Categoria: coluna Brasília-DF
Os partidos aguardam apenas a lista a ser apresentada ainda nesta semana pelo procurador da República, Rodrigo Janot, para depurar as apostas para as eleições do ano que vem. Projetos nacionais e estaduais dependem dessa largada, uma vez que é no ano pré-eleitoral que os interessados fazem seus ensaios internos. O mais agitado nesse jogo é o PSDB. Ao lançar o governador Geraldo Alckmin como seu candidato para o ano que vem, o prefeito de São Paulo, João Doria, praticamente deixou o senador Aécio Neves na condição de número dois. É nesse trio que os tucanos jogarão em 2018. O DEM, por sua vez, aposta em Ronaldo Caiado. O PMDB, no comando do país e com uma cúpula partidária no leque de cartas de Rodrigo Janot, observa.
Em tempo: O presidente Michel Temer e o líder do partido, Baleia Rossi, têm feito muita questão de manter as melhores relações com o prefeito João Doria desde que o tucano venceu no primeiro turno em São Paulo. Como se diz por aí, em política, nada é por acaso.
E Rodrigo quer virar Jesus
Assim como Jesus Cristo multiplicou pães e peixes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia e seus apóstolos da Mesa Diretora se preparam para multiplicar os cargos ainda nesta semana. Conforme adiantou esta coluna em 12 de fevereiro, vem por aí a multiplicação dos Cargos de Natureza Especial (CNEs). O milagre de Rodrigo vem travestido de transformação de funções comissionadas, destinadas aos servidores de carreira da Câmara, em CNEs, de livre provimento das excelências.
Só falta multiplicar o dinheiro…
A despesa vai aumentar? Claro. Só de auxílio-alimentação serão R$ 900,00 para cada novo CNE que sair dessa partilha das funções gratificadas em vários “ceeneezinhos”. Isso sem contar plano de saúde, material de consumo, computadores etc. Afinal, se não tiver um terminal de trabalho novo para cada contratado, é melhor chamar os caça-fantasmas.
Previdência
A base aliada começa a ficar mais acomodada com a aposentadoria aos 65 anos. Resta, entretanto, acertar a regra de transição. Esse é o ponto da proposta do governo que está mais difícil de a base acolher.
A batalha fiscal
Enquanto a Câmara analisa o novo regime fiscal dos estados, a bancada do Amazonas, capitaneada pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM), vai cobrar do presidente Michel Temer medidas mais atrativas para a Zona Franca de Manaus. O atual modelo, de incentivos fiscais sofre concorrência da zona franca paraguaia. É preciso criar um novo marco regulatório.
Conta de chegada
Advogados ligados ao PMDB têm feito todas as contas dos prazos para apreciação do processo que corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e apostam que, se tudo correr de acordo com os planos do partido, a ação que o PSDB moveu para cassar a chapa Dilma-Temer será julgada no finalzinho do mandato.
Relax ministerial I/ O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (foto), tem um hobby que chamou a atenção de seus colegas de governo: Ele relaxa pilotando uma…. Colheitadeira em suas fazendas de soja no Mato Grosso.
Relax ministerial II/ A colheitadeira que Blairo usa não é qualquer uma. Tem cabine fechada com ar-condicionado. Coisa fina. Foi-se o tempo em que o campo era calor e poeira. ele fez até um selfie. Veja em https://www.youtube.com/watch?v=GlUlA9d2lXY
Em tempo de listas de Janot…/ Senadores de oposição tentam tirar do papel a proposta do senador Álvaro Dias que extingue o foro privilegiado. Reguffe (sem partido-DF) fez um levantamento e apontou que parlamentares não têm foro na Inglaterra, na Argentina, Chile, Estados Unidos, França, Itália e Alemanha. “o foro privilegiado é apenas fermento à impunidade”, diz ele.
Comportamento/ Depois da Globeleza aparecer em 2017 “vestida” com duas peças além da pintura, quem está acostumado a assistir o Domingão do Faustão notou que as dançarinas estão com roupas bem menos… ousadas. Reflexos de um país mais recatado ou prefeito evangélico no Rio de Janeiro?
A posse de Osmar Serraglio no Ministério da Justiça abrirá uma vaga para o assessor especial da Presidência da República, Rodrigo Rocha Loures, assumir o mandato de deputado federal. Loures será os olhos e os ouvidos do presidente Michel Temer na bancada do PMDB, um grupamento que permanece insatisfeito, mesmo com o Ministério da Justiça.
…E um imbróglio a resolver
O problema não é Serraglio. O que mais irritou o partido de Temer foi saber, por intermédio de Rodrigo Maia, que Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) assumirá a liderança do governo. Tudo que os peemedebistas não queriam era ficar sem espaço neste seleto grupo das decisões e estratégias governamentais, leia-se o triunvirato de líderes governistas no parlamento e a Secretaria de Governo, cargo hoje nas mãos do PSDB. Para completar, ainda vê o PP mandando na liderança na Câmara, na Saúde e na Caixa Econômica Federal. Os peemedebistas têm dito que é poder demais.
Segura a coisa I
O carnaval chega com uma batalha entre o presidente do Senado, Eunício Oliveira, e o líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros. Qualquer um que pergunte para Eunício como está a distribuição das comissões técnicas da Casa, ele responde que é assunto dos líderes. Quem recorre a Renan ouve que a presidência de cada comissão deve ser discutida entre os partidos e o presidente do Senado. Sinal de que Renan e Eunício não pretendem se indispor com o PSDB e os senadores do PMDB que reivindicam espaço de poder.
Segura a coisa II
Está chegando ao ponto de o governo querer intervir para ver se consegue ajudar na busca de um acordo entre os partidos. A ordem é aproveitar a semana carnavalesca para que, em 6 de março, o ano comece de fato sem essas briguinhas partidárias. Missão quase impossível.
Batalha dos trios
Os petistas não pretendem ouvir calados o discurso do governo na linha do “salvamos o Brasil que o PT quebrou”. A ideia do partido é colocar Lula nos bairros de periferia de todas as cidades para, na linguagem simples que o ex-presidente é craque, tentar virar o jogo e dizer que foram os peemedebistas que quebraram o Brasil para tirar Dilma do poder. Resta saber em quem o povo vai acreditar. Em tempo: o perigo é de uma maioria achar que os dois têm razão.
Ninguém tasca!
O PMDB da Câmara cerrou fileiras em torno da presidência da Comissão de Constituição e Justiça. Vai para Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), aquele deputado que chegou a ser cumprimentado como ministro sem nunca ter sido convidado.
Foco de luz
Os senadores do PMDB enroscados na Lava-Jato viram a Operação Blackout, deflagrada ontem, como mais um sinal de que o objetivo da força-tarefa neste início de ano é fechar a investigação em torno deles. Entre os petistas, entretanto, ninguém entende por que tanta demora em pegar o operador Jorge Luz, citado há anos como uma das pontas do esquema.
CURTIDAS
Amortecedores ligados/ Os governistas fizeram questão de tratar todos os senões à indicação do ministro Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal logo no início da sessão de ontem em plenário e da sabatina na terça-feira. Assim, quando a oposição conseguiu falar, tudo já havia sido abordado pelo relator Eduardo Braga (foto) e, bem ou mal, comentado pelo ministro.
Cada um com seu cada qual/ As mesas dos restaurantes de Brasília já foram mais suprapartidárias. Nos últimos tempos, o que tem se visto é PP com PP; PT com PT; PMDB com PMDB; e por aí vai.
A exceção/ Uma das poucas mesas que continua suprapartidária é a que abriga os deputados Miro Teixeira (Rede-RJ) e Heráclito Fortes (PSB-PI), forjados nos tempos em que o diálogo e o respeito a quem pensa diferente prevaleciam e não se via a política apenas como alma de negócios.
Pausa/ Com o carnaval na avenida, a coluna sai de cena por uma semana. Voltamos em 7 de março, quando os tambores da política e da Lava-Jato prometem soar forte novamente. Bom carnaval a todos!
….Caça com o Congresso. Assessores diretos e aliados do presidente Michel Temer tentam convencê-lo a nomear um ministro político para a Justiça. O motivo é estratégico: ainda que escolhesse o mais irretocável currículo da área jurídica, Temer não terá apoio popular por causa disso. Logo, o melhor caminho, na visão dos aliados, é garantir a continuidade da ampla base governista no parlamento. O que não dá é para ficar sem os dois. Para aqueles que adoram um dito popular, o lema é: mais vale uma base parlamentar agarrada ao governo do que o povo e deputados voando.
Toma que
o filho é teu
Com o corte de juros anunciado ontem pelo Banco Central, o governo Michel Temer ensaia todo um discurso para mostrar que “levantou o Brasil que o PT quebrou”. É o esquenta 2017 para o carnaval eleitoral de 2018.
Ministro
informal
Experiente articulador político, o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) esteve com o presidente Michel Temer esta semana. Do alto de quem foi deputado federal por 11 mandatos, Henriquinho, como é conhecido, veio ajudar a traçar os cenários para tentar resolver os problemas da intrincada base de apoio. Há quem diga que, se Henrique estivesse livre da Lava-Jato, estaria com um gabinete no Palácio do Planalto.
Agora vai I
Enquanto a CPI da Lei Rouanet aquece os motores, o governo trabalha para se antecipar ao relatório. O ministro da Cultura, Roberto Freire, conseguiu a contratação de 148 servidores para analisar 20 mil prestações de contas da Lei Rouanet represadas na pasta ao longo dos últimos anos.
Agora vai II
Preocupado com a situação do Teatro Nacional, o ministro da Cultura, Roberto Freire (foto), procurou o governador Rodrigo Rollemberg. Ainda não definiram valores, mas haverá parceria entre o governo Temer e o DF para recuperar o teatro. “No momento, não temos como recuperar tudo de uma vez, mas estamos conversando”, disse o ministro, o entrevistado de ontem do programa CB.Poder. Assista no site www.correiobraziliense.com.br.
Eunício e Renan
A oposição já está com saudades de Renan Calheiros no comando das sessões. Ontem, por exemplo, Eunício Oliveira cortou o microfone da líder do PT, Gleisi Hoffmann, por longos minutos. Furiosa, ela esbravejou: “Cadê o meu direito de liderança?” Renan tratorava, mas deixava a oposição falar à vontade.
O susto…/ A votação para homologar o nome de Alexandre de Moraes ao Supremo Tribunal Federal estava pronta para começar e, no painel, nada de aparecer o registro de presença dos senadores da Paraíba. Logo veio a suspeita de vingança por parte do senador Raimundo Lira (PMDB-PB) por não ter sido indicado para a Comissão de Constituição e Justiça.
…Foi grande/ Foi um corre-corre para buscar os paraibanos. Afinal, Moraes não poderia ser aprovado com um placar baixo. Liga dali, manda WhatsApp de lá, eis que, por fim, os dois ausentes aparecem. Estavam em viagem com um ministro de Estado. Agora, caberá ao presidente Michel Temer chamar a atenção do ministro. Não se tira parlamentar de Brasília em dia de votação.
Vem que tem/ Mesmo às vésperas do carnaval, os americanos continuam de olho no cenário brasileiro. Hoje, por exemplo, o cientista político Murillo de Aragão profere palestra sobre o tema na Universidade de Columbia, em Nova York. Na visão dele, a economia está em fase
de recuperação, mas,
no curto prazo, as dificuldades continuam.
Terminadas as etapas da escolha de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal, o governo estará dedicado à escolha do futuro ministro da Justiça, e os procuradores da República, à do substituto de Rodrigo Janot, que deixa o cargo em setembro e ainda pode buscar a recondução. Dado o destaque que a função de procurador-geral da República ganhou nos últimos tempos, todas as entidades relacionadas a procuradores querem influir: o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, o do Distrito Federal e o Militar. Pelo andar da carruagem, o presidente Michel Temer receberá quatro listas diferentes quando, no passado, essas sugestões eram restritas ao Ministério Público Federal. A eleição está prevista para ocorrer ainda este semestre.
Ou negocia…
Parlamentares atentos às conversas do presidente Michel Temer com a base aliada sobre a reforma da Previdência já se referem ao texto como o ingrediente capaz de fazer a união desandar. Isso, é claro, se não houver uma negociação.
…Ou negocia
A alguns poucos interlocutores, o presidente informou que vai aceitar algumas sugestões da base, de forma a dar uma “vitória” aos parlamentares na discussão do texto. Afinal, não vai deixar o PT posar de bom moço, deixando aos governistas a pecha de insensíveis.
Os movimentos de Gleisi I
A líder do PT, senadora Gleisi Hoffmann, se julgou impedida de votar na escolha de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal a fim de ver se conseguia provocar todo o PSDB a fazer o mesmo no plenário do Senado. O aviso dos tucanos, já no meio da tarde de ontem, era que a estratégia não ia colar.
Os movimentos de Gleisi II
A intenção dos petistas é ainda que Moraes, depois da posse no STF, se declare impedido para julgar qualquer ação da Lava-Jato envolvendo o PT.
É que, depois de ter participado de campanhas do PSDB em São Paulo, não para ele julgar nem aliados nem adversários.
Eunício e o DF
Já tem gente no Distrito Federal disposto a pedir para o presidente do Senado, Eunício Oliveira, concorrer ao GDF. Falta combinar com o próprio, mais interessado hoje em disputar mais um mandato de senador e em buscar
novamente o comando da Casa.
Ganhou apoios/ O subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha, começa a receber apoios na Polícia Federal para assumir o Ministério da Justiça. Tudo porque muitos consideram que ele não vai interferir na PF, embora já tenha sido advogado de Eduardo Cunha (foto).
Por falar em Gustavo…/ Além de citado para o Ministério da Justiça, Gustavo Rocha surge agora como padrinho do desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios a ser escolhido pelo quinto constitucional. Rocha tem dito aos quatro ventos que a vaga foi criada para ele, que preferiu a Casa Civil. Portanto, caberá ao próprio escolher quem ocupará esse espaço.
…Ele está na torcida/ Há quem diga que ele está em campanha por Roberto Freitas para a vaga de desembargador. Porém, há quem esteja defendendo, junto ao presidente Michel Temer, a escolha de uma das duas mulheres que estão na disputa: Carolina Lisboa e Eliene Bastos.
Moraes e Fachin/ As duas sabatinas mais demoradas da história dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Sinal de que os políticos mudaram muito em relação ao STF desde que começaram a ser investigados de forma mais aprofundada pela Suprema Corte.
A proposta de emenda constitucional que o senador Romero Jucá apresentou e se viu obrigado a retirar por insistência do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), terá como desdobramento um certo distanciamento de Eunício do grupo Renan Calheiros, Jucá e José Sarney (hoje representado na Casa por Edison Lobão e João Alberto Souza, ambos do PMDB do Maranhão). Esse comando peemedebista havia articulado a proposta de Jucá sem combinar com o presidente do Senado. Se Eunício não tivesse trabalhado rápido, teria amanhecido o dia obrigado a dar explicações sobre o texto. Jucá retirou, mas está claro que Eunício não aceitará tudo o que vem do grupo, quebrando a corrente de proteção mútua em curso nos bastidores.
Regra
A decisão do governo em manter a área de segurança pública dentro do Ministério da Justiça tira de cena a indicação de qualquer deputado do PMDB. É que, para assumir um cargo sem status de ministro, só se a excelência renunciar ao mandato.
Exceção
Até aqui, o único caso de político que rejeitou um mandato parlamentar para ocupar posição de destaque no Poder Executivo foi Henrique Meirelles, no fim de 2002. Ele tinha acabado de ser eleito para um mandato de deputado federal pelo PSDB de Goiás e nem chegou a tomar posse. Renunciou para assumir o Banco Central, a convite do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
Às redes!
Passado o carnaval, Ciro Gomes começará a fazer uma hora e meia diária, ao vivo, no Facebook, comentando a conjuntura brasileira e respondendo a perguntas de internautas. É aí que ele espera tirar a diferença de votos que apresentou na última pesquisa CNT/MDA, atrás de Lula, Marina Silva, Aécio Neves e Jair Bolsonaro.
Agora vai I
O novo ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, descobriu há alguns dias que tem o cargo, mas não a caneta para atender à avalanche de pedidos de liberação de recursos e de espaço no Poder Executivo. Diante da constatação, reunirá a base aliada na terça-feira para tentar mudar essa música antes do carnaval.
Agora vai II
O aceno do governo federal com recursos para ajudar os estados na implantação da reforma do ensino médio será a única forma de fazer valer a proposta nas escolas públicas. Caso contrário, dizem os governadores, vai ter o básico e só.
“Boas notícias numa onda crescente”
É o que promete o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a todos que vão visitá-lo. Não por acaso, Meirelles é considerado o retrato do otimismo no governo.
CURTIDAS
Se ele falar…/ Alvo de busca e apreensão dentro da Operação Leviatã, o ex-senador Luiz Otávio Campos é considerado, nos bastidores do PMDB, como quem sempre atuou muito perto dos poderosos do partido.
…Tem muito a dizer/ No início do mês, a coluna lembrou da briga lá pelos idos de 2004 entre os senadores Sérgio Cabral e Luiz Otávio, quando o paraense estava indicado para ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Luiz Otávio é visto como a interseção entre os mundos de Cabral e de parte da cúpula do PMDB.
Olha eu aqui/ Depois de ter seu nome citado para o Ministério da Justiça, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) aproveitou a solenidade de sanção das mudanças no ensino médio para sentir o clima no Planalto. Está frio.
Mestre de cerimônia/ Depois de uma palestra de uma hora e meia do ex-ministro Ciro Gomes aos vereadores do PDT num hotel em Brasília, o presidente do partido, Carlos Lupi (foto), foi direto: “E aí? O homem está preparado para ser presidente?”. E a galera respondeu: “Ciro, Ciro!”
Os deputados que integram a Mesa Diretora da Câmara fizeram tantas promessas de cargos aos colegas para obtenção de votos que, já na primeira reunião do colegiado, o primeiro-secretário, Giacobo, do PR, levou uma ideia mágica: multiplicar os cargos de natureza especial, os chamados CNEs. A manobra para contratar mais gente prevê a transformação de CNE 7, hoje mais de R$ 15 mil mensais, em cargos de valores menores, em torno de R$ 3 mil mensais. Assim, cada um poderá ajudar mais apadrinhados dos parlamentares. Giacobo prometeu levar um estudo mais aprofundado em breve.
Servidores de carreira alertaram que isso não é comum. Segundo assessores e parlamentares presentes, a preocupação que surgiu na hora foi sobre aumento de despesa. Alguém disse que “praticamente nada, só encargos e vale-refeição”. Quem estava na reunião percebeu que o presidente Rodrigo Maia não se manifestou a respeito. Era como se nem estivesse ali, com tantos problemas a resolver. Tem gente torcendo para que essa postura dele não seja no sentido de “quem cala, consente”.
Os insaciáveis
Em conversas para lá de reservadas, peemedebistas avisam para que fique claro desde já: se confirmada a nomeação do deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) para o Ministério da Justiça, a bancada atendida será a de Minas Gerais, e não a do partido. Na Justiça, avisam, hoje só tem problemas. Greve de policiais, Lava-Jato e rebelião em presídios. Ou seja, só pauta negativa para colocar o partido na foto.
Aguinaldo na CCJ
Os peemedebistas vão ficar ainda mais irritados quando souberem do desenho para compensar o líder do PP, Aguinaldo Ribeiro, que estava em campanha para o lugar de André Moura na liderança do governo. É que está na roda a indicação de Aguinaldo para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça. E não será uma novidade ter um pepista numa posição que, geralmente, é do PMDB. Arthur Lira (PP-AL) presidiu a CCJ no manadto de Eduardo Cunha como presidente da Câmara.
DRU sob ataque
Sabe aqueles recursos orçamentários com destinação a determinados setores e que a União desvincula para usar onde quiser dentro da chamada Desvinculação de Receitas da União? Pois é. O ex-deputado Beto Albuquerque, do PSB, colocou na roda a proposta de aproveitar a reforma da Previdência para evitar que os recursos oriundos de contribuições sociais e do orçamento da seguridade sejam incluídos nesse bolo. O Ministério da Fazenda não quer saber de mudança na DRU.
Prefeitos querem um PRT
Nesse embalo de pressionar para transformar o PRT num verdadeiro Refis, os prefeitos se mobilizam para ver se conseguem ser incluídos, de forma a permitir um alívio nos pagamentos de dívidas. A MP original não inclui o setor público.
Cunha em modo de espera/ Preso em São José dos Pinhais (PR), o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha decidiu esperar mais um pouco antes de partir para uma delação premiada. Espera que seu artigo publicado na imprensa, contestando a prisão, e o depoimento a Sérgio Moro, no qual mencionou Michel Temer, sirvam de recado para que o governo ajude a levar o Supremo Tribunal Federal a rever a decisão do juiz paranaense.
Dois Eikes/ Investigadores do Rio estão intrigados com a diferença de comportamento do empresário Eike Batista (foto) nas entrevistas que deu ainda no aeroporto, quando regressava ao Brasil para se entregar e agora. Antes de embarcar, ele se mostrava disposto a contar tudo o que sabia. Entretanto, permaneceu calado nos dois depoimentos. Há quem suspeite que ele tenha recebido ameaças.
Vai render/ Não foram apenas os advogados de José Dirceu que perceberam uma brecha no depoimento de Fernando Henrique Cardoso para tentar aliviar a vida do cliente. O ex-deputado Paulo Delgado, admirador de Fernando Henrique e considerado um “pelicano”, mistura de petista com tucano, saiu-se com esta: “Das duas, uma: ou Fernando Henrique diz para esquecerem seu depoimento ao juiz Sérgio Moro, ou a teoria do domínio do fato está desmoralizada”.
Privilegiado/ Os políticos que chegam ao Palácio do Planalto morrem de inveja de um ser vivo que sai de lá sempre contemplado. É um martim pescador, pássaro que todos os dias fica horas na murada do parlatório e, de repente, glup! Mergulha e sai com a refeição no bico. Nunca erra o alvo e já virou atração para visitantes e funcionários.
Na edição impressa, saiu que o vídeo da “pescaria do Martim” estaria exibido aqui. Porém, por problemas técnicos, não foi possível exibir o vídeo aqui. Ainda hoje, estará no site .
As duas decisões de primeira instância que afastaram o ministro Wellington Moreira Franco do cargo são alardeadas nos bastidores do Senado como uma razão para que a Casa aprove logo a Lei de Abuso de Autoridade. A proposta foi levada no ano passado para discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), depois que o então presidente do Senado, Renan Calheiros, foi convencido a recuar na intenção de aprová-la a toque de caixa no plenário da Casa. Não é por acaso que alguns partidos colocaram ali seus senadores citados na Lava-Jato.
Esse projeto é, aliás, conforme antecipou a coluna há alguns dias, o principal motivo de Renan Calheiros ter colocado Edison Lobão na Presidência da Comissão. Diz-se, internamente, que Lobão não é “de cair com o barulho da bala”, enquanto qualquer outro poderia, se pressionado pelo Ministério Público, tirar o assunto de pauta.
Queda de braço…
O Programa de Regularização Tributária (PRT), instituído pela Medida Provisória 766, em janeiro, corre o risco de naufrágio. É que os deputados e senadores planejam transformar o PRT num novo Refis (com desconto de juros e multas), enquanto o governo deseja rechear o caixa do Tesouro. Ninguém quer ceder.
… e quem cai é a MP
A equipe econômica já pensa em deixar a MP perder a validade e tentar negociar um novo projeto de parcelamento de dívidas tributárias, mas sem descontos que representem prêmio aos inadimplentes. Falta combinar com as excelências, que pretendem correr para votar a MP, deixando ao presidente Michel Temer o desgaste de vetar a proposta, em caso de desfiguração.
Alerta
Pré-candidato a presidente da República no ano que vem, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) começa a se descolar do governo, ao qual não poupa críticas. “Práticas do governo do PT estão sendo repetidas. O brasileiro não suporta mais corrupção, aumento de carga tributária e inchaço do Estado e está atento a um governo que é provisório”, disse ele durante evento em São Paulo, já prevendo a volta da população às ruas.
Nem vem
O presidente Michel Temer está sendo aconselhado a não nomear Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) para o cargo de líder do governo na Câmara. O partido, alertam alguns ministros, já tem o Ministério da Saúde e a Caixa Econômica Federal, mais espaço do que muitos do mesmo tamanho. Vai dar problema em outras bancadas.
CURTIDAS
O conselheiro/ Depois do périplo no Senado, o ministro licenciado da Justiça, Alexandre Moraes, foi almoçar com o ministro de Relações Exteriores, José Serra, conhecedor dos meandros do Parlamento.
Inferno astral I/ Rodrigo Maia só faz aniversário em junho, mas a sua primeira semana como presidente reeleito foi pra lá de amarga. Primeiro, o projeto que livrava os partidos de punição. Depois, a reportagem do Jornal Nacional sobre um suposto recebimento de vantagens da empreiteira OAS.
Inferno astral II/ Ontem, Rodrigo recebeu uma romaria de deputados em seu gabinete e não foi para lhe prestar solidariedade. A maioria foi reclamar do gás de pimenta usado dentro das dependências da Casa para evitar que manifestantes invadissem o prédio principal. Várias pessoas, inclusive parlamentares, foram atendidas no serviço médico e sentiram de perto o que a garotada sofre nas ruas. Agora, está proibido usar gás de pimenta nas dependências da Casa.
Pow! Grrr! #@*%/ Está feia a briga entre André Moura (PSC-SE) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) pela liderança do governo. O que um tem falado do outro nos bastidores não se escreve.
Renan Calheiros que se prepare: se a sua bancada puder derrubá-lo logo ali adiante, ela o fará. O desconforto cresceu quando o peemedebista ameaçou tirar o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) da Comissão de Constituição e Justiça caso o paraibano cumprisse a promessa de disputar contra Edison Lobão, o preferido de Renan, no plenário da Comissão. “A indicação dos membros da Comissão é prerrogativa do líder”, disse Renan, não deixando a Lira outra opção que não desistir de enfrentar Lobão na CCJ.
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O desconforto é geral porque Renan conquistou unanimidade para ser escolhido líder prometendo espaço a todos os senadores, e, na CCJ, a Lobão e a Lira. Embora o ex-presidente do Senado seja considerado um dos mais habilidosos na arte da política, muitos senadores consideram que Renan é hoje a personificação da frase do ex-governador de Rio Carlos Lacerda, “habilidade demais milita contra o habilidoso”. É com essa rede de intrigas, desconfianças e raiva contida que o PMDB do Senado começa a jogar este ano pré-eleitoral, a bancada reclamando do líder em suas conversas mais reservadas. Daí para o caldo desandar, avisam alguns, pode ser um pulo.
E a reforma continua
Recém-eleito vice-presidente da Câmara, o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) já foi avisado que os mineiros serão agraciados com um cargo de primeiro escalão no governo.
Por falar em ministério…
A ação popular propulsora da liminar que suspendeu a nomeação do ministro Moreira Franco acendeu o pisca alerta no Planalto. Há o receio de que ações semelhantes sejam propostas nos 26 estados e no Distrito Federal. Por isso, a estratégia será pedir ao Supremo que delibere direto para tentar neutralizar as ações na primeira instância.
Diferenças
O governo listou argumentos para tentar separar o caso de Moreira Franco daquele que envolveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando da nomeação para ministro da Casa Civil de Dilma Rousseff. “Moreira não é réu, está apenas citado. Lula, por aqueles dias de maio, já havia sido vítima de condução coercitiva para prestar depoimento e, de quebra, havia boatos sobre prisão”, resume um assessor palaciano.
Eles não querem
O texto do projeto que alivia a vida dos partidos será alterado e uma das propostas é responsabilizar os gestores e não as legendas. Falta combinar com as comissões executivas dos partidos, hoje sem o menor interesse em assumir essa responsabilidade.
E o PMDB “enrolou” Marta…/ Primeiro, a senadora Marta Suplicy iria para a segunda vice. Agora, o PMDB quer convencê-la a aceitar a Comissão de Assuntos Sociais. Só tem um probleminha: o PT, de onde saiu a senadora, deseja comandar a CAS. Marta corre o risco de ficar sem presidência de comissão.
… e Garibaldi/ O senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) também almejava a segunda vice-presidência. Obteve quatro votos na bancada contra João Alberto. Outra promessa desfeita.
Jean Wyllys no CB.Poder/ O deputado Jean Wyllys (foto), do Psol-RJ, acredita que a política do toma lá dá cá e o presidencialismo de coalizão estão com os dias contados: “Esse sistema faliu. E aqueles que cometeram irregularidades em breve serão afastados pelas urnas”, diz ele.
Cena capixaba I/ Uma mulher sai de casa para ir ao mercadinho da esquina comprar comida, vai de carro, sem parar em semáforos. Ao chegar, bate à porta de ferro, o sujeito abre apenas o suficiente para que ela consiga entrar. A jovem compra apenas o que pode carregar nas mãos, para não sair com um carrinho e demorar perto do carro guardando as compras.
Cena capixaba II/ No mercadinho, o funcionário abre a porta para a saída dos clientes em grupos e cada um corre para entrar no seu edifício, casa ou carro. É o império do medo.
Com a troca de comando no Ministério da Justiça, os peemedebistas vão jogar para controlar uma das poucas instâncias federais de poder que uma parcela do PT tentou influir ao longo do governo da presidente Dilma Rousseff e não conseguiu: a Polícia Federal. É isso que está em jogo nos bastidores da escolha do ministro que assumirá a vaga aberta com a ida de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal.
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Ontem, quando Michel Temer avisou que o novo ministro será uma escolha “pessoal”, senadores do PMDB já começaram a se mobilizar para ver se conseguem, ao menos, indicar o diretor da PF. O líder do partido no Senado, Renan Calheiros, por exemplo, já foi ministro da Justiça e conhece a Polícia Federal por dentro e por fora.
Enquanto isso, na PF…
A Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) está praticamente na mesma linha dos senadores do PMDB, porém no sentido inverso. Para os representantes da categoria pouco importa quem será o novo ministro da Justiça, contanto que o novo diretor da PF não interfira na condução dos trabalhos de investigação.
Já que trocou o ministro…
A ADPF vai pedir ao presidente Michel Temer a troca de comando na Polícia Federal. Isso porque, na visão deles, existe hoje uma tentativa de desmonte da Lava-Jato, com a troca de integrantes da força-tarefa. Para completar, houve uma redução das equipes das operações Zelotes, sobre sonegação fiscal, e Acrônimo, que apura a lavagem de dinheiro em campanhas eleitorais.
O jeitão de Cunha
Os políticos que tiveram curiosidade e tempo de assistir ao vídeo com o depoimento de Eduardo Cunha ao juiz Sérgio Moro saíram aliviados. O ex-deputado não se mostrou disposto a partir para a colaboração premiada e continua o mesmo, ou seja, respondendo com impaciência a tudo que lhe contraria.
Cada um com seu cada qual
Os partidos da base aliada ao governo tentam se acertar para cada um pegar a comissão afinada com o ministério que comanda. O DEM, por exemplo, lutará para ficar com a Educação; e o PR, com a de Transportes.
Primeiro, o aquecimento/ Indicado presidente da comissão da reforma da Previdência, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) vai começar “light”, ou seja, sem sessões às sextas-feiras. Mas já avisou: “Se precisar, a gente tratora mais à frente”.
Lira e os votos/ O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) comentava dia desses com amigos que, se for a votos, não será a primeira vez que ele derrotará um indicado oficial. Nos anos 1980, ele venceu o ulyssista Severo Gomes (PMDB-SP) para comandar a Comissão de Assuntos Econômicos, na primeira eleição do colegiado. Severo foi presidente na eleição seguinte.
Jogo triplo/ Neste ano pré-eleitoral, o deputado Efraim Moraes (DEM-PB) assume o posto de líder do partido lançando três nomes para a Presidência da República em 2018: o senador Ronaldo Caiado, o prefeito de Salvador, ACM Neto (foto), e, ainda, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. “Está na hora de o DEM ter seu próprio nome na corrida presidencial.”
CB.Poder/ O programa da TV Brasília recebe hoje para uma entrevista o deputado Jean Wyllys (PSol-RJ), ao vivo, a partir de 13h30. Ameaçado de suspensão do mandato depois de cuspir no deputado Jair Bolsonaro, Wyllys recebeu até o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para uma revisão da pena.
CCJ caminha para
disputa no voto
Os senadores abrirão nesta segunda-feira a primeira semana de trabalho, depois da posse da Mesa Diretora, com cheiro de disputa no voto sobre quem vai presidir a Comissão de Constituição e Justiça. A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) já está consultando os colegas para saber com quem poderá contar. Raimundo Lira tem muita simpatia dentro do PMDB. Porém, o ex-presidente José Sarney e Renan Calheiros esperam contar com alguém que é do grupo, leia-se Édison Lobão. Quem tem acompanhado a novela acredita que a corrida nos bastidores está tão
intensa quanto a escolha do
primeiro-vice-presidente da Câmara.
Sem CCJ,
sem ministro
O presidente Michel Temer avisou ontem aos senadores do PMDB que vai esperar a definição da Comissão de Constituição e Justiça para nomear o futuro ministro do Supremo Tribunal Federal. Embora o presidente tenha previsto anunciar o nome nesta segunda-feira, o Planalto não quer deixar o jurista “na chuva”, se desgastando enquanto os senadores não se acertam sobre o colegiado.
O superministro
Moraes
Quem conhece o presidente Michel Temer avisa: ele ampliou os poderes do Ministério da Justiça dando mais visibilidade às questões de segurança para poder proporcionar a Alexandre Moraes o desafio de reestruturar a área no Brasil. Portanto, avaliam importantes ministros do Planalto, Moraes acaba de deixar a lista de opções para futuro ministro do Supremo Tribunal Federal, que hoje está composta por integrantes dos tribunais superiores.
Os cavaleiros
de Sarney
Depois de emplacar o senador João Alberto no cargo de segundo-vice-presidente do Senado, o ex-presidente José Sarney e o comando peemedebista vão colocá-lo também como presidente do Conselho de Ética. Falta combinar com os demais senadores.
Emprego,
a próxima fronteira
Depois de completar o tabuleiro da política governamental, o presidente Michel Temer anuncia um acréscimo de 50 mil casas no Minha Casa Minha Vida e o aumento de R$ 8 mil para R$ 9 mil da última faixa de renda familiar que pode ser beneficiada com os financiamentos diretos com as construtoras.
O quadro e a moldura
O PMDB fez as contas. Descobriu que só tem um ministério que conversa diretamente com os prefeitos, o do Desenvolvimento Social. Os demais estão distribuídos. Educação é do DEM, Saúde é do PP, Cidades, do PSDB, que agora ganhou o passaporte para o futuro — acesso à distribuição de cargos e emendas ao Orçamento. Para completar, dizem os peemedebistas, os tucanos têm o Ministério de Relações Exteriores, perfeito para emoldurar um discurso moderno.
Campanha por Ives/ Uma carta assinada por mais de 50 movimentos sociais de todo o país em defesa da vida e da pessoa com deficiência pede que Michel Temer nomeie Ives Gandra Martins Filho para o Supremo Tribunal Federal. Fala em ativismo judicial que põe em risco o direito à vida e é direta: “Necessitamos de um ministro no STF que faça cumprir nossas leis, respeite a vontade do povo brasileiro, a fim de garantir o equilíbrio democrático e o direito fundamental que é o direito à vida”.
Em casa/ Mal terminou a posse dos ministros, um grupo de tucanos seguiu com Antonio Imbassahy para conhecer as salas da Secretaria de Governo. Era o retorno do partido ao Planalto, com um lugar para chamar de seu, algo que não ocorria desde janeiro de 2003, quando Lula assumiu.
Por falar em Lula…/ O presidente Michel Temer vai esperar passar o luto de Lula, mas não tardará a convidá-lo a uma conversa ou almoço no fim de semana. Aliás, esses encontros políticos têm sido praxe para o peemedebista.
Bancada Danoninho I/ É assim que os veteranos da Câmara se referem aos jovens parlamentares eleitos para a Mesa Diretora da Câmara.
Bancada Danoninho II/ O destaque para os jovens vai continuar. A deputada Bruna Furlan (foto), do PSDB-SP, comandará a Comissão de Relações Exteriores.