Idealizado pelo ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta, o documento divulgado com o título “Manifesto pela Consciência Democrática” foi, até aqui, o gesto mais concreto de união entre os pré-candidatos de centro a presidente da República. Seis nomes assinam o documento, Ciro Gomes, Eduardo Leite, João Amoedo, João Dória, Luciano Huck e Mandetta. Os seis sonham em uma união de forças para derrotar Jair Bolsonaro e o PT em 2022. Só tem um probleminha: Ninguém quer ser vice e os programas partidários e econômicos os afastam.
O PDT de Ciro Gomes, por exemplo, jamais rezaria pela cartilha de Amoedo, do partido Novo. Os tucanos não planejam hoje apoiar outro partido , apesar dos esforços do senador Tasso Jereissati. Ali, um grupo está disposto a testar o nome do governador gaúcho, Eduardo Leite, e outro aliado a Dória. Aliás, do portfólio de presenciáveis signatários do manifesto, apenas Dória e Leite têm a chance de concorrer a um segundo mandato de governador em seus respectivos estados.
Na outra ponta dessa lista, o empresário Luciano Huck tem dito a amigos, conforme registrou em primeira mão a Coluna Brasília_DF dia desses, que seu projeto no curto e médio prazo é assumir os tardes de Domingo na Globo no lugar do Faustão e guardar o sonho da candidatura a presidente para 2026.
Com esses três personagens de olho em projetos alternativos ao Planalto, restam Ciro, Amoedo e Mandetta. Amoedo tem um partido muito pequeno. Mandetta e Ciro, de partidos médios são vistos quase que obrigatoriamente candidatos. Mandetta, por sua vez, tem aproveitado muito bem a oportunidade em entrevistas e um discurso claro em relação à pandemia. Ciro Gomes, que enfrenta Bolsonaro até quando faz um monólogo, é visto por alguns como o nome mais forte do grupo a preços de hoje. Porém, como falta muito tempo para a eleição e o há muitos dos peritagens que assinam a nota duvidosos de seu acesso, ninguém vai apostar em ninguém agora. O casamento, por enquanto, é de fachada e será preciso muitas outras cartas para que comece a render frutos reais com promessas para 2022. De concreto mesmo, avisam alguns, só aquilo que o documento reforça: A defesa da democracia. Qualquer aposta além disso hoje não passa de chute.
MANIFESTO PELA CONSCIÊNCIA DEMOCRÁTICA
Muitos brasileiros foram às ruas e lutaram pela reconquista da Democracia na década de 1980. O movimento “Diretas Já”, uniu diferentes forças políticas no mesmo palanque, possibilitou a eleição de Tancredo Neves para a Presidência da República, a volta das eleições diretas para o Executivo e o Legislativo e promulgação da Constituição Cidadã de 1988. Três décadas depois, a Democracia brasileira é ameaçada.
A conquista do Brasil sonhado por cada um de nós não pode prescindir da Democracia. Ela é nosso legado, nosso chão, nosso farol. Cabe a cada um de nós defendê-la e lutar por seus princípios e valores.
Não há Democracia sem Constituição. Não há liberdade sem justiça. Não há igualdade sem respeito. Não há prosperidade sem solidariedade.
A Democracia é o melhor dos sistemas políticos que a humanidade foi capaz de criar. Liberdade de expressão, respeito aos direitos individuais, justiça para todos, direito ao voto e ao protesto. Tudo isso só acontece em regimes democráticos. Fora da Democracia o que existe é o excesso, o abuso, a transgressão, a intimidação, a ameaça e a submissão arbitrária do indivíduo ao Estado.
Exemplos não faltam para nos mostrar que o autoritarismo pode emergir das sombras, sempre que as sociedades se descuidam e silenciam na defesa dos valores democráticos.
Homens e mulheres desse país que apreciam a LIBERDADE, sejam civis ou militares, independentemente de filiação partidária, cor, religião, gênero e origem, devem estar unidos pela defesa da CONSCIÊNCIA DEMOCRÁTICA. Vamos defender o Brasil.
CIRO GOMES, EDUARDO LEITE, JOÃO AMOEDO, JOÃO DORIA, LUCIANO HUCK, LUIZ HENRIQUE MANDETTA