Alguns petistas ouvidos pela coluna foram unânimes em afirmar que Janones não é o nome para essa comissão. A CCJ não é para incendiários, avisam alguns do próprio PT.

Orai e vigiai/ Se o distanciamento social no auge da pandemia foi o novo normal, a Esplanada seguirá carregada de policiais enquanto o governo e os serviços de inteligência detectarem qualquer distúrbio capaz de ameaçar a segurança das autoridades. Hoje, aliás, completa um mês que tivemos carros e ônibus incendiados em Brasília. A cidade de asas e eixos precisa recuperar a sua paz.

STF concordou com intervenção no DF

Publicado em coluna Brasília-DF

Antes de decretar a intervenção federal no DF, o presidente Lula cogitou uma ação via Parlamento, mas, consultados por Lula, ministros do Supremo Tribunal Federal consideraram que o mais rápido para garantir a proteção do patrimônio e a apuração dos atos terroristas de Domingo (9/1) era a intervenção. Afinal, os petistas pediram ao governador Ibaneis Rocha, em dezembro, que desistisse da nomeação de Anderson Torres para a Secretaria de Segurança Pública. Ibaneis considerou uma interferência indevida na sua gestão. Agora, diante da depredação geral dos principais prédios da Esplanada, e do blecaute nas forças de segurança em todos os níveis, a confiança entre Lula e Ibaneis está quebrada e difícil de ser reconstruída.

Em tempo: Embora Ibaneis tenha sido afastado pelo ministro Alexandre de Moraes e ainda tenha pela frente um processo de impeachment, Lula não se envolverá nesse assunto. Depois do pedido público de desculpas, Lula, em princípio, prefere restabelecer a relação com quem estiver no comando do DF.

Acabou a paciência
Os atos terroristas de domingo fizeram com que os defensores da retirada imediata dos bolsonaristas das portas dos quartéis ganhassem a batalha dentro do governo e no Congresso. José Múcio, agora, tem menos de uma semana para esvaziar tudo. “Se o Exército não retirar da sua porta as pessoas que incitam ou participam desses atos terroristas, passará a ideia de conivência com a baderna”, diz o presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rego (MDB-PB).

Deixe seu recado após o sinal
Veneziano contou à coluna que, por volta de 8h da manhã de ontem, recebeu um telefonema da segurança do Senado preocupado com a possível invasão do Congresso. “Liguei para o Ibaneis e não consegui falar. Quem me atendeu foi Gustavo Rocha, que me disse que eu não precisava me preocupar, porque seria uma manifestação pacífica, de pequeno porte, no máximo, 400 pessoas”, afirma.

Controle de quem?
O presidente em exercício do Senado ainda argumentou: “Mas, estão falando em 100 ônibus. E Gustavo Rocha, então, me disse. Não se preocupe que está tudo sob controle”. Agora, depois do terror nos palácios, Veneziano, que é do mesmo partido de Ibaneis, não tem dúvidas: “Houve uma omissão sem precedentes. Não tem cabimento. É imperdoável”.

E o Planalto, hein?
O Gabinete de Segurança Institucional, que deveria proteger o Planalto, vai passar por um pente fino. Todo serviço de inteligência falhou e nada explica o fato de manifestantes depredarem o prédio e a segurança deixar correr solto, sem sequer um tiro de advertência. Até armas foram roubadas.

Joio & trigo
A PM do DF também vai passar por uma investigação para saber quem foi conivente. Mas nem todos os policiais de serviço no fim de semana podem ser acusados. Muitos saíram feridos, tentando proteger o patrimônio público.

Tchau, férias!/No início da noite de ontem, Ibaneis Rocha já havia decidido a cancelar o período de descanso. Agora, afastado pelo ministro Alexandre de Moraes, vai se dedicar a tentar salvar o próprio mandato.

Frágil Brasil/ Não foi apenas Santos Cruz que se manifestou sobre a tolerância com o extremismo. Em seu Twitter, o ex-governador de São Paulo João Doria foi direto: “Inaceitáveis os atos terroristas em Brasília(…) Ruptura patrocinada e financiada por extremistas bolsonaristas. São criminosos. A desordem expõe o Brasil e sua fragilidade institucional”.

Enquanto isso, no Itamaraty…/O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, passou a tarde ao telefone, em contato com chanceleres de vários países mundo afora. O terror será pauta, inclusive, da reunião da Comunidade dos Estados Latino Americanos e Caribenhos (Celac), no fim do mês, na Argentina. A Organização dos Estados Americanos (OEA) também está se mobilizando.

PT e Lula buscam o apoio do Republicanos, de Damares Alves

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O Republicanos foi pedir o apoio do PT para garantir a vice-presidência da Câmara para Marcos Pereira e a vaga no Tribunal de Contas da União (TCU) para o deputado Jhonatan de Jesus (RR). Ouviu a seguinte resposta: “Se vocês vierem para a base do governo, está fechado”. A legenda terá 41 votos na próxima Legislatura. Ainda que tenha em sua bancada bolsonaristas convictos, como Diego Garcia (PR), a sigla tem um grupo disposto a apoiar o governo. Que ninguém se surpreenda se, mais à frente, o Republicanos, partido da senadora eleita Damares Alves (DF), faça parte do governo Lula. É com parte desses deputados que o governo pretende compensar aqueles votos do União Brasil — que não virão de jeito nenhum.

O que importa

Além da conversa para acertar os ponteiros e afinar a equipe, a reunião ministerial de hoje alertará a todos sobre a necessidade de ter em mente que este governo é uma frente ampla. E a democracia é o maior valor. Portanto, não dá para brigar por “miudezas”.

Saiu, mas pode voltar
Será o momento ainda de dizer com todas as letras que todos devem trabalhar pelo sucesso do governo e em harmonia. Afinal, se a gestão não tiver sucesso, Jair Bolsonaro terá uma avenida aberta rumo a 2026.

Ministra iogurte
Nos restaurantes de Brasília, os deputados começaram as apostas sobre quanto tempo a ministra do Turismo, Daniela do Waguinho, vai se segurar no cargo. Quem menciona mais tempo, fala em 90 dias. Se nas primeiras votações, o União Brasil não estiver coeso, será a senha para o seu afastamento.

Segurança pública
Recém-empossado no cargo de Secretário Nacional de Segurança Pública, o ex-deputado Tadeu Alencar (PSB-PE) tem como meta principal tirar do papel o Sistema Único de Segurança Pública (Susp). O tema será discutido com os secretários estaduais ainda neste mês. A ideia é promover um trabalho conjunto das polícias federal, militar, civil e guardas municipais, porém, sem unificação das polícias e, sim, de políticas.

Planejamento é bom, mas…
Depois da eleição de 1994, o então presidente eleito, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), havia reservado o Ministério do Planejamento para o economista e educador Paulo Renato Souza — que havia montado todo o governo e o esboço das reformas necessárias. O tucano José Serra, que podia escolher aonde iria, preferiu o Planejamento, para estar no centro das discussões econômicas. Só virou candidato a presidente da República, porém, quando assumiu a pasta da Saúde.

Sempre palaciano/ Vice-líder do governo de Jair Bolsonaro, o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), fez questão de comparecer à posse de Simone Tebet no Palácio do Planalto e ainda trocou cumprimentos com a deputada Maria do Rosário (PT-RS), que chegou a encaminhar uma ação contra Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal porque, numa discussão, o ex-presidente chegou a dizer “jamais iria estuprar você, porque você não merece”.

Área restrita/ Quando foi convidado para ser ministro da Justiça, Flávio Dino, negociou antes todos os cargos do seu ministério. Assim, a equipe assumiu junto a ele. Logo, está fora da distribuição de espaços entre aliados.

A partilha dos santos/ Nem todas as imagens sacras que foram retiradas do Alvorada no início do governo Bolsonaro devem voltar. A de Santa Bárbara, do século XVIII, está hoje no Palácio do Jaburu. Como o vice-presidente Geraldo Alckmin é muito religioso, ainda não está decidido se todos os objetos voltarão.

Por falar em volta…/ Os bolsonaristas farão o primeiro teste de mobilização depois da posse neste fim de semana, em Brasília. A ideia é tentar angariar mais pessoas para os acampamentos a fim de evitar a desocupação.

Em guerra interna, União Brasil sonha com o segundo escalão do governo Lula

Publicado em coluna Brasília-DF

O União Brasil terá sua primeira reunião no final deste mês e, a contar pelas conversas que dominam os bastidores, a tendência é mesmo de independência em relação ao governo. Isso porque os ministros anunciados, Daniela do Waguinho, Juscelino Filho e Waldez Góes não representam a maioria dos deputados. A esperança dos ministros é de que, até lá, eles possam ter força para tirar o eixo de poder das mãos do líder Elmar Nascimento (União Brasil-BA) ou acalmá-lo. A de Elmar, avisam seus fiéis escudeiros, é emplacar bons aliados em postos-chaves, como a Codevasf. A corrida para saber quem controlará o partido segue até o final do mês.

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Com tantos aliados interessados nos “filés” do segundo escalão e o que isso passou a representar na correlação de forças da frente ampla e internamente nos partidos, o presidente Lula precisou antecipar a reunião ministerial. Melhor conversar agora do que deixar que essas rusgas virem uma crise de, como se diz no jargão da política, de vaca não reconhecer bezerro.

Todo o cuidado é pouco

Servidores do Planalto desconfiaram de pessoas sentadas nas antessalas e tentaram saber de quem se tratava. Eram ocupantes de cargos de confiança do governo Jair Bolsonaro que simplesmente ficaram por ali. Delicadamente, foram encaminhadas à porta de saída.

Difícil missão
Muito bem acomodado no primeiro escalão, o PSB terá dificuldades em emplacar os seus integrantes nas estatais e outros cargos. O partido, inclusive, já foi avisado.

Emplacou e desgostou
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, entrega hoje três nomes para assumir a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), área cobiçada também pelo PSD de Carlos Fávaro. O nome mais forte é Edegar Pretto, que esteve cotado inclusive para ministro. A Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) preferia a Conab no Ministério da Agricultura.

Alckmin para acalmar
A alta na Bolsa de Valores foi vista como um alívio pelos ministros do governo Lula 3, mas não vem sendo atribuída apenas à declaração de Jean Paul Prates, futuro presidente da Petrobras, sobre não-intervenção nos preços do petróleo. Houve também o discurso seguro e em defesa da iniciativa privada e da reforma tributária feito pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, em sua posse como ministro de Indústria e Comércio.

Tempo esgotado
Vence hoje o prazo de 48 horas para que sindicatos e associações do setor de combustíveis e até o Instituto Brasileiro de Petróleo prestem esclarecimentos sobre a manutenção dos preços elevados, mesmo depois de o governo prorrogar a isenção. Se não explicar, punições virão.

A queda de braço não cessa/ A bolsa subiu, mas, enquanto o governo não disser a que veio em termos de âncoras fiscais, o dólar não baixa. Entre os ministros, a ordem é manter o sangue frio, mas, na bancada do PT, nem tanto: “O mercado precisa descer do palanque”, diz o deputado Henrique Fontana (PT-RS).

Elas vão ter que se entender/ Com a ex-ministra do Meio Ambiente Izabela Teixeira muito bem instalada na ONU e com muito trânsito internacional, a ministra Marina Silva pode ter em Izabela uma ponte para ajudar. O nome de Marina tem peso como representante da floresta, e Izabela tem fama de boa gestora.

Virou moda/ Dona Lu Alckmin, esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin, saía do salão nobre do Planalto quando um menino da sua cidade lhe mostrou as meias coloridas. Alckmin fez escola com seu estilo divertido nos pés.