Categoria: coluna Brasília-DF
Os petistas já ensaiam a seguinte campanha: “Não vote em partidos que podem ferir os seus direitos”. Planejam, assim, retomar, no tema reforma da Previdência, a mesma estratégia feita contra o PSDB em 2006. Naquele ano, Lula, candidato à reeleição, acusou Geraldo Alckmin de querer privatizar tudo, e o PSDB passou o segundo turno na defensiva. Por essas e outras é que nas últimas reuniões para tratar da reforma da Previdência foi dito que é muito melhor votar logo do que deixar para depois. Afinal, se a economia reagir rapidamente, conforme previsão da Fazenda, o discurso de dias melhores compensará qualquer outro. Falta, entretanto, combinar com o eleitor.
O maior castigo
O que mais tem incomodado os Vieira Lima são os filhos. Alguns não conseguem mais frequentar a escola, em Salvador. Uma crueldade com crianças, que não podem ser responsabilizadas pelos erros dos pais. Porém, fica o alerta para as excelências que insistem nos malfeitos.
Crimes sem castigo
Desde a cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o Conselho de Ética da Casa parece fadado a olhar para o tempo, esquecendo todos os deputados relacionados à Lava-Jato. É aí que repousa a tranquilidade de muitos.
Depois do PMDB…
Que PSDB que nada… O partido mais pressionado para apresentar os votos necessários à reforma previdenciária é o PSD, do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Se nem os partidários do ministro se mexerem em prol da proposta, o PR, por exemplo, fará corpo mole.
Por falar em Meirelles…
Na noite de terça-feira, técnicos da Fazenda fizeram marcação cerrada, dentro do plenário da Câmara, em favor da medida provisória do Repetro, que definiu os subsídios às petroleiras. Aproveitaram para jogar contra o projeto de lei do Funrural, apresentado depois que a MP perdeu a validade.
Último argumento
A frase que o líder do governo, André Moura, teria dito sobre apenas 170 votos pró-reforma chegou a provocar oscilações no mercado financeiro, o que levou os deputados a desconfiarem de que as declarações haviam sido combinadas para deixar a base na saia justa, com algo do tipo: “Tá vendo? Se a economia desandar, a culpa é de vocês”. O líder negou que houvesse mencionado número de votos, mas o recado ficou.
O número mágico/ Na reunião do DEM sobre a reforma da Previdência, o deputado Cláudio Cajado (BA, foto) foi direto: “Estou pronto para votar a reforma. Arrume os 307, eu serei o 308”. Todos querem ser o 308.
Muro das lamentações/ Ponto de encontro dos parlamentares nas noites de votação da Câmara, o gabinete do primeiro-vice presidente da Casa, deputado Fábio Ramalho, virou área onde os deputados vão reclamar da insistência do governo em votar a reforma da Previdência. Na terça-feira, a coluna contou: de cada dez, apenas três se diziam favoráveis ao texto.
Quem está tomando conta “da lojinha”?/ O presidente Michel Temer tornou a reforma previdenciária praticamente pauta única por esses dias. Assim, quem cuida dos outros temas é o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o novo posto Ipiranga do governo.
Por falar em governo… / O ministro Antônio Imbassahy vai ficando. Como diz o deputado Mauro Pereira (PMDB-RS): “Aquele cargo é uma máquina de moer políticos: o sujeito assume, fica três meses prometendo, três meses não cumprindo e outros três na frigideira”.
As declarações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de que o governo não estará com Geraldo Alckmin em 2018 podem parecer desastradas à primeira vista, porém, tiveram um objetivo: ver se levam os tucanos a tomarem uma decisão mais firme em direção à reforma da Previdência. Afinal, se a economia se recuperar mais um pouco, mas não o suficiente para fazer do próprio Meirelles candidato, Alckmin terá toda a chance de obter o apoio do PMDB. Entretanto, se desde já o PSDB se exime de ajudar o governo, não pode querer ser ajudado no ano eleitoral pelos peemedebistas. Simples assim.
Em tempo: o jogo foi entendido, porém, o DEM, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, considera que Meirelles exagerou no tom. Para forçar o PSDB a adotar uma posição, o ministro, que já tem até marqueteiro, jogou 2018 na avenida antes da hora, atropelando o esforço pró-reforma. Agora, o trabalho da semana, que seria contagem de votos e conquista de mais alguns, vai incluir também a tentativa de aplainar o desconforto causado pelas declarações de Meirelles. Nesse caminho, se a reforma da Previdência sobreviver, será um milagre.
Vai assim mesmo
O PT aproveitará a conclusão do voto do relator do processo contra Lula no TRF da 4ª Região para reforçar o discurso de perseguição ao ex-presidente. A ordem é dizer que se o petista for condenado é para afastá-lo da eleição. Porém, ele não deixará de enviar seu recado ao eleitor, ainda que seja por bilhetes do cárcere.
Queimou a primeira
Dentro do PMDB, que vê com simpatia a candidatura de Geraldo Alckmin, há quem diga que só tem um jeito de o presidente Michel Temer recuperar o PSDB para votar a reforma da Previdência: fazer mais um aceno em direção a Geraldo e dar um chega pra lá na candidatura de Meirelles. O gesto precisa vir até amanhã.
Ouro no Pará I
A 6ª Turma do TRF da 1ª Região julga amanhã a ação que suspendeu o projeto de mineração de ouro da empresa canadense Belo Sun no município de José Porfírio, centro-oeste do Pará. O MP e a Funai alegam que o projeto não está adequado para funcionar em área indígena, mesmo a mais de 12km do território protegido.
Ouro no Pará II
Políticos e moradores da região, inclusive indígenas, protestam contra a ação do MP, de olho nos investimentos de R$ 1,2 bilhão calculados pela mineradora, uma das maiores do mundo.
Valeu, Huck!
O Instituto Paraná Pesquisas procurou saber a opinião dos eleitores sobre Luciano Huck desistir de concorrer à Presidência da República. Dos 601 entrevistados, 82,7% consideram que o apresentador acertou. Só 11,9% acham que ele errou. O restante não soube responder. Sinal de que não teria tantos votos assim.
Revolta brasileira I/ O ex-deputado José Lourenço, hoje com 84 anos e disposição para briga como nos velhos tempos de PFL, tomou um susto ao chegar ontem à porta da agência do Banco do Brasil na cidade do Porto. Tudo fechado e um pedido de desculpas. “Eu chorei. De revolta. São 40 mil brasileiros em Portugal sem atendimento do Banco do Brasil”, diz ele, que já enviou um e-mail para o presidente Michel Temer com suas reclamações.
Revolta brasileira II/ Nem em Lisboa o BB manterá sua agência, reduzindo os serviços a um escritório. “Esses altos funcionários do banco que moram aqui não querem trabalhar. Conheço vários empresários portugueses que exportam para o Brasil, para a Argentina, e que jamais foram procurados por um funcionário do Banco do Brasil. Ora, se querem clientes, têm de correr atrás. Não correm porque são preguiçosos!”, diz o ex-parlamentar, que foi colega de Temer na Câmara por quase 20 anos.
Pizza, não, obrigada!/ Os deputados que foram ontem à casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, saíram reclamando do cardápio. A pizza deixou a desejar. Se quiser manter a pauta da reforma da Previdência, dizem alguns, melhor mudar o menu.
História e direito/ Os políticos têm uma maratona de lançamento de livros hoje. Na Biblioteca do Senado, às 18h30, o jornalista Ângelo Castelo Branco lança o livro Marco Maciel, um artífice do entendimento (foto). No mesmo horário, no Espaço Cultural do STJ, o ministro João Otávio Noronha, a jurista Ana Frazão e o procurador do DF Daniel Mesquita autografam o Estatuto Jurídico das Estatais.
“Não tire do seu horizonte ser candidato a presidente”, disse o deputado Beto Mansur ao presidente Michel Temer há três semanas. Temer arregalou os olhos, entrelaçou as mãos. Porém, não disse daquela água não beberei. A discussão de ser ou não ser candidato à reeleição foi tema das conversas palacianas em abril deste ano. O baque causado pelas ações do ex-procurador Rodrigo Janot fez com que os aliados de Temer recolhessem os flaps, a ponto de o presidente proibir que se falasse no assunto. Porém, desde que o governo enterrou a segunda denúncia contra o presidente, o tema voltou à baila. Afinal, os indicadores econômicos havia tempo não apresentavam resultados tão bons.
Obviamente, a ala que torce pelo sucesso do presidente e até por sua candidatura sabe do desgaste fruto das prisões de Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures, Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha. Especialmente os três primeiros, muito ligados a Temer. Mas, como dizem por aí, quem é que não tem um amigo ou um parente que, ao longo da vida, se desviou do caminho? Por essas e outras, trata-se de um ensaio. Dá para notar que os aliados de Temer jogam esse balão ao vento para ver se há chances de pouso seguro ou vai explodir no ar. A conversa de Mansur com Temer, relatada pelo próprio deputado, é sinal de que os aliados querem ver como a política se comporta diante desse cenário.
O próprio Temer, internado no hospital para um cateterismo, nega veementemente qualquer movimento em prol de uma candidatura. Nunca é demais lembrar que Fernando Henrique Cardoso fazia o mesmo em 1994, antes de ser anunciado candidato. É de praxe.
Huck à beira
de uma decisão
Em conversas reservadas, amigos de Luciano Huck garantem que ele recebeu um ultimato da TV Globo: se quiser ser candidato, tem que sair em dezembro. A emissora não quer ser acusada de campanha antecipada. Embora pressionado por muitos para concorrer à Presidência da República, Huck está a um passo de dizer que prefere continuar com seu trabalho.
Onde mora o perigo
O fato de os aliados de Michel Temer jogarem o nome dele na roda da campanha elevou a temperatura entre alguns aliados. Se não for muito bem amarrado, pode terminar contaminando ainda mais o clima para votação da reforma da Previdência.
Onde mora a segurança
Outros, entretanto, têm outra leitura: consideram que ou o presidente joga a pré-candidatura no ar, ou o governo corre o risco de ficar sozinho, com cada um cuidando da própria vida.
PSDB terá chapa única
Embora ainda tenha dois pré-candidatos a presidente do partido colocados, o PSDB já definiu uma chapa única para o diretório nacional. Nesse ritmo, há quem diga que chegar à solução de um candidato único não está tão distante quanto parece.
Toffoli de resultados/ Desde que assumiu a vaga no Supremo Tribunal Federal, em 2009, o ministro Antonio Dias Toffoli contabilizou 67,7 mil decisões e, segundo as estatísticas de seu gabinete, baixou mais de 50 mil processos. Tem hoje o menor número de processos em acervo. Nem todo esse trabalho impediu que os colegas dele de STF colocassem um apelido só por causa do pedido de vistas do foro privilegiado. “Empatoffoli”. Mui amigos.
Ajudinha a Sartori/ Se tem algo que o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (foto), não pode reclamar é de falta de apoio do governo federal. Ontem, três ministros de Estado, o da Casa Civil, Eliseu Padilha, que é gaúcho, o da Secretaria de Governo, Moreira Franco, e o dos Transportes, Maurício Quintela, foram até Porto Alegre para marcar a liberação de
R$ 240 milhões destinados à construção da ponte sobre o Rio Guaíba. Melhor que isso só o Grêmio vencer o Lanus na próxima quarta-feira.
Pensando bem…/ Parte dos jornalistas dedicados à cobertura da política local no Rio de Janeiro correm o risco de virarem setoristas do complexo penitenciário. Que tristeza.
Eis alguém que merece todas as honras/ Políticos, jornalistas e empresários têm encontro marcado hoje pela manhã no Cemitério Campo da Esperança para o adeus ao vice-presidente do Correio Braziliense, Evaristo de Oliveira. O enterro está marcado para o meio-dia.
Bastaram as especulações sobre o ingresso do titular da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, no PMDB da Bahia para que os peemedebistas baianos girassem o botão do fogareiro sob o ministro. Partiram dali também os primeiros acordes para fazer de Carlos Marun ministro no lugar de Imbassahy.
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O PMDB da Bahia não quer Imbassahy no partido para ser candidato ao Senado. Ainda que seu maior líder, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, esteja na cadeia, a intenção é deixar o irmão Lúcio Vieira Lima, hoje mais recolhido, como o protagonista do partido no estado, a fim de tentar garantir a reeleição para deputado federal e, quem sabe, se nada mudar, ter alguém no Congresso capaz de puxar o processo de Geddel ao…foro privilegiado. Lúcio, deputado e hoje sob investigação por causa dos R$ 51 milhões encontrados num apartamento em Salvador, poderia, segundo avaliação de muitos advogados, tentar levar o processo do irmão à instância superior, uma vez que se trata do mesmo caso.
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Por essas e outras, ainda que o STF decida daqui a alguns dias sobre o fim do foro privilegiado para crimes comuns, os parlamentares hoje investigados vão trabalhar para que a mudança seja aplicada apenas aos novos processos e não àqueles em curso hoje no Supremo. Essa questão ainda é nebulosa por ali. E o lobby dos parlamentares nunca foi tão forte nessa direção.
O “bode” da Previdência
No jargão parlamentar, “bode” é algo incluído no texto para ser retirado logo ali na frente, de forma a preservar outros pontos. É assim que muitos parlamentares veem a ideia de aumentar o tempo de contribuição previdenciária de 30 para 40 anos.
O cálculo deles
Analistas do mercado financeiro fizeram chegar ontem a seus executivos a seguinte avaliação: ou os líderes partidários mergulham em suas bancadas em busca dos votos para aprovar a reforma previdenciária em 2017 ou o país viverá uma enrolação até o fim do ano. Todas as bancadas estão “furadas”, dizem os observadores.
E o Funrural, hein?
A Frente Parlamentar de Agricultura (FPA) não parece mais tão forte quanto esperava. Seus integrantes tentaram mobilizar o plenário da Câmara para votar a medida provisória do Funrural, mas os deputados foram embora. No fim da semana que vem, a MP perde a validade. Segunda-feira, será feita uma nova investida para tentar votar a proposta.
CURTIDAS
Menos, Marun, menos/ O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) recebeu o seguinte aviso dos amigos: “Mergulhe. Você falou tanto que pode ter inviabilizado a sua nomeação daqui a alguns dias”.
Moral do jantar/ Apesar do otimismo do presidente Michel Temer e de seus ministros, alguns parlamentares do PMDB não foram ao jantar do Alvorada na quarta-feira em represália pela não-posse de Marun. E completam com o seguinte recado: “Presidente, não conte comigo para a reforma da Previdência”. Simples assim.
Livre para sair/ Heráclito Fortes (PSB-PI) e José Reynaldo Tavares (MA) vão receber uma carta do presidente do PSB, Carlos Siqueira (foto), autorizando-os a sair do partido.
Evaristo de Oliveira/ Gentileza, educação, fino trato, correção e preocupação com as pessoas podem ter vários sinônimos no dicionário. Mas, ao longo de 20 anos de trabalho no Correio Braziliense, eu convivi com mais um: Evaristo de Oliveira. Que seu exemplo seja um farol a guiar a grande família dos Diários Associados e que Deus conforte dona Regina, filhos e netos, a quem deixo aqui meus mais sinceros sentimentos de solidariedade nesse momento difícil. Obrigada por tudo, dr. Evaristo.
É assim que uma parcela expressiva da base do governo se refere, desde ontem à tarde, ao ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy. O tucano ganhou sobrevida de alguns dias para que Michel Temer possa contornar a situação com o PSDB, de forma a não perder votos pró-reforma por ali, e ver como ficam os outros partidos em relação a Carlos Marun, que já é tratado como o futuro ministro.
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Não é preciso ir muito longe para ver a fritura que a base está fazendo com Imbassahy. Nas agendas do Planalto, por exemplo, a do presidente aparece recheada de deputados. A do ministro, ontem, não tinha nem um parlamentar. Há quem diga que, guardadas as devidas proporções, Imbassahy passa pelo desgaste a que muitos já foram submetidos nos mais diferentes governos até chegar a hora em que pedem demissão. Questão de dias ou horas.
Eletrobras sai do forno
Entre a posse de Baldy e o jantar no Alvorada, o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, assinou o projeto de lei que trata da remodelagem da Eletrobras. Um dos pontos de destaque é a possibilidade de os interessados abaterem os encargos, como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O ministro calcula que em 2019 será possível uma energia mais barata para o consumidor.
Resta um
Temer, entretanto, não fez o mesmo em relação à medida provisória que trata do Funrural. A MP, que vence em 30 de novembro, volta à pauta ainda hoje de manhã. Grande parte dos produtores defende a proposta, porque permite o pagamento com uma alíquota menor no ano que vem, e, em 2019, a escolha entre faturamento ou folha para cálculo do valor a ser pago. Hoje, tudo incide pela receita bruta, e o Funrural tem que ser pago, uma vez que já foi considerado constitucional pelo STF. Se a MP não for aprovada, a Receita terá liberdade para a cobrança dos débitos.
“Temer tem uma vantagem sobre Itamar Franco: acertou a equipe econômica de primeira. Itamar teve quatro ministros antes de encontrar Fernando Henrique Cardoso. Perdeu oito meses”
Do sucessor de FHC na Fazenda, embaixador Rubens Ricupero, em entrevista ontem ao programa CB.Poder
O processo está em curso
Selada a posse de Alexandre Baldy no Ministério das Cidades, o governo mostra à base que está cumprindo o processo de redução do espaço do PSDB, ampliando o dos demais aliados e “empoderando” o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Ainda que o resto seja pactuado para sair do papel apenas depois da votação da reforma da Previdência, o governo acredita que está amarrando tudo direitinho para chegar aos 308 votos.
Liberou geral/ Raríssimas vezes na história, um presidente da República disse aos congressistas que poderiam derrubar um veto. Pois isso foi feito ontem no caso dos prefeitos. Tudo pela reforma da Previdência.
Festa goiana/ A última vez que políticos de Goiás tinham tomado o Planalto com gritos de guerra, com direito a fogos de artifício na Esplanada, foi na posse de Íris Rezende como ministro da Justiça. Ontem, Baldy repetiu o grito de guerra. Os aliados dele, porém, não sabiam sequer onde ficava o Ministério das Cidades. Aí, ficou difícil providenciar fogos para a transmissão do cargo.
Pergunta que não quer calar/ Imbassahy é jeitoso, de fala mansa. Marun não tem essa diplomacia. É franco, como a maioria dos gaúchos. Por isso, muitos deputados ontem se entreolhavam, dizendo: “Quem vai reagir a um ‘não’ do Marun se ele realmente for ministro?”
Troca no comércio/ O líder do DEM, Efraim Filho (foto), assume na próxima semana a presidência da Frente Parlamentar do Comércio, cargo em que está hoje Rogério Marinho. A ideia da frente é ganhar tanta importância quanto a poderosa Frente Parlamentar do Agronegócio.
Se tem um personagem com o qual o presidente Michel Temer não pretende brigar enquanto procede a reforma ministerial é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). No papel de comandante da Casa e da pauta de votações, ele capitaneará a reforma previdenciária e, por tabela, a ministerial. A ideia no Planalto é que passe por Rodrigo inclusive a nomeação do futuro ministro das Cidades e as demais mudanças na equipe.
Até aqui, a reforma está no seguinte pé: a) Os partidos fizeram chegar a Temer que as mudanças pedidas de forma intensa nos últimos meses se referiam apenas aos espaços do PSDB no governo e não dos outros partidos; b) A parte tucana nas Cidades está feita, falta Antonio Imbassahy (secretaria de governo), que Temer manterá na equipe, em outro ministério; c) O partido que arrematar Cidades terá de ceder algum outro espaço na Esplanada para manter o equilíbrio na base; d) Se houver consenso entre os partidos para indicar um nome em comum para essa pasta, melhor. É nessa batida que termina hoje a semana de “decantação” da saída de Bruno Araújo do Ministério das Cidades.
Seguro eleitoral I
A pré-candidatura de Manuela D’Ávila, a ser apresentada oficialmente na convenção do PCdoB neste fim de semana, tem a missão de estancar as pressões para que os comunistas fechem logo apoio a um candidato. A ordem é ficar numa posição mais confortável para aguardar a evolução da conjuntura. A política está de um jeito que nem o PCdoB, que sempre apoiou o PT, se mostra disposto a fechar logo com o antigo aliado.
Seguro eleitoral II
Hoje, o PCdoB está sob forte pressão tanto do PT de Lula quanto do PDT, que pretende lançar o ex-ministro Ciro Gomes. Marina Silva, da Rede, (ainda) não entrou na roda de buscar o PCdoB. Se nenhum deles decolar, ou lá na frente o partido considerar melhor seguir sozinho no primeiro turno, sempre poderá dizer que essa era a sua primeira opção.
Cravo & ferradura
Políticos do Rio de Janeiro tratam como pule de dez a Alerj tirar Jorge Picciani da cadeia na sessão de hoje, da mesma forma que o Senado deu fim ao recolhimento noturno de Aécio Neves. Há dúvidas, entretanto, sobre a devolução do mandato. Assim, mandariam o deputado para casa, para não deixar o desgaste tão grande para o colegiado. Afinal, no ano que vem, tem eleição, e alguns da base de Picciani resistem a arcar com essa decisão.
Se arrependimento matasse…
… Jorge Picciani, talvez, não estivesse na cadeia. Em 2014, o todo-poderoso presidente da Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro pensou em não concorrer a mais um mandato eletivo. Terminou candidato. Agora sãos os filhos, seus herdeiros políticos, que vão pensar duas vezes antes de bater o martelo diante da incerteza do voto.
CURTIDAS
Temer lá fora…/ Em janeiro, antes de o país ingressar de vez na campanha eleitoral, o peemedebista aproveitará para exercitar a diplomacia presidencial. Vai a Cingapura, Malásia, Vietnã, Indonésia e Timor. Na volta, passa uma semana em Brasília e, em seguida, embarca para o Fórum Econômico Mundial do Ocidente, em Davos, na Suíça.
… num discurso para dentro/ Em Davos, o Brasil será homenageado. É que há uma confiança muito grande de que o país é uma grande potência, ainda que tenha “variações conjunturais”, conforme avaliação de diplomatas de outras nações que observam a economia nacional. A ordem é aproveitar para, mais uma vez, mostrar o que o governo tem feito de positivo.
O professor Sarney I/ O ex-presidente José Sarney (foto) embarca, na semana que vem, para Guadalajara, no México, onde vai ministrar a Conferência Magistral (aula magna) do dia de abertura da FIL 2017, a Feira Internacional do Livro, considerada a maior do mundo em língua espanhola.
O professor Sarney II/ O ex-presidente brasileiro falará 50 minutos sobre o livro e a internet. Há tempos, seus aliados não o veem tão animado com um evento em que pretende responder se a internet matará o livro. Sarney falará sobre a história da literatura e fará reflexões sobre a escrita. Do alto de seus 87 anos, com vários livros publicados, realmente tem muito a dizer.
Está aberta a mais nova temporada de estica-e-puxa na base governista. Os partidos já fizeram chegar ao presidente Michel Temer que a tal reforma ampla com a troca de 17 ministros anunciada pelo líder do governo, Romero Jucá, não é do desejo de todos e arrisca trazer mais problemas do que solução para votar a reforma previdenciária. E já tem gente na Esplanada com o seguinte discurso: Se for para sair todos aqueles que pretendem concorrer no ano que vem, seria bom tirar também o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o único da equipe a se apresentar como “presidenciável”. Por causa desses quesitos, muitos se referem à ampla reforma como um “ajuste”.
Curva perigosa I
As operações da Lava-Jato nos últimos meses desgastaram a imagem do PMDB em vários estados onde o partido tinha seus caciques e boas bancadas. Ontem, em duas operações distintas, a Polícia Federal abalroou o que restava do PMDB do Rio de Janeiro e atingiu o de Mato Grosso.
Curva perigosa II
Somados aos revezes anteriores, há quem esteja preocupado com a eleição de deputados. O PMDB está desgastado no Rio Grande do Norte, onde o ex-deputado Henrique Eduardo Alves está preso, na Bahia, terra de Geddel Vieira Lima; e em Roraima, onde o senador Romero Jucá teve os filhos envolvidos em outra operação da PF.
Até aqui, tudo bem
Alagoas, ao que tudo indica, ainda surfa longe dessa onda negativa. Lá, o governador Renan Filho continua bem posicionado. E é justamente para tentar escapar da curva descendente é que abrem os braços para o PT de Lula.
Pensando bem…
Na base tem muita gente desconfiada de que o presidente Michel Temer jogou essa história de mudar 17 ministros apenas para repactuar alguns e colocá-los em contato direto com o Parlamento, a fim de garantir a aprovação das medidas importantes para o governo. Muitos estavam desconectados dos respectivos partidos, cuidando da própria vida.
… faz sentido
O presidente Michel Temer, entretanto, tem dito a alguns que quer aproveitar esse último ano para impor uma marca na administração e isso não será possível com quase metade da equipe pensando apenas na própria reeleição.
Escapou de boa/ O ex-ministro das Cidades Bruno Araújo volta para o Congresso a tempo de se livrar de uma convocação para prestar esclarecimentos na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. Os peemedebistas queriam que ele explicasse por que os estados governados pelo PSDB estavam mais bem aquinhoados com a construção de casas populares.
Nem tanto/ Bruno, porém, terá dificuldades no partido. A ala adversária ao governo está meio atravessada com o ex-ministro. Reclama que não era atendida.
Fica comigo/ Uma das prioridades do presidente Michel Temer, além de, óbvio, reestruturar a equipe, é segurar os partidos. Inclusive a ala do PSDB que o apoia.
Cachimbo da paz/ O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Carlos Eduardo Sobral, se reuniu hoje com o novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia. A visita serviu para enterrar de vez as especulações de que o novo comandante da PF não contava com o apoio da entidade que representa os delegados de todo o Brasil. Prometem trabalhar juntos. Na foto, o Delegado Federal Edvandir Felix de Paiva (Futuro Presidente da ADPF); Sobral, Segóvia e o diretor-regional da ADPF, Luciano Leiro.
Coreia do Norte/ Assista hoje, no CB.Poder, uma parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília, a reprise da entrevista com o repórter Renato Alves sobre a Coreia do Norte.
A cúpula do DEM desistiu de buscar aliança com o PSDB para as eleições de 2018. Pelo menos, nesse momento, vai cuidar da própria vida. O partido faz uma convenção em 28 de novembro para selar a mudança do nome. Na mesma data está prevista a filiação de deputados do PSB que já receberam carta branca para deixar a legenda. O DEM espera mais. E é justamente do PSDB. A ideia é somar algo entre 45 e 50 deputados. Espaço político não fica vazio. Enquanto os tucanos se bicam, outros se juntam.
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Aliás, nos bastidores do DEM, o que se diz a respeito da crise do PSDB é que, se os tucanos tivessem juízo, se uniriam em torno de Geraldo Alckmin e iriam para cima dos demais partidos, tentando aglutinar apoios e apresentar o pré-candidato. Mas a fogueira das vaidades tucanas impede esse movimento. Pior para o PSDB que, se não sair desse redemoinho interno, tende a ficar isolado no ano que vem. De Luciano Huck a alianças, o DEM tem discutido um pouco de tudo. Só tem um probleminha: desunião no Centro amplia as chances dos extremos.
O poder é deles
A decisão do governo em transferir a área de publicidade para a esfera do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Wellington Moreira Franco, vai na mesma linha que mantém hoje as nomeações na esfera da Casa Civil: deixar todo o poder no núcleo político do PMDB, hoje restrito ao próprio Michel Temer, Moreira e Eliseu Padilha.
Noviço
O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, gravita nesse núcleo. Mas só será alçado à condição de núcleo duro se terminar ingressando no PMDB da Bahia. Falta combinar com os Vieira Lima.
É por aí
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deu sinal verde para a reforma tributária capitaneada pelo relator, deputado Luís Carlos Hauly (PSDB-PR). A ordem é equilibrar a cobrança entre consumo e renda, reduzindo os valores dos impostos sobre consumo e ampliando o da renda para não haver queda de arrecadação.
Então, ficamos assim
A carta do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso publicada no Facebook deixou nos tucanos a sensação de que ou Geraldo Alckmin assume a presidência do partido a fim de coordenar a própria campanha ou, então, o melhor é escolher Tasso Jereissati.
Todos querem ser Huck/ É bom Luciano Huck (foto) se proteger contra mau-olhado. Em conversas reservadas, os políticos não negam a inveja que sentem da vida que o apresentador leva. Tem dinheiro, família linda e ainda faz um excelente trabalho social com seus programas na telinha. “A gente aqui pensando em ter uma vida como a dele e ele querendo a nossa… Vai entender!”
Huck quer ser Huck/ As conversas do apresentador ontem no Rio deixaram nos políticos a sensação de que o dilema entre participar e concorrer ainda não está resolvido. Huck, entretanto, tem conversado com todos os partidos. Além do PPS, teve encontros com integrantes do DEM, do Novo e do PSB.
A história se repete/ No meio político, há quem diga que Luciano Huck está para a eleição de 2018 como Sílvio Santos esteve para a corrida de 1989. A diferença é que Sílvio Santos se mexeu tarde para construir um caminho. Huck começou cedo. Embora seja mais sensato, aumenta o tempo de exposição a desgastes. Nas redes sociais têm aparecido fotos dele num barco com Joesley Batista e em eventos com Aécio Neves.
Só a polícia não acha/ Um HB-20 preto, placa JJA-8110, ano 2013, foi flagrado pelas câmeras do Detran na Epia Sul, a 130km/h em 9/11. O carro foi roubado em 21 de outubro, por volta das 2h30, na 206 Sul, e as multas não param de chegar.
A declaração do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sobre ser presidenciável foi combinada com o PMDB e acompanhada pelo DEM. A ordem ali era segurar o PSDB. Afinal, se os tucanos saírem mesmo do governo em dezembro, conforme sugeriu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e a economia melhorar, um nome vinculado à volta do emprego e da renda teria chances perante o eleitorado e o PSDB estaria fora dessa construção.
Chamou atenção dos tucanos ainda o fato de o prefeito de São Paulo, João Dória, defender no programa de tevê Canal Livre, no último domingo, a presença do PMDB. Quem é do ramo da política sabe que a estrutura peemedebista pelo país afora e seu tempo na tevê não podem ser desprezados. A política, para alegria de uns e tristeza de outros, ainda passa pelo partido de Michel Temer. Houve quem percebesse na fala de Dória um certo aconchego no ninho peemedebista. Pode ser só impressão ou um blefe muito bem-dado. Como no truco, nem todos estão com as mãos recheadas de cartas, mas todos estão no jogo. Resta saber quem vai correr e quem vai dobrar a aposta. Esse jogo só termina em março.
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Em tempo: Os partidos do chamado Centrão torcem para o PSDB cumprir a promessa de sair do governo. Assim, sobram mais cargos para dividir entre os seus representantes.
Jogadas
ensaiadas I
Com a reforma trabalhista pronta para vigorar na semana que vem, os fiscais do trabalho estão a postos para vigiar pontos de trabalho e, a partir daí, deflagrar toda uma operação para tentar barrar a nova lei. A ordem é levar os contratos entre patrões e empregados à Justiça do Trabalho a fim de considerar a nova legislação inconstitucional.
Jogadas
ensaiadas II
Não por acaso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, quer acabar com a Justiça do Trabalho. Afinal, se a nova lei trabalhista foi aprovada pelo Congresso dentro das normas legais vigentes, cabe ao tribunal cumprir e não se voltar contra o texto. A guerra promete ser grande.
E a Previdência, hein?
As declarações do presidente Michel Temer ontem deixaram claro que o governo vai insistir em aprovar, pelo menos, o primeiro turno de parte da reforma previdenciária na Câmara, de forma a deixar o assunto com meio caminho andado. Falta combinar com os deputados, que não querem saber do tema.
É isso, sim!/ Se tem algo que Lúcio Bolonha Funaro odeia é que lhe chamem de doleiro. Pois o ex-deputado Eduardo Cunha foi no ponto: “É doleiro, sim! Tem temperamento explosivo e toma remédio controlado”.
Ensaio/ Eduardo Cunha revelou ainda um encontro de Funaro (foto) com integrantes da CPMI dos Correios antes do depoimento, em março de 2006. Ou seja, o jogo de CPI é combinado há muito tempo.
Pelo jeitão…/ Há quem diga que a tranquilidade de Eduardo Cunha em seu depoimento é um sinal de que ele continua ganhando muito dinheiro. Aliás, não é de hoje. Ele contou que, na época em que Waldomiro Diniz foi flagrado num vídeo extorquindo o empresário Carlinhos Cachoeira, a Bolsa de Valores despencou e ele (Cunha) e Lúcio Funaro tiveram “um lucro extraordinário”.
Eles & elas/ O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decide hoje se os partidos políticos estarão obrigados a garantir cota de 30% para mulheres nas direções das legendas. A consulta foi apresentada pelo advogado Rafael Carneiro em nome da senadora Lídice da Mata (PSB-BA). Ela quer saber se a previsão de reserva de vagas para candidaturas de mulheres não deve ser aplicada também na composição das comissões executivas nacionais, estaduais e municipais dos partidos. “Se a decisão do tribunal for favorável, contribuirá para empoderar as mulheres dentro dos partidos”, afirma Carneiro.
Do Rio de Janeiro, veio um duro recado: ou o presidente Michel Temer demite o ministro da Justiça, Torquato Jardim, ou intervém no Rio. Temer não demitiu o ministro e espera contar com o feriadão para decantar esse embate. Em suas conversas mais reservadas, autoridades do governo federal consideram que o Rio de Janeiro é hoje um caldeirão de quatro crises: econômica, fiscal, de governança e, para completar, de segurança. Se fosse para levar ao pé da letra o
artigo 34 da Constituição, a intervenção viria lastreada pelos incisos relativos a contas públicas e repasses de recursos. Temer, entretanto, é mais de contornar do que confrontar. É o que tentará fazer para não ter que recorrer a algo mais drástico, seja demitir o ministro seja recorrer à intervenção.
Em tempo: um segundo motivo para a não intervenção já é a manutenção da paz com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Afinal, não se toca agenda no Poder Legislativo sem conversar com o comandante da Casa. Por isso, todo o cuidado é pouco com o Rio.
Dilma e Bolsonaro I
Em 2009, experimentados políticos do PMDB avisaram aos tucanos que o povo estava se encantando com a tal “mulher do Lula” e, se o PSDB demorasse muito a definir o candidato, ficaria difícil evitar o prejuízo depois. Dividido, o PSDB considerou que Dilma Rousseff não iria a lugar algum e fez “cara de paisagem” aos amigos peemedebistas. Deu no que deu. Agora, os avisos são repetidos à exaustão em relação ao deputado Jair Bolsonaro. Quem entende do traçado de pesquisas diz que ele vem crescendo entre os jovens.
Dilma e Bolsonaro II
Enquanto isso, os tucanos juram que Bolsonaro é apenas uma “onda”, que não terá tempo de tevê e coisa e tal. E Bolsonaro vai angariando simpatias. Nas redes sociais, dizem alguns, de 10 coisas que ele comenta, pelo menos uma conecta diretamente com alguma fatia do eleitorado e mais um “Bolsominion”.
Dilma e Bolsonaro III
Ok, dizem os tucanos, Dilma tinha a máquina do governo Lula ao seu dispor e um presidente da República popular para chamar de seu. Bolsonaro não tem nem uma coisa nem outra. Porém, a cada político que aparece enroscado na teia da Lava-Jato, Jair Bolsonaro aumenta seu potencial eleitoral. Se consolidar, não cairá mais. Foi assim com Dilma. Consolidou e ficou.
Por falar em PSDB…
Os tucanos querem distância do PMDB, mas nem tanto. É que, se a economia melhorar para valer com crescimento na casa dos 3% em 2018, os tucanos farão o caminho de volta ao governo.
Huck e o PPS/ O presidente do PPS, Roberto Freire (foto), está encantado com Luciano Huck. “Ele não é um mero apresentador. Tem espírito público, é filho de professores. Se vier, será bem-vindo”, diz Freire, mas ele ainda não decidiu e o quadro está pra lá de nebuloso.
Mantenha isso, viu?/ Famoso pela dancinha da alegria em plenário com a vitória de Michel Temer na Câmara, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) falou com o presidente para parabenizá-lo e terminou a ligação feliz da vida. Tudo porque Temer elogiou a forma como Marun encarou os ataques recebidos contra a dancinha. “Ele disse que a minha resposta foi muito boa. E não é? Eu tava feliz, ia ser hipócrita?”
Por falar em Temer…/ Os parlamentares que falaram com o presidente ou o visitaram ficaram impressionados com a recuperação. “Ele está com a voz mais firme do que nunca.”
Pepper e Big Data/ Moriael Paiva informa que não tem qualquer ligação com a Pepper. A empresa, que foi alvo de busca e apreensão suspeita de irregularidades na campanha petista, não tem nada a ver com a Idea Big Data, que hoje presta serviços ao PSDB. “Nossa ligação com a Pepper é zero”, diz ele, que prestou serviços para as duas campanhas de Fernando Henrique Cardoso e, ainda, de José Serra.
Feriadão/ Sexta e sábado a coluna ficará a cargo do jornalista Paulo de Tarso Lyra. Bom feriado a todos!