O indulto do presidente Jair Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira (PL-RJ) provoca as reações mais diversas ao longo do dia. “Por linha oblíqua, o presidente da República fechou o Supremo Tribunal Federal. Essa atitude dele se aproxima das violentas agressões de setembro de 2021. Definitivamente, autoriza o anarquismo comportamental”, avaliou o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rego (MDB-PB). Da parte dos bolsonaristas, porém, houve comemoração.
O fim de semana prolongado pelo feriado desta quinta-feira será dedicado a tentar buscar uma forma de derrubar o decreto do presidente Jair Bolsonaro no Poder Legislativo e buscar um meio-termo que permita restabelecer a paz entre os Poderes.
A avaliação de muitos políticos é a de que, se o placar no STF tivesse sido apertado, até poderia auxiliar na defesa de Daniel Silveira, conforme o leitor do blog pode conferir na coluna Brasília-DF de hoje, publicada no post abaixo. Mas a condenação do deputado por 10 votos e apenas um contrário faz qualquer outra medida, que não o cumprimento da decisão da Suprema Corte, soar como uma afronta ao Poder Judiciário. Caberá ao Congresso arrumar um jeito de mediar a situação entre os Poderes, uma vez que muitos advogados ligados ao presidente consideram que o indulto está dentro das quatro linhas da Constituição, como diz o presidente Jair Bolsonaro. Será preciso muito jogo de cintura, paciência e habilidade política para sair dessa crise.