A largada de Rodrigo

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O DEM marcou data para colocar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, oficialmente na roda dos pré-candidatos a presidente da República. Será em 26 de fevereiro, na convenção do partido. “Vou apresentar o nome dele. Teremos 12 candidatos a governador, nossa bancada cresceu, não tem por que deixarmos de ter candidato a presidente da República. O Rodrigo está preparado”, diz o líder da bancada, Efraim Filho (DEM-PB), que, de recesso e com a filha de um ano e meio no colo, combina o jogo com a cúpula dos democratas.

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Em tempo: em 26 de fevereiro, o país terá passado pelo carnaval e, se tudo correr de acordo com o cronograma montado pelo próprio Maia, a reforma da Previdência também já estará aprovada na Câmara.

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Assim, cumprido seu compromisso com o governo, o comandante Rodrigo terá meios de cuidar da própria vida. Será o primeiro presidenciável a fechar fevereiro com o aval do partido. Nem Geraldo Alckmin, que preside o PSDB, conseguiu essa proeza até agora. Henrique Meirelles, por sua vez, ainda não recebeu publicamente o apoio dos comandantes do PSD.

Na primeira fila

O PMDB não moverá um músculo enquanto o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se aquecem para a disputa ao Planalto. Ali, a avaliação é a de que quanto mais o tempo passa, mais a economia melhora e o partido de Michel Temer ganha mais importância neste jogo para outubro.

Ela tem a força

O PTB acendeu todas as velas em favor da presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, de plantão nesse recesso do STF. A esperança do partido é que ela decida logo pela posse da deputada Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho.

Perdas & ganhos I

Nem todos os integrantes do PSL ficaram tristes com a saída do Livres. É que os integrantes do movimento queriam colocar como bandeira do partido o aborto e a legalização da maconha.

Perdas & ganhos II

O partido, entretanto, não está assim tão esfuziante com o ingresso de Jair Bolsonaro. Quem tem os pés no chão está é na torcida para que o presidenciável leve mais deputados para o partido, que hoje só tem três parlamentares na bancada.

Sutis diferenças/ A coluna encontrou o governador de Alagoas, Renan Filho, no Palácio do Planalto quando ele chegava para dar um abraço no ministro Carlos Marun. Renan tinha acabado de sair do gabinete do presidente Michel Temer. “Ele sempre é muito educado”, disse o governador, cujo pai passa horas descascando o presidente.

A vida como ela é/ Perguntado sobre a campanha pela reeleição, se montaria seu palanque junto com Lula, ele não titubeou, mas se esquivou: “Lula é muito forte no Nordeste, mas ainda está cedo para tratar de campanha. Quem está no governo, que é o meu caso, tem é que trabalhar”, desconversou.

Agenda cheia/ Renanzinho saiu de Brasília pra lá de feliz. Além do périplo palaciano, esteve com o ministro dos Transportes, Maurício Quintela, para tratar de obras de mobilidade urbana e o trecho 4 do Canal do Sertão.

Lúcio em campo/ Quem passou pelo Palácio do Planalto ontem foi o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel — que continua preso. Foi visitar o ministro Carlos Marun, mas não pôde ficar muito. Quem estava na sala ao lado garante que ouviu um “Tô f…”, em alto e bom som, dito por Vieira Lima (foto).

Alto lá!

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Aliados do Planalto pretendem fazer chegar ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que é melhor os dois pararem com a troca de farpas, sob pena de prejudicarem a votação da reforma da Previdência. Intramuros na base, amigos do presidente Michel Temer têm dito que é melhor os dois tomarem consciência de que “os inimigos estão fora do governo” e, a preços de hoje, atendem pelos nomes de Lula e Jair Bolsonaro.

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A preocupação de parceiros do governo é a de que os dois terminem jogando para escanteio a reforma previdenciária, vista como crucial para dar mais sustentabilidade ao ambiente de recuperação econômica. Afinal, se há um consenso entre os partidos que dão lastro ao governo do presidente Michel Temer, é o de que a reforma acelera o quadro de recuperação da economia e isso terminará ajudando os candidatos que a apoiarem. Portanto, o momento é de deixar as rusgas para depois de março. Faz sentido.

Eles têm a força I
As novas regras eleitorais, que dão poderes quase que totais aos presidentes dos partidos e seus tesoureiros para distribuição do fundo que custeará as campanhas, começam a ser vistas como um ingrediente para ajudar o governo na reforma da Previdência. A ideia é só dar dinheiro a quem votar a favor.

Eles têm a força II
A estratégia é a seguinte: o partido fecha questão em favor da reforma e, na hora de distribuir os recursos do fundo eleitoral, aqueles deputados que votarem de acordo com a orientação partidária terão uma fatia maior. Falta, entretanto, combinar com os presidentes das legendas e seus tesoureiros.

Está rolando solto
Até aqui, ninguém falou diretamente em punição para quem votar contra a reforma. O PSDB, por exemplo, fechou questão, mas avisou que não castigará os deputados que discordam da proposta. Os demais também fizeram cara de paisagem para eventuais punições.

Aldo, o retorno
Enquanto o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa pensa se será candidato a presidente da República, o ex-deputado Aldo Rebelo avisa ao PSB que está pronto para essa missão. Logo, se Barbosa demorar muito, quando voltar, a cadeira de candidato estará ocupada.

Ele vai bem/ Na última semana, o presidente Michel Temer ia almoçar em casa e ficava trabalhando no Jaburu. Ontem, até para baixar as especulações sobre uma licença médica, ele voltou ao Planalto depois do almoço.

Quase petebista/ O ex-prefeito de Curitiba Gustavo Fruet (PDT) cogita mudar para o PTB e concorrer a um mandato de senador. E desta vez, Fruet considera que tem mais chances de vitória. Em 2010, quando concorreu
ao Senado, ele perdeu para Gleisi Hoffmann (foto), a mais votada, com 3,1 milhões de votos; e Roberto Requião, que obteve 2,6 milhões.
Fruet ficou com 2,5 milhões.

Por falar em Gleisi…/ Desta vez, ela não será problema para Fruet. Como presidente do PT, está dedicada mesmo à defesa de Lula, voltada para a reconstrução do partido e não concorrerá a mandato eletivo. Ontem, ela declarou que o povo será julgado no dia 24 pelo TRF-4. Menos, senadora, menos.

Livres e soltos/ O movimento Livres incluiu até a Rede, de Marina Silva, entre os destino em que pode aportar para 2018.

Colaborou Rodolfo Costa

Quer dinheiro? Então vota!

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Na reunião que o presidente Michel Temer fará hoje com alguns políticos para tratar dos votos pró-reforma da Previdência, os ministros pretendem deixar claro que, diante do teto de gastos, só será possível dar algum alento maior aos estados e municípios com verbas extras se a reforma for aprovada. Caso contrário, cortes virão e, nesse rol, estão os R$ 3 bilhões prometidos aos prefeitos no final de novembro.

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O mesmo vale para os financiamentos para os estados. “Quem quer financiamento do governo e não quer ajudar o governo que vá procurar o Bradesco e o Itaú”, diz à coluna o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Simples assim. O nome disso, dizem os governistas, não é chantagem. É a vida como ela é.

Vem mais

Quando passar a reforma previdenciária, o governo fará ainda uma reforma administrativa. A intenção é enxugar a máquina, em especial, os cargos em comissão. Falta combinar com os deputados que estão sempre querendo indicar alguém para algum lugar. Paulo Maluf que o diga.

Melhor de três

Antes de ir para a cadeia, Paulo Maluf emplacou Alessandra Bastos Soares na diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Foi o terceiro nome apresentado pelo PP. O primeiro, João Abukater, técnico da área de habitação, sucumbiu em agosto. O segundo, Roberto Campos Marinho, também não vingou.

Só que não

Os partidos chamados a fechar questão na reforma da Previdência pensam em atender o governo. Porém, nada de punir quem votar contra. Na verdade, a ordem é dar um discurso para quem quer dar um voto favorável ao projeto, algo do tipo, “o partido mandou”.

Quem cala, consente

Até agora nenhum magistrado contestou a defesa do auxílio-moradia para juízes, inclusive para os que servem em seus próprios estados de nascimento. O benefício é defendido com unhas e dentes pelo presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso, aquele que disse na tevê há alguns anos que o filho de juiz não podia estudar na mesma escola que o filho do bandido. A contar pelo número de empresários e políticos soltos recentemente ou que permanecem na cadeia, ele terá dificuldades em encontrar um colégio destinado a famílias de alto poder aquisitivo que não tenha sequer um filho de investigado pela Lava-Jato e seus desdobramentos…

Ali, deu quorum/ Deputados faziam fila ontem para conversar com o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Tudo por causa das emendas ao Orçamento deste ano, algumas prometidas e até agora não liberadas. Há quem diga que, se o governo não cumprir as liberações, a reforma não sai.

Começou em futebol/ Ao abrir a porta de sua sala ontem à tarde, o ministro Carlos Marun se deparou com o deputado Covatti Filho (PP-RS): “Quem é que disse que estou atendendo gremistas?!” Marun é torcedor do Internacional e Covatti, tricolor doente.

Comitiva/ A bancada do Rio estava em peso ontem no Planalto. Sabe como é, com o presidente voando hoje de manhã para inaugurar a Zona de processamento de exportação do Porto de Açu, muitos vão aproveitar a carona hoje.

Muita calma nesta hora/ Depois das entrevistas da semana passada, em que se apresentou como um presidenciável, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (foto), vai recolher os flaps. Pelo menos até a votação da reforma previdenciária, não ficará posando de pré-candidato.

O jeitão do general

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A mensagem do Comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, foi recebida com um certo alívio pelos partidos políticos, pois fala no Exército como fator de estabilidade do país e diz que a Força não se afastará da “trajetória retilínea (…) da hierarquia e da disciplina”. Porém, alguns viram uma brecha para movimentos eleitorais em frases do tipo, “mais do que nunca a coesão de nossa instituição será fator primordial e contribuirá para que o Brasil supere a crise moral que o assola”. A leitura foi a de que o Exército jogará dentro do processo democrático. Ah, Villas Boas não fala nada a respeito de Jair Bolsonaro que, segundo muitos militares, não está com essa bola toda na Força.

Ele gostou

O presidente Michel Temer arregala os olhos quando alguns políticos e comentaristas citam que os deputados deveriam ser eleitos apenas no segundo turno das eleições gerais, junto com a última fase da eleição presidencial. Isso manteria todo mundo ocupado e comprometido com a campanha nacional e responsável pelo “time”.

Eles, não

Hoje, quando o presidente é eleito no segundo turno, acha que não deve nada ao Congresso. Foi justamente isso que aconteceu, por exemplo, com Dilma Rousseff, em 2014. Os deputados, entretanto, querem distância dessa proposta. Se Michel Temer apresentar qualquer movimento desses numa proposta de reforma política, será por sua conta e risco.

Questão de foro I

Apesar da disposição do ministro Gilmar Mendes em mandar os réus da Lava-Jato para casa, aqueles que hoje se protegem no mandato eletivo estão firmes no propósito de concorrer no ano que vem. Gleisi Hoffmann, por exemplo, será candidata a deputada federal no Paraná. Na Bahia, Lúcio Vieira Lima concorrerá pelo PMDB.

Questão de foro II

A esperança dos enroscados na Lava-Jato é garantir uma vaga no bolo do partido e ter o foro privilegiado como um escudo para evitar cair nas mãos dos juízes de primeira instância, que hoje são o oposto do que tem feito Gilmar Mendes. O difícil vai ser fazer campanha nesses tempos em que muitos são xingados nos aeroportos pelo país afora.

Encolheram o empresário

Quem tinha preocupação com a atuação do empresário Nelson Tanure na Oi pode relaxar. De nove conselheiros, Tanure terá apenas um.

Agora vai/ O ministro das Comunicações, Gilberto Kassab (foto), informou ao Planalto que Michel Temer terá algo mais para comemorar no final do governo, com o sinal da tevê analógica desligado na maioria das cidades.

Por falar em Kassab…/ O ministro continua trabalhando para ser candidato a vice numa chapa encabeçada por José Serra. Significa que Serra também continua de olho na vaga de governador.

É por ali/ O PT vai aproveitar o ato contra o fórum econômico mundial de Davos no dia 23 para arregimentar público em prol da defesa de Lula no dia seguinte, na mesma cidade e, assim, quem sabe, economizar algum. É que, no ano eleitoral, não dá para gastar tudo num único evento.

Copo pela metade/ Lojistas dos grandes shoppings de Brasília reclamavam na tarde do dia 24 que o movimento não foi tão bom quanto no ano passado. Deputados, entretanto, davam outra versão: diziam que a economia melhorou tanto que muitos brasilienses foram passar o Natal fora.

Meirelles neutraliza PT

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O que Luiz Inácio Lula da Silva poderia falar mal do atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles? Nada, a não ser que Meirelles aumente impostos, o que é difícil. Lula queria Meirelles para ministro nos dois governos da ex-presidente Dilma Rousseff. Ela que não quis. O petista sempre se referiu ao seu ex-presidente do Banco Central como um “craque”. Dilma não achava o ministro essa coisa toda. Por isso, hoje, no governo, há quem diga que Meirelles tem tudo para tirar de Lula o discurso radical contra a atual administração do presidente Michel Temer, que também foi parceiro de Dilma e elogiado por Lula em eleições passadas.

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Meirelles, entretanto, é tido como o único a quem Lula não tem como atacar. No período do impeachment de Dilma Rousseff, estava quieto. Afinal, foi ela quem o afastou do PT. E o ministro hoje, se quiser, ainda pode dizer: “Não controlamos a inflação nem baixamos os juros antes porque o PT (leia-se Dilma) não deixou”. É por aí que ele vai, se for o candidato.

Ou uma coisa ou outra

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pode até pensar em aumentar impostos e acenar com essa perspectiva às agências de risco. Porém, se depender dos congressistas, não tem chance. Dizem os deputados que entre esse aumento e as mudanças na Previdência, eles ficam com a reforma.

Coladinho ali

O vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), aproveitará os próximos três meses até a saída de Geraldo Alckmin do governo para se posicionar sempre ao lado do tucano. Assim, dizem os socialistas, quando o PSDB apresentar seu candidato, França já estará mais consolidado como o pré-candidato mais ligado ao governador.

Não vai dar

O PSB seguirá a Rede, de Marina Silva, e não participará do ato pró-Lula em Porto Alegre, em 24 de janeiro, quando o ex-presidente será julgado. Marina, ex-petista, está distante do antigo chefe há anos. E o PSB espera a resposta sobre a filiação do ex-ministro Joaquim Barbosa, o relator do mensalão que levou vários integrantes do PT à cadeia.

E a aliança encolheu

A contar pelo número de partidos dispostos a ajudar o PT na mobilização em Porto Alegre, o leque de apoiamentos de Lula ficou menor do que o exibido nos tempos de governo. Sinal de que, embora ele esteja bem nas pesquisas e seja hoje a maior aposta de esquerda para 2018, a força eleitoral não será tão grande quando nas campanhas anteriores.

Trio I/ No dia do Correio Debate: Desafios para 2018, pelo menos três presidenciáveis passaram pelo jornal, o presidente Michel Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o governador de Goiás, Marconi Perillo. Juntando os três, hoje não dá 10% de intenção de voto, mas não descarte nada. Afinal, diz o ditado, o futuro a Deus pertence.

Trio II/ Perillo (foto) está de prontidão, preparado para entrar em campo se for chamado pelo PSDB. Já Temer e Meirelles precisam se entender. Dois do governo não dá.

Comporte-se, senão, volta!/ O juiz Vallisney de Souza, que concordou na prisão domiciliar de Lúcio Funaro, foi claro: se houver qualquer resquício de alteração das imagens das câmeras de monitoramento, ele terá que voltar à Papuda.

Sumiu/ O presidente do PSD, Gilberto Kassab, ficou completamente fora do programa. Sabe como é: aliado dos tucanos em São Paulo, há quem diga que ele prefere não entrar agora no campo de 2018. Deixa essa tarefa para o ministro Meirelles, que constrói uma pré-candidatura a presidente da República.

Ao trabalho/ O presidente Michel Temer avisou à equipe que terá agenda na semana entre Natal e o réveillon. Nada de emendar tudo num feriadão, pelo menos, no Palácio do Planalto.

Sem o chefe, não vai

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O discurso do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, enquanto interessado em construir uma pré-candidatura à Presidência da República, de que a economia melhorou e o país está “no rumo” é correto e foi elogiado no meio político. Porém, é preciso que ele tenha “aquela conversa”, olho no olho, com o chefe, o presidente Michel Temer, antes de qualquer movimento tão ousado quanto o programa do PSD exibido ontem. Esse encontro ainda não ocorreu. E o ministro não cita o nome de Temer, detentor do maior tempo de tevê disponível no mercado eleitoral de 2018. Aliás, há quem diga que, se a economia melhorar a ponto de construir um candidato, será o próprio Temer.

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Vale lembrar a entrevista ao Correio publicada ontem, em que o presidente, quando perguntado se descartava qualquer candidatura à reeleição, respondeu à la Ulysses Guimarães: “Eu não postulo. Eu me posiciono”. Para bons entendedores, Temer também acalenta o sonho de ir para a pista. Nesse sentido, é bom Meirelles se entender com o MDB desde já, antes que as raposas do partido comecem a lhe puxar o tapete. Aliás, tem emedebista dizendo que, no início de 2002, foi justamente isso que o PSDB fez com a então governadora do Maranhão, Roseana Sarney. Ela fez um movimento parecido com o que Meirelles faz agora e foi abatida quando levantava voo. #ficaadica

BB numa canoa…

…Que pode furar. O banco CTT de Portugal, que o Banco do Brasil escolheu para as operações de brasileiros no país, acaba de ser chamado ao parlamento português para dar explicações sobre sua reestruturação. Brasileiros que moram por lá estão preocupados. “Estamos como um rebanho de ovelhas sem pastor a procurar outro banco”, diz o ex-deputado José Lourenço, que hoje vive entre Brasil e Portugal.

A sutileza de Meirelles

No programa do PSD, o ministro da Fazenda não cita abertamente a expressão “reforma da Previdência”. Trata do tema com a expressão “Nova Previdência” em letras garrafais no vídeo, seguida da frase “para garantir aposentadorias”.

Aliás…

O ministro da Fazenda foi aconselhado recentemente a, se quiser ser mesmo candidato a presidente, abrir um pacote de bondades já no primeiro trimestre. Falta combinar com o caixa da União, que promete escassez por demora na aprovação das medidas provisórias do ajuste fiscal.

Moreira na roda eleitoral

O ministro da Secretária-Geral da Presidência, Wellington Moreira Franco, sai de Brasília num bate-volta ao Rio de Janeiro, apenas para entregar casas no interior do Rio. Para muitos, o nome dessa missão que ele cumpriu a pedido do presidente Michel Temer é “não postule, mas se posicione”.

Se demorar demais…/ O prazo que o PSB deu ao ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (foto) promete esfriar o entusiasmo do partido para com o pré-candidato.

…Perde o assento/ Em alguns estados, os acordos pré-eleitorais já começaram e, se Barbosa chegar, vai encontrar cada um cuidando da própria vida e abrindo o palanque a outros presidenciáveis. É bem como dizia Eduardo Campos: “Quem chega cedo, bebe água limpa”.

Lida de Marina/ A pré-candidata Marina Silva passa o Natal no Acre, com o pai. Depois, segue para Santos, para a virada do ano ao lado da família do marido. Em 8 de janeiro, retoma as reuniões da Rede.

Prenda-me se for capaz/ Todos os políticos, sem exceção, ficaram surpresos com a prisão de Paulo Maluf. Ele está acusado há tanto tempo que ninguém acreditava na hipótese. A reação geral foi um “quem diria…”

Mais um motivo para a reforma

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A liminar do ministro Ricardo Lewandowski que obriga o Poder Executivo a pagar a parcela do reajuste dos servidores em janeiro de 2018 será mais um argumento a ser usado pelo governo em busca de votos em prol da reforma previdenciária. É que, se a liminar for mantida pelo pleno do STF, o Poder Executivo terá de tirar R$ 2,2 bilhões dos investimentos para destinar ao pagamento dos salários. Logo, se continuar nesse ritmo, ou os parlamentares reformam a Previdência para tentar conter as aposentadorias na faixa dos 50 anos no serviço público ou não terão recursos para as emendas ao Orçamento.

Tá frio

Pesquisa do governo aponta um descompasso entre os indicadores econômicos e o sentimento das pessoas: 29% consideram que o pior já passou e 66% acreditam que pode piorar ainda mais. Quando perguntadas se o país melhorou, 12% responderam que sim, 20% afirmam que continua igual e 67% responderam que piorou.

A culpa é deles

Quando perguntados se a situação é desdobramento da conjuntura econômica ou da política, 78% jogam o peso em cima dos políticos. Porém, a avaliação do presidente Michel Temer sofreu pequena melhora. Está quase na casa dos 7% de ótimo e bom. Não é nada, não é nada… Não é muita coisa.

Abre a porta, ministra Cármen Lúcia!

A Anajus cobrou resposta da presidência do STF para participar da audiência da Fenajufe para tratar da transformação dos técnicos judiciários de nível médio para nível superior, tema tratado pela coluna. A associação vai distribuir hoje dossiê sobre o Projeto NS (Nível Superior) a todos os ministros do Supremo e aos presidentes dos tribunais superiores e regionais da União em todo o país alertando sobre o impacto da proposta. A documentação inclui vários casos de impacto no caixa nos estados.

Lá foi assim I

Em setembro de 2009, a então governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, moveu ação direta de inconstitucionalidade contra a norma do Tribunal de Justiça do Estado (TJRN) de nível superior para os técnicos. A relatora, ministra Cármen Lúcia, votou pela constitucionalidade. O ministro Marco Aurélio de Mello foi contra: “Enquadrar aqueles servidores que prestaram concurso fazendo frente apenas à exigência de nível médio nas escalas próprias de vencimentos de nível superior é, a meu ver, driblar a exigência do concurso público”, disse ele, à época.

Lá foi assim II

Como resultado da decisão do STF, o TJRN foi obrigado a equiparar os salários. O resultado é que lá não haverá aumento para os servidores, até 2022, em razão do aumento da folha de pagamento.

A mensagem da 2ª turma

Vários candidatos a réu na Lava-Jato comemoraram o arquivamento do pedido de abertura de inquérito para investigar o senador Benedito de Lyra e o deputado Arthur Lyra, ambos do PP de Alagoas. A esperança é de que os ministros liberem todos aqueles que estejam pendurados apenas por delação.

Sala cheia/ Primeiro dia útil do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (foto), foi de agenda cheia. Vários deputados foram até o Planalto pela primeira vez. Um deles desembarcou no 4º andar, perguntando onde ficava a Secretaria de Governo.

Falta mostrar serviço/ Um líder, entretanto, adverte: “Marun é grande, mas não pode ser apenas um muro das lamentações. Tem que resolver”.

Tempo de confraternizar/ O presidente Michel Temer confirmou o tradicional café da manhã com jornalistas para esta sexta-feira, 22. No mesmo dia, deve seguir para São Paulo, onde passará o Natal com a família.

Depois de Dilma…/ A jornalista Valéria Monteiro, ex-apresentadora da TV Globo, participou da reunião do PMN neste fim de semana em São Paulo. Valéria, que anunciou sua intenção de se candidatar à Presidência da República, não confirmou filiação, mas se disse tocada pelo entusiasmo com que foi recebida.

Meu garoto!

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Quando tomar posse hoje à tarde, o titular da Secretaria de Governo, Carlos Marun, vai receber como primeira sugestão chamar os ministros um a um e pedir que eles reforcem a campanha pró-reforma previdenciária em todas as entregas de obras e serviços patrocinados pelo governo federal. O ministro a ser citado como exemplo do que deve ser feito, nesse caso, é o das Cidades, Alexandre Baldy, o mais novo da equipe do presidente Temer.

Baldy foi a Niterói entregar casas populares, concluídas depois de sete anos de paralisação. Fez questão de citar que as obras só estavam prontas porque o governo do presidente Michel Temer melhorou a economia, graças a medidas aprovadas pelos congressistas. Pediu até aplausos aos deputados que votam de acordo com a orientação do governo e foi atendido. A deputada Soraya Santos (PMDB-RJ), presente ao evento, ficou emocionada e contou aos colegas. Marun vai avisar aos demais que é assim que se faz.

Reguffe, o vice

Pré-candidato do Podemos à Presidência da República, o senador Álvaro Dias (PR) sondou o senador Reguffe (DF), que continua sem partido, para compor a chapa. Reguffe agradeceu, mas garantiu que se mantém firme no propósito de cumprir todos os oito anos do mandato que lhe foi confiado pelos eleitores do Distrito Federal.

Prioridade I

A aposta do governo é a de que os petistas não poderão voltar suas atenções à reforma da Previdência ao longo do mês de janeiro, porque estarão dedicados a preparar o terreno para o julgamento do ex-presidente Lula. A aposta é verdadeira. Tudo o que o PT deseja hoje é Lula candidato e vai se dedicar a isso.

Prioridade II

O governo vai aproveitar janeiro para disseminar o texto da reforma da Previdência como algo que proporcionará um equilíbrio maior entre o sistema público e o privado, cortando privilégios de quem quer se aposentar na faixa dos 50 anos com benefício integral.

Onde mora o perigo

Aliados do presidente Michel Temer alertam que o efeito “self fulfilling prophecy”, (a profecia autorrealizável) é o que mais incomoda hoje a reforma da Previdência e em dois sentidos: primeiro, a profecia de que, se não aprovar a reforma, a economia sai completamente dos trilhos. Em segundo lugar, essa história de que não terá votos (é, aí, não terá mesmo).

O homem CPI/ O senador Hélio José (PMDB-DF) começou a coletar assinaturas em busca da CPI do setor elétrico no ano eleitoral.

Climão/ Aliados do governo consideraram um exagero do Planalto divulgar uma nota desautorizando o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Há quem diga que, se o presidente Michel Temer estivesse em Brasília, teria resolvido tudo com um simples telefonema.

Pro ano, gente!/ Os senadores transformaram a sessão de ontem numa romaria de discursos em homenagem ao presidente da Casa, Eunício Oliveira (foto). Sabe como é, era preciso uma compensação, depois das crises entre Eunício e os deputados, que sempre reclamam da falta de paciência do senador no comando das sessões do Congresso.

Apelou, perdeu/ Advogados saíram cabisbaixos ontem, depois da aprovação da renegociação das dívidas do Funrural no plenário do Senado. Agora, prometem fazer uma fezinha para tentar um veto. Só tem um probleminha: Temer não vai brigar com os deputados por causa de um projeto que passou por acordo nas duas Casas. A tendência é a sanção.

Perdas & ganhos na Previdência

Publicado em coluna Brasília-DF

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem alertado em todas as reuniões com parlamentares que, se a reforma previdenciária não for votada este ano, quem vai ganhar é o PT do ex-presidente Lula. Portanto, avalia ele, é melhor votar agora e tirar o assunto da Câmara no ano que vem do que deixar para fevereiro. Aliás, o governo já avisou: o tema não sairá de pauta no ano eleitoral. Portanto, a ordem ainda é “não deixe para 2018 o que você ainda pode fazer agora”. Afinal, se a economia piorar, quem perderá são os governistas.

Façam as contas

A bancada do Distrito Federal, que hoje não tem um só voto favorável à reforma previdenciária e conta com pelo menos dois pré-candidatos ao GDF, vem sendo chamada a fazer as contas: se nada for feito, não haverá recursos para cumprir promessas de campanha. Apenas para pagar as contas, em especial, as aposentadorias. Nunca é demais lembrar que os servidores já receberam salários em parcelas. Para isso se repetir logo ali, não falta muito.

Por falar em candidatos
a governador…

Os cálculos feitos pelo Planalto indicam que, entre os senadores, será mais fácil aprovar a reforma previdenciária. É que ali há muitos interessados em concorrer a governos estaduais, em que as contas vão de mal a pior sem a reforma.

Livro-ouro

Se tem um ministro que ninguém consegue enrolar quando o assunto é votação na Câmara, é o da Casa Civil, Eliseu Padilha. Ele tem uma apostila, com os nomes de todos os deputados da base aliada, como cada um votou nos projetos importantes do governo, a perspectiva de voto na reforma previdenciária e quem tem poder de influência sobre cada um (prefeitos, governadores, empresários, mãe, sindicatos etc).
É isso que tem servido de base nas conversas com cada líder sobre o tema, desde que o governo começou a contagem dos votos. Hoje, está na casa dos 290.

Já viu ponte com nome de vice?

Da conversa com o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa,
o PSB extraiu apenas uma certeza: o
magistrado não será candidato a vice em hipótese alguma. Logo, se o quiserem, terá
que ser no papel de ator principal.

Nem tanto

A empolgação do PSB com Joaquim Barbosa não é lá essas coisas. Para se ter uma ideia, o presidente do partido, Carlos Siqueira, ficou fora do encontro. Tinha outro compromisso em Salvador.

Um voo com Kassab/ O presidente Michel Temer vai nesta sexta-feira a Campinas com o ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, para visitar o complexo que abrigará o acelerador de partículas.

E o Loures, hein?/ Já era esperado que o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures virasse réu no processo que apura o caso da mala com R$ 500 mil, aquela que ele carregava com ar de assustado pelas ruas de São Paulo. Novidade, dizem os peemedebistas, só se ele resolver envolver outros na história.

Tem, mas acabou/ A decisão do TRE do Rio que tornou o ex-prefeito Eduardo Paes (foto) inelegível enterrou o nome que o PMDB considerava lançar para o governo estadual. A ordem agora é buscar uma aliança com algum outro partido e fazer bancada na Câmara estadual e federal.

Festa na Agricultura/ Eleito com o apoio unânime das 27 federações do país para um mandato de mais quatro anos, o presidente da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA), João Martins da Silva Júnior, toma posse hoje, às 10h, com uma solenidade no espaço Unique. O presidente Michel Temer confirmou presença.

Desafio tucano

Publicado em coluna Brasília-DF

Às vésperas da convenção que deve fazer de Geraldo Alckmin presidente do PSDB, os tucanos têm dilemas que vão muito além da reforma previdenciária. Por exemplo, quem tiver a curiosidade de saber por que o governador não apresenta um bom índice nas pesquisas pré-eleitorais basta sentar-se à mesa numa roda de jovens endinheirados de São Paulo. Por ali, diz-se que a confiança no partido ficou abalada depois que o presidente licenciado da legenda, Aécio Neves, foi objeto de gravação por parte do empresário, hoje preso, Joesley Batista. Agora, vem mais esse baque da quebra de sigilo do senador. Nesse ritmo, se Alckmin quiser recuperar esse eleitorado, terá de demonstrar que esse episódio foi um caso isolado.

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Aécio, por sua vez, não vê a hora de se dedicar exclusivamente à própria defesa e se voltar ao fortalecimento do partido em Minas Gerais, algo que fará a partir de amanhã, depois da convenção nacional. Enquanto isso, Alckmin terá de se desdobrar para governar São Paulo e percorrer o país tentando mostrar aos eleitores que podem confiar nele “sem medo de ser feliz”. O slogan, usado no passado pelo PT, agora cabe como uma luva nos sonhos dos tucanos de retomada do poder.

O jeitão da coisa
Pelo andar da carruagem, os deputados tentam arrancar até o último centavo do caixa da União com a promessa de votar a reforma da Previdência. Porém, não planejam cumprir a parte deles no acordo. Tem muita gente com saudade dos tempos em que as excelências negociavam o mérito das propostas e não um ganho eleitoral.

A culpa é da “patroa”!
Já tem parlamentar ensaiando a justificativa de que a esposa mandou ficar em casa na semana de 20 de dezembro para ajudar nos preparativos de Natal. E, sabe como é, a última semana de funcionamento do Congresso sempre é esvaziada. Até orçamento só sai por acordo.

A culpa é do “patrão”!
A falta de quorum vai fazer “sobrar” ainda para Michel Temer. É que o governo foi com tanta sede punir quem votou a favor da denúncia contra o presidente que agora faltaram votos. O peemedebista obteve, em outubro, 251 votos favoráveis. Precisava de, pelo menos, mais 57 para completar os 308 necessários à aprovação da reforma.

Depois não reclama
O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, comentava ontem numa roda que em seu estado, hoje, há apenas um trabalhador da ativa para cada inativo. Daqui a pouco, vai ficar impossível sustentar as aposentadorias dos servidores públicos. Ainda assim, o partido dele,
o PSD, resiste a fechar questão.

CURTIDAS

Novo DEM/ O Democratas faz sua convenção no próximo dia 14, quando receberá um grupo de deputados oriundos do PSB, incluindo Danilo Forte (CE), Heráclito Fortes (PI) e Tereza Cristina (MT).

Deixa quieto/ Ao contrário do PSDB, que realiza convenção neste sábado para a troca de comando, o DEM não vai mexer com o seu presidente, senador José Agripino. Não interessa a ninguém fazer marola na cúpula partidária neste momento.

Se melhorar, estraga/ Na avaliação dos Democratas, o partido está bem na foto, com Rodrigo Maia na Presidência da Câmara; Mendonça Filho, no Ministério da Educação; e ACM Neto, na prefeitura de Salvador. Não precisa tumultuar a direção partidária, tirando holofotes dessas três vitrines importantes.

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Enquanto isso, no PT…/ Caíram as chances de Fernando Haddad como plano B para a disputa presidencial e subiram as do ex-governador da Bahia Jaques Wagner (foto). Essa gangorra vai continuar até a eleição, caso Lula não consiga ser candidato.

Colaborou Paulo de Tarso Lyra