A um passo da demissão
O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, “dificilmente” permanecerá no cargo, conta um assessor próximo à presidente Dilma Rousseff. A intenção é que Machado aproveite a virada do ano e o vencimento da licença esta semana para pedir o boné. E é aí que mora grande parte da insatisfação dos peemedebistas, em especial, do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
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Se depender do clima tanto na Petrobras quanto no Planalto, nesta briga para manter Sérgio Machado, Renan não vai vencer. E, para quem tem filho, Renanzinho, governador de um estado carente como Alagoas e bastante dependente do governo, é melhor não cantar de galo. Ainda que seja presidente do Senado e candidato à reeleição. A primeira semana “cheia” de 2015 começou em crise.
Empresas têm pressa
Empresários presentes à posse de Gilberto Kassab no Ministério das Cidades aproveitaram para prometer ao ministro da Integração, Gilberto Occhi, terminar as obras da transposição do Rio São Francisco ainda este ano. Occhi, entretanto, acha que não conseguem, uma vez que há 30% pendentes. “Meu prazo continua sendo no início de 2016”, disse ele.
Levy, a ponte
É o guardião da política econômica com ajuste fiscal, Joaquim Levy, que desponta no horizonte como o canal para o diálogo com a oposição. A senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) estava na primeira fila na cerimônia de transmissão de cargo. Ela acompanhava a filha, Ana Carla, secretária de Fazenda de Goiás e amiga de Levy. “Disse a ele: só aceitei o cargo porque você foi escolhido aqui”, afirmou Ana à coluna.
A palavra dúbia
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deixou os empresários meio assustados ao mencionar que “ajustes em alguns tributos serão considerados”. Paulo Skaf, da Fiesp, sentado na plateia, quase pulou da cadeira: “Espero que os ajustes sejam redução e não aumento. Esse ajuste tributário é o ponto que preocupa”, diz ele.
A volta da “Super-Receita”
Era assim que o mercado chamava a Receita Federal nos tempos de Jorge Rachid. Ele se tornou conhecido pelos recordes de arrecadação, mesmo depois do fim da CPMF, o imposto de cheque. Há quem aposte que ele retorna disposto a ampliar os recordes obtidos de 2003 a julho de 2008, tempo que permaneceu no cargo.
PSD na moita
Não será agora que o PSD dirá quem pretende apoiar para presidente da Câmara. Na posse do ministro Gilberto Kassab, ontem, onde estavam Arlindo Chinaglia e Eduardo Cunha, o presidente em exercício do partido, Guilherme Campos, desconversou: “Os candidatos estão no papel deles de correr atrás de votos, mas não temos pressa. A eleição é só em fevereiro”.
CURTIDAS
Esse se defende…/ O ministro da Defesa, Jaques Wagner, fez questão de comparecer à transmissão de cargo de Joaquim Levy e de Kátia Abreu ontem. Mas foi vapt-vupt. Chegou antes das solenidades, cumprimentou os colegas nas salas reservadas a autoridades e saiu, sem esperar os discursos.
…E defende/ Na posse de Kátia Abreu, quando Jaques Wagner chegou para cumprimentá-la, Kátia conversava com Luiz Trabuco, presidente do Bradesco: “Já viu, né? Se precisar de defesa, está aqui!”, disse o bem-humorado banqueiro. Não deu/ Na posse de Joaquim Levy, tinha tanta gente que o ministro Helder Barbalho (foto), da Pesca, tentou parabenizar o colega com a mesa do palco entre eles, antes que a fila se formasse. Estendeu a mão e esperou, sem sucesso, que Levy o cumprimentasse enquanto falava com alguns assessores. Ao perceber que a fila estava formada, desistiu. Pacientemente, entrou na fila em meio a outros ministros e esperou a sua vez. Melhor assim, excelência!
Enquanto isso, na posse de Kátia Abreu…/ O tablado montado à porta do Ministério da Agricultura para servir de palco à posse da ministra quase foi abaixo quando o cerimonial abriu o acesso a todos os convidados e à imprensa para a formação da fila de cumprimentos e, ainda, o espaço para a coletiva. Tudo em cima do palco. Como estouro de boiada, todos se apressaram para o local onde estava a ministra, e a estrutura estalou. Na mesma hora, com muito custo, a segurança tirou Kátia dali para que a imprensa a seguisse.