Coluna Brasília-DF
Enquanto Bolsonaro tuíta… e mantém acesa a polêmica nas redes sociais, Paulo Guedes, o czar da Economia, e os militares tocam o barco. No Planalto, o vice, Hamilton Mourão, e os ministros Santos Cruz, Augusto Heleno, e o ex-comandante do Exército, general Villas Boas, tocam de ouvido e com agendas políticas intensas. No Congresso, começa a cristalizar a ideia de que a área política do governo vem sendo, aos poucos, engolida pelos ministros militares. Se essa visão prevalecer, a coordenação das negociações das reformas, que deveria ficar com o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, trocará de mãos. É Onyx que vem pagando a conta das falhas do governo no diálogo com o Congresso.
Onde mora o perigo
A ideia do ministro Paulo Guedes, de colocar o pacto federativo em debate no Congresso, paralelamente à reforma previdenciária, corre o risco de terminar servindo de desculpa para aqueles que não querem saber da nova Previdência. Essa preocupação já foi levada aos líderes governistas, que ficaram de conversar com o ministro.
Bem longe da Casa Civil
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), aquele que Lula criou em 2007 para projetar sua então candidata a presidente e ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, como a grande gestora, está nos estertores. Agora, o tal projeto, que não chegou a realizar metade dos investimentos previstos, ficará a cargo da área econômica, conforme decreto do presidente Jair Bolsonaro.
Por falar em Casa Civil…
É bom o ministro Onyx Lorenzoni abrir o olho. Chamou a atenção dos militares o fato de o ministro ter defendido a nomeação de gaúchos para o governo. Tudo bem que é o estado dele. Mas é que tem gente dizendo que ele só fez isso por causa da candidatura ao governo do Rio de Grande do Sul.
Mudança de hábito
Há muita gente da área de segurança se perguntando por que o PCC não reagiu à transferência de Marcola de uma prisão de São Paulo para Brasília. Até aqui, todas as vezes em que se cogitava mexer com esse bandido, seus comparsas do lado de fora criavam um caos.
Incrível
Só depois de um mês da instalação desta Legislatura é que o presidente da República, Jair Bolsonaro, teve uma conversa mais alentada com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. E foi preciso uma iniciativa da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Aula de Moro/ O reitor da Uniceub, Getúlio Américo Lopes, recebe nesta quarta-feira o ministro da Justiça, Sérgio Moro. O ex-juiz vai ministrar uma aula magna sobre o projeto de lei anticrime.
Os eixos de cada um/ Moro e outros sete ministros devem compor a comitiva do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos. É quase do tamanho daquela que Lula levou à China, em 2004.
E o Ciro, hein?/ Do alto de quem já foi ministro, governador, deputado e prefeito, o ex-candidato a presidente da República Ciro Gomes (foto) volta aos holofotes disposto a partir para cima do governo: “Se Bolsonaro emprestou dinheiro para Fabrício Queiroz, como disse lá atrás, cadê a Ted ou o Doc? De onde saiu o dinheiro? Isso é uma questão de ordem pública”.
Enquanto isso, nas rodas parlamentares…/ Deputados não perdem uma oportunidade de cutucar o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Ontem, numa conversa animada, um deles saiu-se com esta: “Antes de ser fritado, foi tomar uma gelada na Antártica” Tem gente no Congresso voltando a balançar Lorenzoni.