A primeira vítima

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Aliados da presidente Dilma Rousseff já viram uma vítima potencial do fato de a tendência Construindo um Novo Brasil (CNB) ficar fora dos ministérios palacianos: o vice-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia. Sem espaço no núcleo de poder do governo, esse setor petista não pretende se empenhar por Chinaglia, outro aliado de Dilma. Preferem que ela dependa do PMDB e do próprio CNB, que terá 36 deputados, quase a metade da bancada petista. E Dilma certamente precisará desse grupo mais à frente, especialmente se Arlindo não conseguir vencer a presidência da Câmara. É esse o raciocínio predominante no grupamento CNB.

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Dilma, entretanto, não escolheu os ministros petistas apenas por desejo pessoal. É que, depois de expoentes da CNB terem aparecido no escândalo do mensalão e, posteriormente, no petrolão, há quem, de dentro do governo, observe que todo o cuidado é pouco.

Triunvirato petista

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, almoçou ontem em um restaurante japonês em Brasília com os colegas palacianos Ricardo Berzoini, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais a ser transferido para Comunicações; e o futuro ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto. Pepe Vargas, futuro ministro da SRI, não estava.

 

Não vingou

Os integrantes do CNB foram os primeiros que, no início deste mês, apostaram no fim das tendências dentro do partido. Agora, entretanto, conhecidos os nomes da maioria dos ministros do segundo mandato, o grupo se apega ao antigo jogo da disputa interna. Moral da história: a lógica das tendências não terminará tão cedo.

Vingou

Aliados e petistas de todas as tendências alinhados ao governo Dilma Rousseff repetiam ontem aos quatro ventos a voz oficial de que as mudanças na Previdência significam a correção de distorções no sistema. Sinal de que, até aqui, a base e o PT continuam afiados. Pelo menos no discurso.

Tensão no ar

Nunca um esquema de segurança de posse foi tão forte. Tudo por causa das perspectivas de manifestações de protesto convocadas pelas redes sociais. Em todos os locais, foram ampliados os números de detectores de metais. E, novidade no Congresso: placas em português e inglês indicam o caminho dos convidados. A Copa 2014 fez escola.

Rio, 40 graus/ O futuro ministro de Minas e Energia e atual líder do governo no Senado, Eduardo Braga (foto), passa o réveillon no Rio de Janeiro. E pode apostar, leitor, que não é apenas pelo fato de ser a maior festa brasileira dessa época do ano. Lá, está a sede da Petrobras e também os filhos do ministro Edison Lobão, que deixará o cargo amanhã para voltar ao Senado. Braga voltará para Brasília amanhã e espera chegar a tempo da posse.

Enquanto isso, na oposição…/ Em meio ao quase feriadão, os oposicionistas não desligaram o telefone. Estavam a postos para dar declarações criticando as novas medidas da Previdência Social. A maioria do governo, entretanto, fez cara de paisagem.

Sobrou para ele/ Todo-poderoso deste e do próximo mandato de Dilma, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, ficou como a voz das más notícias na Previdência. Quem esteve com ele, jura que Mercadante não ficou muito feliz em ser o porta-voz das medidas impopulares que maltratam o discurso do “nem que a vaca tussa”.

De volta!/ Fim das férias… Diante de um novo ano que se anuncia tão tenso, a melhor coisa para nós, brasileiros, é se agarrar no serviço e brindar com temperança! Feliz 2015 para todos!