PT quer influir na economia

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Com a chegada de Nelson Barbosa ao comando da economia nacional, os petistas fecharam uma proposta econômica a ser entregue à presidente Dilma Rousseff antes do ano novo. O pacote petista inclui a CPMF, mas dá compensações aos assalariados, como a criação de novas faixas de Imposto de Renda. O tema foi discutido ontem detalhadamente com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e, na semana que vem, será encaminhado à presidente Dilma Rousseff.

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A avaliação do partido é a de que agora há espaço para discutir uma política que, ao mesmo tempo, faça o ajuste, mas traga alguma réstia de esperança aos desenvolvimentistas. Resta saber se a conta vai fechar, uma vez que, até aqui, todas as propostas do partido seguiram na lista da gastança sem parcimônia.

Temer, o bom companheiro
Os ministros estão convencidos de que o vice-presidente, Michel Temer, não será mais o patrocinador do processo de impeachment que tramita na Câmara. “Não é do perfil dele travar enfrentamentos desnecessários”, dizem os aliados da presidente.

Muito além da CPMF
Os deputados fizeram as contas e descobriram que, se o governo fosse atrás de receber todas as pendências, teria, pelo menos, mais R$ 1 trilhão em caixa. Daria para quitar os restos a pagar e ainda sobraria um troco para aplicar em obras de infraestrutura.

Lula em movimento
O ex-presidente tem sido incansável na busca de apoios no PMDB para tentar sustentar a presidente Dilma Rousseff. Só não conversa com
Eduardo Cunha.

Vem acordo, mas…
Antes mesmo do Natal, já começaram as conversas para que os representantes do PMDB na comissão especial do impeachment sejam indicados dentro da proporcionalidade entre as alas do partido. O difícil é encontrar os termos dessa divisão. Sabe como é: quem parte e reparte quase sempre fica com a melhor parte.

Santinho!/ A presidente Dilma Rousseff abriu sua fala na confraternização com ministros e líderes no Alvorada fazendo uma saudação ao ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (foto). “Vou cumprimentar logo o Henrique antes que ele reclame. Senão, ele diz que não falei dele”. Foi uma gargalhada geral.

Meu querido/ Quem conhece Dilma sabe que, quando ela brinca com alguém, é porque gosta. quando ela não tolera, nem olha. Muito menos brinca. As desconfianças em relação a Henrique cessaram.

Presente de grego I/ Um site de notícias resolveu fazer uma brincadeira com os deputados sobre o que eles dariam de presente a um amigo secreto. Dentro do saquinho com os 20 papéis em que estava escrito o nome de possíveis amigos ocultos, 10 tinham o mesmo nome: Eduardo Cunha. Houve quem sugerisse uma passagem só de ida para a Sibéria, um “cartão vermelho” para expulsão do Congresso.

Presente de grego II/ O único que “tirou” Eduardo Cunha e encheu o deputado de elogios foi o líder do PMDB, Leonardo Picciani, que desejou sorte e sucesso ao presidente da Câmara. É o espírito natalino, começando a dar o ar da graça no coração das excelências.

O pecado mora ao lado

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Experientes parlamentares da base aliada têm aconselhado a presidente Dilma Rousseff e os ministros Jaques Wagner e Ricardo Berzoini a tomarem cuidado do PT. Foram os erros cometidos pelo partido no início do ano que ajudaram a enfraquecer a base. Por exemplo, lançar candidato petista à Presidência da Câmara em vez de buscar uma alternativa a Eduardo Cunha dentro do PMDB.

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Embora o PT tenha consciência dos seus erros passados, todas as vezes em que o partido sente uma lufada de ar fresco, seus parlamentares passam a agir como se fossem os donos do mundo e dos votos. E essa lufada veio agora, com a pesquisa Datafolha e o rito de análise do impeachment decidido pelo Supremo. Apesar disso, lembram os aliados, as altas temperaturas continuam. Se não souber usar essa lufada de ar para agregar, pode faltar fôlego para vencer as batalhas de 2016.

Quase sem saída I

Se quiser tocar o processo de impeachment com outras regras, ou mesmo esclarecer melhor via o chamado embargo de declaração sobre o rito definido no Supremo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, terá que atrasar em pelo seis meses o início de apreciação do pedido. É que os embargos só podem ser apresentados depois de publicado o acórdão. E, conforme discutido ontem por alguns líderes, isso não é tão simples quanto parece.

Quase sem saída II

A previsão é que esse acórdão só saia, na melhor das hipóteses, no fim de março. O do mensalão levou quase um ano, porque envolvia 40 réus. Esse não levará tanto tempo. Mas a aposta de experientes advogados é que não será em fevereiro. Até que o STF revise o que foi deliberado e libere a publicação do acórdão, lá se foram pelo menos 30 dias pós-recesso.

A ira da Justiça

A Justiça do Trabalho fez as contas e descobriu que o relator do Orçamento de 2016, Ricardo Barros, cortou seus recursos acima dos 20% anunciados anteriormente. Agora, não há mais como mexer nisso no Congresso. O jeito é tentar buscar a recomposição na boca do caixa, o que
sempre é mais difícil.

Se não se agarrar no serviço…

…Não tem dinheiro novo. Criado pelo ministro do Planejamento, Valdir Simão, nos tempos de CGU, o sistema de acompanhamento de 4 mil obras custeadas com recursos federais tem servido de argumento para recusa novas liberações. No Turismo, governadores e prefeitos têm saído meio constrangidos, quando percebem que não fizeram o dever de casa.

Até quarta-feira (de cinzas)

A sessão da Comissão de Constituição e Justiça convocada para hoje não terá quórum para deliberação. Ali, só vai funcionar mesmo depois do carnaval. Como, aliás, quase tudo no parlamento. A única agenda pesada no Congresso anterior ao desfile do Rei Momo é a eleição do líder do PMDB. No mais, é Lava-Jato na cabeça.

Chamou atenção/ Nos bastidores da posse do ministro Nelson Barbosa, muitos comentários de políticos sobre as olheiras da presidente Dilma. Sinal de pouco sono.

Ministro em alerta I/ O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (foto), desistiu de acompanhar a presidente Dilma Rousseff na viagem à Bahia hoje. Por determinação da chefe, ficará em Brasília para acompanhar de perto o último dia de trabalho da Câmara antes do recesso.

Ministro em alerta II/ Wagner mudou ainda a agenda de fim de ano. Passa só o Natal na Bahia e volta para Brasília a fim de ajudar a fechar o orçamento de 2015. É que nessa última semana, sempre cresce o movimento de parlamentares em buscar de recursos.

Por falar em movimento…/ A romaria já começou. Ontem, o depurado Valtenir Pereira (PMDB-MT) fez uma verdadeira peregrinação atrás dos recursos do PAC pavimentação para municípios do estado. Ele conseguiu R$ 500 mil para uma cidade, mas faltam R$ 633.643,82 para outro. Haja dinheiro para atender a base…

O clima da virada

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Neste fim de ano, nos intramuros da política e do próprio PMDB, há quem considere as citações do nome de Michel Temer nas conversas entre o executivo da OAS, Leo Pinheiro, e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, como combustível para substituir o movimento pró-impeachment por outro, mais forte, em prol de novas eleições presidenciais ainda no próximo ano.

A parte dos congressistas aliada a Temer, sentindo que o impeachment está próximo do naufrágio se mantido o cenário atual, pregará um movimento no Congresso para implantação do regime semi-parlamentarista no país. A ordem, aí, é tirar os poderes administrativos de quem estiver no cargo de presidente da República — que, na avaliação deles, por três anos ainda será Dilma Rousseff.

Quatro tempos de um jogo

Nas últimas 48 horas, os peemedebistas que permanecem em alerta, caso do experiente José Sarney, traçaram o que vem pela frente em termos de embates dentro da crise do PMDB, que se confunde com a da política como um todo: 1) liderança do PMDB; 2) Substituição do presidente da Câmara, Eduardo Cunha; 3) Troca do vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão, por um nome do PT; e 4) A convenção do PMDB.

Sarney é Renan

As tentativas do vice-presidente Michel Temer de levar o senador José Sarney a ajudá-lo na luta interna do PMDB não funcionaram. Sarney ficará ao lado do presidente do Senado, Renan Calheiros. O ex-presidente da República ainda domina os diretórios do partido no Maranhão e no Amapá, fundamentais para todas as fases do jogo peemedebista.

Aliviado

O senador Roberto Rocha (PSB-MA) termina o ano com um sentimento de alívio, privilégio de poucos nos dias atuais. É que está parado e pode ser até arquivado na Justiça Eleitoral o processo em que ele é acusado de estelionato por ter maquiado doações de campanha. O PMDB, autor da ação, desistiu, porque Gastão Vieira, principal beneficiado de uma eventual condenação do senador, deixou o partido. A Polícia Federal ainda investiga o caso das supostas notas falsas apresentadas como doações de campanha.

Pros despenca

Nas alturas mesmo, no Pros, só o helicóptero adquirido e usado quase que diariamente pelo presidente do partido, Eurípedes Júnior, para ir de Planaltina de Goiás a Brasília. O Pros recebe do fundo partidário R$ 1,4 milhão por mês e não há cursos de formação política nem nada que permita o crescimento da legenda. Vai cair de nove para dois deputados em breve.

CURTIDAS

Os 20%/ O deputado Manoel Júnior (PMDB-PB) entrou dia desses num restaurante em João Pessoa e eis que, de repente, um senhor se levanta. Por um momento, veio aquela sensação de “pronto, lá vem alguém reclamar que estou defendendo Eduardo Cunha”. Na verdade, o sujeito, antipetista convicto, cumprimentou o deputado. Considerava que, em política, é preciso ter posição. É, pois é. As pesquisas indicam 80% favoráveis à saída de cunha, mas ainda tem quem o defenda.

E o barraco ainda rende…/ Na casa do senador Eunício Oliveira, durante a confraternização de Natal, o governador Rodrigo Rollemberg se preparava para dar um palpite no entrevero entre Kátia Abreu (foto) e o senador José Serra quando a primeira-dama, Márcia, lhe tascou um beliscão e sussurrou: “Não fala nada!” Rollemberg se conteve.

Por falar em Kátia Abreu…/ Depois de chamar Serra de “filho único, mimado, feio, que nunca vai ser presidente”, a ministra da Agricultura decidiu se precaver de novos embates. Na confraternização seguinte, promovida pelo senador Renan Calheiros, ela foi acompanhada do marido, Moisés. Nome sugestivo para ajudar a atravessar o mar vermelho e enlameado que se tornou a política.

Quando a guerra é grande…/ Fim de ano é sempre hora de acalmar os ânimos. Por isso, tem muita gente na política apostando que vem por aí um acordão para que as excelências escapem do furacão. Difícil. A Lava-Jato continuará aberta no período de férias. Ainda bem.

Últimos acordes

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Inconformados com a decisão do Supremo Tribunal Federal de impedir candidaturas avulsas para compor a comissão especial do impeachment, deputados cogitam tentar reverter isso mediante alterações pontuais no regimento interno da Câmara. A ideia é promover esses ajustes regimentais já na terça-feira, na última sessão antes do encerramento dos trabalhos deste ano. Assim, quando o STF retornar do recesso, os parlamentares apresentarão um pedido de revisão da decisão, antes mesmo de analisar a comissão especial do impeachment. Falta combinar com os partidos do governo que, dizem alguns, devem obstruir qualquer votação que possa representar perigo à decisão do Supremo.

Cardozo, o visitante

Permanece cercada de mistérios a visita do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a Curitiba recentemente. Há, dentro do PT, quem diga que parte da agenda do ministro mantida em sigilo foi uma visita a dona Edilaira, esposa de André Vargas, que, em outubro, declarou ao juiz Sérgio Moro que tem uma iogurteria e vende bolos e perfumes para sustentar a casa.

Veja bem, Michel

Diante das fracas manifestações pró-impeachment e da gravidade da crise econômica, alguns peemedebistas procuraram o vice-presidente, Michel Temer, para alertá-lo: se ele mantiver a briga pró-impeachment e vencer, vai enfrentar a CUT, a UNE e os movimentos ligados ao PT todos os dias em manifestações na porta do Planalto, fora a divisão dentro do próprio PMDB, se ele chamar José Serra para ministro da Fazenda.

Por falar em PMDB…

A lista para a recondução de Leonardo Picciani não contou apenas com a ajuda de ministro Hélder Barbalho, filho da deputada Elcione. Houve, ainda, a liberação de R$ 20 milhões em emendas de, pelo menos, cinco deputados peemedebistas.

Bombeiros…

Não é para apagar a crise política. O deputado Beto Mansur (PP-SP) conversou com a corporação e decidiu aproveitar esse recesso de janeiro para fazer logo a reforma no plenário da Casa e, assim, obter o alvará do Corpo de Bombeiros para o local. “O plenário tem 55 anos, não tem alvará dos bombeiros”, diz o deputado.

…E obras

Além das portas corta-fogo, o primeiro secretário vai ampliar as rotas de fuga do plenário e criar um corredor de um metro e 20cm nas laterais. Um deputado que outro dia soube da obra comentou: “Desde que não seja rota de fuga para escapar da Polícia Federal, tudo bem”.

Descanso curto/ O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (foto), sai de recesso na próxima quarta-feira e retorna em 4 de janeiro. Para alguém que vem da Bahia, onde há o folclore da preguiça, é algo como passar só um fim de semana na praia.

Volte três casas/ Confronto com Dilma Rousseff, com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e, para completar, uma reversão de expectativas no Supremo Tribunal Federal (STF), com a ampliação de poderes dos senadores e dos líderes. Só isso era ontem o suficiente para que nove em cada dez políticos colocassem Michel Temer como o maior perdedor do processo de impeachment até agora. Não é à toa que o vice sairá de férias.

“Barba, cabelo e bigode”/ Quem termina o ano com a sensação de dever cumprido é a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), presidente da Comissão Mista de Orçamento. Ela começou 2015 com toda a classe política descrente em relação à aprovação do Orçamento. Sai de recesso com a meta fiscal do ano revista, a LDO e o Orçamento aprovados.

Há vagas/ Dilma Rousseff optou por Nelson Barbosa para o Ministério da Fazenda porque as sondagens de gente do mercado não tiveram sucesso. Para completar, até hoje a Secretaria de Aviação Civil continua com um ministro interino, Guilheme Ramalho. Tem aliado torcendo para que o mesmo não ocorra com a Controladoria-Geral da União (CGU).

Temer e o TCU

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Engana-se quem pensa que o vice-presidente, Michel Temer, está paralisado diante das informações de que, no exercício da Presidência, ele também assinou decretos que resultaram em gastos sem cobertura, as famosas “pedaladas”. Na quarta-feira, Temer chegou tarde ao jantar de confraternização na casa do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), porque teve um encontro no Palácio do Jaburu com o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União. Nardes foi responsável pela análise das contas da presidente Dilma Rousseff de 2014, que se tornaram propulsoras do primeiro pedido de impeachment, depois revisto para acrescentar as pedaladas de 2015.

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Augusto Nardes confirmou à coluna que esteve com Temer, mas afirmou que não é o relator da parte que se refere às supostas pedaladas de 2015 e que tratou de outros temas. Esse quesito está com outro ministro, Raimundo Carrero, ligado ao ex-presidente José Sarney, amigo de Temer. Quando o caso for levado ao plenário, todos os ministros vão apreciá-lo. Esse encontro entre Nardes e Temer, no momento em que se trata do impeachment de Dilma, vai dar o que falar.

Se colar…

Senadores aliados ao governo lançaram a tese de que o Congresso corrigiu as pedaladas de 2015 ao mudar a meta fiscal e, assim, não há motivos para o impeachment da presidente da República. Tudo para se contrapor aos documentos apresentados pelo jornal Valor Econômico, sobre os inúmeros avisos técnicos contra as pedaladas.

… colou

O argumento que começa a afastar muitos deputados do pró- impeachment é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ganhar o título de primeiro na linha sucessória, caso Michel Temer vire o titular do cargo. Daí o fato de muitos quererem tirar primeiro o presidente da Câmara para, logo depois, decidir sobre o futuro da presidente Dilma Rousseff.

“O rito de impeachment não é uma questão interna corporis do Congresso. Rito de impeachment é uma questão constitucional”
Do ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, em entrevista ao Correio Braziliense em outubro deste ano

Mais obras

Depois da briga no plenário, na semana passada, durante a escolha dos integrantes da comissão especial do impeachment, o primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur, pretende fazer uma “saída alternativa” ou “rota de fuga” do ambiente. Considera que é preciso mais espaço para sair do plenário em casos de emergência.

Tem para todo gosto

Nem todas as manifestações de hoje serão contra a presidente Dilma Rousseff. Para o gramado do Congresso, há um grupo programando o “fora Cunha”.

Brrrr…/ Em Curitiba, o detento da Lava-Jato que mais comemora a chegada do verão é o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Ele sempre reclamou do frio paranaense.

Deprê/ José Dirceu (foto), ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, é considerado um dos mais acabrunhados na cela. Tem a sensação de que não sairá jamais da cadeia.

Insônia presidencial/ A presidente Dilma Rousseff tentou recorrer à velha lenda da contagem de carneirinhos saltadores para conseguir dormir. Não conseguiu. É que ela só vê deputado pulando a cerca.

Marchinha 2016/ Brasileiro não perde tempo quando o assunto é carnaval. Veja só: “Ai meu Deus/ me dei mal/ bateu à minha porta o japonês da federal”. O refrão já circula pelas redes sociais e promete esquentar o carnaval do ano que vem.

André Vargas em movimento

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Depois de ver vários colegas de cadeia irem para casa, ainda que com as tornozeleiras a título de acessório, o ex-deputado André Vargas, que foi secretário de Comunicação do PT, decidiu mudar de advogado e começar a trabalhar um acordo de delação premiada. Mais um para, ao lado do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), deixar o governo e o partido preocupados.

Wagner e Picciani…

De nada adiantou o vice-presidente Michel Temer aconselhar a presidente Dilma Rousseff a se manter longe da briga dos peemedebistas pelo comando da bancada na Câmara. Ontem, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e o ex-líder do PMDB Leonardo Picciani conversaram no aeroporto JK, em Brasília. Tratavam da filiação do deputado Altineu Cortes (PR-RJ) ao PMDB. A guerra em torno da liderança do PMDB volta na terça-feira.

Convocação incerta I

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já avisou ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que uma eventual convocação do Congresso Nacional não contará com o seu apoio. Cunha não pretende assinar nada nesse sentido. Logo, ou os congressistas não votam a Lei de Diretrizes Orçamentárias e tentam provocar a continuidade dos trabalhos “na marra”, ou a Casa vai entrar em férias mesmo.

Convocação incerta II

Outra forma de convocar é via aprovação pela maioria absoluta dos membros das duas Casas. Nesse caso, os deputados e os senadores elencam os assuntos relevantes e urgentes objetos da convocação e só podem deliberar sobre esses temas. Uma vez que Eduardo Cunha é quem faz a pauta da Casa e convoca as sessões deliberativas, esta saída para suspender o recesso também corre risco de fracassar.

Última fornada

Enquanto a Câmara continuará parada, o Senado vai votar o projeto de repatriação de recursos depositados lá fora, mas, para isso, só se o governo concordar com alguns vetos que os senadores estão elencando para apresentar à presidente Dilma Rousseff.

E o Conselho de Ética, hein?

Os integrantes dos partidos dedicados ao “fora Cunha” pretendem agora constranger os integrantes da tropa de choque de Eduardo Cunha no Conselho de Ética em suas bases eleitorais. Na Paraíba, são dois: Manoel Júnior, do PMDB, e Wellington Roberto, do PR, que ontem quase trocou sopapos com o deputado José Geraldo (PT-PA).

Renan relax/ O presidente do Senado, Renan Calheiros, saiu confraternização da casa do senador Eunício Oliveira (foto) às 6h30 da matina. Ficaram conversando ele, Eunício, o senador Lindberg Farias (PT-RJ) e alguns parentes de Eunício. Há tempos, não era o último a sair de uma festa.

Depois do barraco no jantar… / Alguns senadores vibraram com a descompostura que a ministra Kátia Abreu passou no senador José Serra. Alguns dizem que ele é conhecido pelos comentários meio atravessados travestidos de brincadeira. Dia desses, ele disse a uma moça: “Você está muito parecida comigo. Está com olheiras profundas”. A moça ficou muito sem graça.

… As recordações/ Dia desses, um assessor de senador que já trabalhou numa tevê jura ter ouvido de Serra o seguinte comentário: “Ainda bem que você está aqui. Televisão não é jornalismo”, recorda o assessor.

Quem conta um conto…/ Em conversas com colegas, o senador Eunício Oliveira tratava de minimizar a briga entre Serra e Kátia. Eunício contou que eles fizeram as pazes ali mesmo, cerca de 20 minutos depois de a senadora derramar vinho no terno do senador. E, segundo Eunício, ela nem atirou a taça, apenas o copo balançou e respingou um pouco na lapela esquerda de Serra. O que ficou sujo mesmo foi o tapete da d. Mônica, mulher do anfitrião.

Enquanto isso, num bar de Brasília…/ O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é tema do primeiro concurso de cartaz político promovido pelo bar Objeto Encontrado, na 102 Norte, com o slogan #empurraqueelecai. O cartaz vencedor traz uma imagem de Cunha com chifres e a inscrição: “Livremo-nos do mal, nós vamos além”.

Agora é conta de chegada. E nas ruas

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Os 199 votos que o governo obteve em votação secreta para formação da Comissão Especial que analisará o pedido de abertura de impeachment deixaram o Planalto de cabelo em pé. A presidente Dilma Rousseff tem 28 votos de margem para tentar barrar a abertura. Os oposicionistas precisam de 70.

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O problema, entretanto, é que, quando chegar a hora da decisão final sobre o tema, ou seja, se a Câmara autoriza ou não o processo, a votação será aberta, no microfone central do plenário. Diante do voto transmitido pela tevê, a avaliação ontem era a de que, se o movimento de rua pró-impeachment for grande, a tendência é esses 28 votos minguarem. Por isso, os dois grupos, governo e oposição, planejam desde já percorrer o país.

Base unida
Se tem algo que une PMDB e PT hoje são as preocupações diante do que pode vir se o Ministério Público Federal fechar um acordo de delação premiada com o senador Delcídio do Amaral, que completa hoje 15 dias preso.

Picciani balança.E cai
O líder do PMDB, Leonardo Picciani, só se manteve no cargo ontem à tarde porque o governador Luiz Fernando Pezão o socorreu, mandando de volta para a Câmara os deputados Pedro Paulo e Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral. Assim, faltaram dois votos para que o grupo da oposição destituísse o líder. Picciani achou que a batalha estava vencida. Caiu logo depois.

Ministério por liderança
Os três deputados do PMDB de Minas Gerais recusaram a Secretaria de Aviação Civil: Newton Cardoso Júnior, Mauro Lopes e Leonardo Quintão. Se o grupo oposicionista conseguir destituir Picciani num futuro próximo, Quintão será o líder. Esse foi o jeito de os oposicionistas garantirem o apoio da bancada mineira.

“O que me preocupa é o mundo. Nada disso do que ocorre aqui hoje altera o preço da batata na feira”
Do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), referindo-se à disputa de poder que assola a Câmara dos Deputados, em especial, o PMDB.

E o Cunha, hein?
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, conforme antecipou ontem a coluna, ainda tem força. Hoje, haverá mais um movimento dos aliados dele no Conselho de Ética no sentido de tentar adiar a votação. Se conseguir, completará cinco semanas de enrolação.

CURTIDAS
Diálogos do povo/ “E aí? Vai querer nota legal?”, pergunta o responsável pelo caixa do estacionamento de um grande centro empresarial da cidade. “Nada! Sou sonegador. Tudo menos dar dinheiro para o governo.”

Versões/ Num grupo de WhatsApp, a liderança do governo tentou atribuir as urnas quebradas a seguranças da Casa que estariam a serviço de Eduardo Cunha. Diante de relatos da comentarista da CBN Rosean Kennedy, que narrou ao vivo na rádio CBN o deputado Afonso Florense tirando uma urna da parede e colocando-a virada sobre a bancada, a liderança do governo apenas registrou.

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De saída/ O ingresso do PDT de corpo e alma em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff levará o senador Reguffe (foto) a deixar a legenda. Para onde vai, entretanto, é um mistério. Há quem aposte que ele ficará um período sem partido, avaliando as opções.

Deixe sua mensagem após o sinal/ O ministro da Saúde, Marcelo Castro, bem que tentou falar com amigos dentro da bancada para ver se revertia alguns votos em favor da chapa 1, na qual estavam os mais governistas. Mas alguns nem sequer atenderam o telefone. No plenário, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-RS) deixou propositalmente o celular no silencioso e não atendeu as ligações. “Hoje, não vou falar com ninguém para não precisar dizer não aos amigos.”

Eduardo Cunha ainda reina

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As últimas manobras em torno da comissão especial que analisará o pedido para abertura do impeachment da presidente Dilma Rousseff mostraram a muitos que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não está tão morto politicamente como esperavam os palacianos. Sentindo-se renovado diante das discussões do processo contra Dilma, Cunha retoma o controle do processo, ao dar tempo para que os adversários do líder Leonardo Picciani (PMDB-RJ), favoráveis ao impeachment, montem uma chapa para concorrer contra os nomes indicados pelo líder para compor a comissão especial. Há um grupo que não descarta sequer montar uma lista para tentar destituir Picciani do comando da bancada.

A confusão criada no PMDB tem um segundo objetivo velado: evitar que o Conselho de Ética da Casa vote ainda esta semana o parecer do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) que recomenda a continuidade do processo de perda de mandato contra Eduardo Cunha. O atual presidente da Câmara quer comandar impeachment de Dilma, de forma a coroar a vingança. E, diante das manobras em curso, há quem aposte que ele pode até conseguir esse feito, com ou sem conta na Suíça.

PSB na roda pró-impeachment
O líder do PSB, Fernando Filho (PE), participou da reunião fechada com o grupo pró-impeachment no gabinete de Mendonça Filho (DEM-PE). O deputado socialista é herdeiro politico do senador Fernando Bezerra Coelho, ex-ministro da presidente Dilma Rousseff. O PSB ainda não definiu que rumo tomará nesse processo contra a presidente.

Pressão sobre Temer
Os inúmeros elogios da presidente Dilma e de seus ministros ao vice-presidente Michel Temer são para forçar um posicionamento dele contra o impeachment. Quem conhece o vice, jura que essa declaração não virá. Aguardemos.

“Na atual conjuntura da Câmara, vaca não reconhece bezerro”
Do especialista Eliseu Padilha, ex-ministro da Aviação Civil

Na pauta
Depois de quase uma década, está previsto para amanhã o julgamento do empresário e ex-senador Luiz Estevão por envolvimento no desvio de dinheiro da construção do Tribunal Regional de São Paulo (TRT-SP). A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) incluiu o processo na pauta da sessão extraordinária convocada pela ministra Rosa Weber.

Independentes S.A.
Entre os deputados indicados para a comissão especial do impeachment dentro do PMDB, pelo menos José Priante e Washington Reis têm apadrinhados no governo. A bancada do Rio indicou os diretoras das Docas do estado e Priante fez parte do grupo que indicou os integrantes da Codesp, as Docas de São Paulo. Isso sem contar os cargos no Pará.

CURTIDAS

Novo quartel general/ As salas onde funcionam a liderança do Democratas, vizinhas do gabinete do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, viraram o bunker do grupo pró-impeachment. Ontem, lá estavam, além dos integrantes do DEM, peemedebistas, tucanos, pepistas, representantes do Solidariedade e até socialistas.

“Eu peitei ele!”/ Quem chegou à sala de reuniões na maior felicidade foi o deputado Júlio Lopes (PP-RJ). Aliado de Eduardo Cunha, ele falava para quem quisesse ouvir: “Fui falar com o Leonardo Picciani e peitei ele: Se não for correto, 4 a 4, vou fazer campanha contra você!”. Referia-se aos votos contra e pró-impeachment no rol de indicados do PMDB. Ora, ora… Quem diria… O PP “peitando” o PMDB…

Enquanto isso, no grupo de ministeriáveis…/ O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) é direto quando perguntado sobre a consulta para ingressar no governo Dilma: “Consultei minha mãe, d. Dica; minha mulher, Luciane, e elas não me autorizaram a assumir cargo no governo Dilma”, diz ele, um dos nomes da chapa alternativa para a comissão especial pró-impeachment.

Detalhes/ A carta de demissão do ministro Eliseu Padilha é de 1 de dezembro, terça-feira. O protocolo palaciano, deu-se na quinta-feira. Ele agora ocupará uma mesinha na presidência do PMDB. Em tempo: Foi assim que, em menos de um ano, ele se viabilizou para ser o nome do partido ao Ministério dos Transportes do então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Primeiro round

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Nas conversas com os líderes partidários ao longo do fim de semana, o governo pede que as indicações dos integrantes da comissão especial que analisará o processo de impeachment se baseie em dois pilares: lealdade à presidente Dilma Rousseff; e capacidade de enfrentamento. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por sua vez, tem feito apelos para que os líderes de partidos aliados indiquem aqueles em quem o governo não pode confiar plenamente.

Segundo round
Os parlamentares opositores ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, estudam com uma lupa o regimento da Casa e do Congresso para tentar incluir o funcionamento do Conselho de Ética numa possível convocação da Casa para trabalhar no período do recesso. Afinal, dizem alguns, não dá para tratar apenas do impeachment e deixar o processo contra Cunha parado no colegiado.

Pânico no Ceará
A perspectiva de delação premiada dos executivos da Galvão Engenharia, condenados esta semana na Lava-Jato, deixou muita gente à base de calmantes em Fortaleza.

O imponderável
Em meio a toda a confusão envolvendo os processos de impeachment e o julgamento de Eduardo Cunha, tem ainda a Lava-Jato que não está parada esperando a chegada de Papai Noel. Há quem diga que o tal japonês fará novas visitas
em breve.

Tempo & personagens
A pressão da oposição pelo recesso tem um ingrediente que vai além do agravamento da crise econômica. É que, em fevereiro, tem troca de comando em diversas lideranças partidárias, em especial, no PMDB, onde hoje Leonardo Picciani (RJ) joga a favor da presidente Dilma Rousseff.

Jogo de empurra
Desde que saíram as notícias de que o executivo da Andrade Gutierrez optou pela delação premiada, a responsabilidade final pela construção do estádio Mané Garrincha pula de mão em mão. Os petistas começaram a dizer que o assunto era da lavra dos peemedebistas e vice-versa.

E o Delcídio, hein?/ Numa deferência ao senador Delcídio do Amaral (MS), suspenso do PT na sexta-feira, policiais deixaram que ele assistisse à sessão de seu julgamento no Senado, no dia em que foi preso. Ele estava crente que seus “amigos” peemedebistas na Casa ajudariam a tirá-lo da cadeia. Ao ver o resultado, percebeu que estava sozinho. A um amigo, desabafou: “O PMDB não é amigo de ninguém”.

Ô homem difícil!/ Não é só o ex-ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, que diz não conseguir falar com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, que está cheio de atribuições no governo, inclusive a coordenação de ações interministeriais para conter a proliferação do mosquito da dengue, da chikungunya e zika vírus. O deputado Osmar Terra (PMDB-RS) tenta há semanas marcar uma conversa sobre esse tema e não recebe sequer retorno.

R$ para o DF/ Relator da parte do Orçamento de 2016 que engloba o Poder Judiciário, o deputado Danilo Forte (CE), do PSB, mesmo partido do governador Rodrigo Rollemberg, reservou R$ 25 milhões para a construção da sede do “Polo da Justiça, Cidadania e Cultura” do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

Façam suas apostas/ Faz parte do cardápio dos almoços e jantares, em Brasília, enquetes com a pergunta: quem cai primeiro: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ou a presidente Dilma? Cunha “vence” essa corrida por uma pequena margem. Se Dilma vai ultrapassá-lo, o tempo dirá.

O reino do toma lá dá cá

Publicado em coluna Brasília-DF

Governo e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), jogam a partir de hoje a batalha da vida política. Cunha oferece à oposição os votos de seu grupo em prol do impeachment de Dilma em vários partidos aliados. Em troca, pretende manter o mandato. O governo, conforme já antecipou a coluna há alguns dias, sentia a iminência da apresentação do pedido de impeachment e já contava os votos, sondando deputados sobre cargos e emendas.

Bateu temor
Entre os parlamentares crescem as desconfianças de que o líder do PSC, André Moura, gravou a conversa que teve com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. Ele nega.

Colégio de líderes
Muitos comandantes de bancada já se escolheram para compor a comissão especial encarregada de dar parecer sobre o pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O primeiro foi o do PMDB, Leonardo Picciani (RJ).

Prévia
A eleição dos integrantes da Comissão Especial que analisará o pedido de abertura de processo contra impeachment de Dilma Rousseff tende a se transformar numa disputa igual à escolha dos membros da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Todos os lados vão tentar influir nas indicações. Quem não conseguir poderá apresentar candidatos avulsos no plenário.

Tropeço na largada I
As duas primeiras ações do governo na batalha do impeachment foram atabalhoadas. O primeiro foi forçar a aproximação com o vice-presidente Michel Temer. O segundo foi o recurso ao Supremo Tribunal Federal que, ao cair nas mãos de Gilmar Mendes, fez o governo correr.

Tropeço na largada II
Quanto a Michel, seus mais fiéis escudeiros refutam a declaração de que ele teria dito à presidente Dilma que o pedido de impeachment não teria lastro jurídico. “Estão querendo colocar a assinatura dele num parecer que ele não deu”, afirmava ontem um de seus maiores aliados.

Separados/ Aliados do vice-presidente Michel Temer apostam que ele evitará a foto ao lado da presidente Dilma Rousseff como um dos defensores do mandato dela. Ontem, por exemplo, o vice, chamado, voltou do aeroporto, conversou com a presidente e voou novamente para São Paulo. Hoje, vai ao Espírito Santo. Só retorna a Brasília na terça-feira.

Afinados/ Assim que saiu da convenção do DEM ontem em Brasília, o prefeito de Salvador, ACM Neto (foto), foi se reunir com o presidente do PSDB, senador Aécio Neves. Ambos tratam dos termos de um possível acordo com o PMDB em prol do impeachment.

Por falar em DEM…/ O DEM finalmente começa a resgatar sua história dos tempos de PFL. Na convenção, homenagens ao ex-vice-presidente Marco Maciel, representado pela esposa, Ana Maria Maciel, e seu filho João.

Enquanto isso, em Israel…/ Integrante da comitiva de parlamentares brasileiros em Tel Aviv, o deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) ouviu críticas do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ao governo brasileiro. Diz Netanyahu que, por diversas vezes, tentou estabelecer relações comerciais com o Brasil, mas as autoridades do Executivo não lhe deram resposta.