A decisão do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de deixar o cargo para entrar na corrida eleitoral de 2018, ainda que seja como futuro candidato a vice, fez com que ele ganhasse o direito de indicar o sucessor na Fazenda. Conforme adiantou o blog do Vicente, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, é nome certo para o BNDES, de forma a contentar Romero Jucá. Entretanto, a guerra na área econômica e financeira do governo não terminou. O PP insiste em indicar o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), mesmo se conseguir deslocar Gilberto Occhi, atual presidente da CEF, para o Ministério da Saúde. Temer, depois de atender Meirelles e o MDB, não terá como dizer não ao PP, uma bancada em ascensão numérica e votos preciosos ao governo.
Em tempo: Amigos de Meirelles terão de buscar outro coordenador jurídico. Eles apostavam no diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do Banco Central, Issac Ferreira, para cuidar da pré-campanha do quase ex-ministro. Issac deixa o cargo, mas, conforme informação da Assessoria do BC, não vai se integrar ao staff jurídico da campanha, nem quer se envolver no pleito. Os amigos de Meirelles, porém, não desistiram de uma ajudinha de Issac, ainda que informal.
Ajuda aí, pô!
A rejeição dos embargos pelo TRF-4 já era esperada por todos os aliados de Lula, que centram o foco no Supremo Tribunal Federal. Confiantes de que terão o voto da ministra Rosa Weber favorável ao habeas corpus do ex-presidente Lula para não ser preso, advogados dele tentam convencer os emedebistas a conversar com Alexandre Moraes sobre o caso. Vão na linha do “todos podem ser Lula amanhã”. Os palacianos avisam: não vai rolar.
A esperança de Lula
Se ganhar o HC na próxima semana, Lula acredita que sua campanha estará salva até setembro. Ainda que o TSE negue o registro de sua candidtura, petistas lembram que não são poucos os candidatos condenados em segunda instância que concorreram com base em medida cautelar. Essa é a aposta do PT para só trocar de candidato em setembro, faltando 20 dias pra o pleito.
104 dias de confusão
Os políticos que deixam os cargos em 7 de abril terão que esperar 104 dias até o início das convenções partidárias, que vão de 20 de julho a 5 de agosto. Esse é o prazo para afunilar as candidaturas de centro em torno daquele que apresentar maior viabilidade. E, para não perder terreno, todos os partidos colocaram seus blocos na rua.
E tome problema
Onde a pré-campanha promete ferver é em São Paulo. Com o prefeito paulistano, João Dória, sem cargo e Márcio França no governo do estado, candidato à reeleição, a briga será feia. E Geraldo Alckmin que toque a sua campanha presidencial com um barulho desses.
WO/ Quem não pode reclamar da vida é o governador de Alagoas, Renan Filho. Desde que Rui Palmeira desistiu de concorrer ao governo estadual, ele está com uma fila de aliados de todas as matizes políticas.
Chegou primeiro/ O ministro dos Transportes, Maurício Quintela, por exemplo, será o candidato ao Senado, em dobradinha com Renan Calheiros (MDB-AL) e na chapa com
Renan Filho.
Tudo junto e misturado/ O acordo dos Calheiros (foto) com Quintela, que é do PR, leva o presidente Michel Temer (ou quem for o candidato à Presidência da República apoiado pelo governo federal) direto para o palanque de Renan Filho. O governador hoje está com Lula e tem o apoio do PDT de Ciro Gomes. Logo, cada partido vai cuidar do seu candidato a presidente e todos cuidarão de Renanzinho.
Por falar em campanha presidencial…/ Os políticos olham para as pesquisas e comentam reservadamente que está igual a início de campeonato da terceira divisão. Empolgação zero.