Pesquisa revela que 80% dos entrevistados topariam realizar o fetiche caso tivessem a oportunidade
Por Cecília Sóter
Você sabia que existe o Dia do Corno? Sim, ele é celebrado no dia 25 de abril e tem origem inusitada: a data teve inspiração na Igreja Católica, mais precisamente na celebração a São Marcos, desde meados do século 18.
Na época, os fiéis, em procissão, levavam ao altar do santo uma coroa com um corno de animal na ponta. Na missa, os vigários coroavam os homens casados. Desde então, esse tem sido o dia da comemoração aos maridos traídos.
Mas não pense que ser corno é algo que todos querem evitar. Isso mesmo, tem gente que gosta de ser traído. A prática é conhecida no Brasil como o fetiche do cuckold.
Uma pesquisa realizada pelo Sexlog, rede social de sexo liberal do país (com 32 mil pessoas, entre os dias 14 e 16 de abril de 2022), mostra que 80% dos entrevistados topariam realizar o fetiche caso tivessem a oportunidade.
A pesquisa aponta ainda que, entre ser traído ou ser amante, 30% preferem ser o traído e 60% preferem ser o traidor. Já o terceiro elemento, conhecidos como “comedores”, 35% revelaram preferir que o marido assista, enquanto 25% fazem questão da participação do marido no ato.
Em relação aos maridos, 67% disseram que gostam de registrar a própria esposa transando com outro. Desses, 61% dos entrevistados optam pela opinião do parceiro(a) no momento de escolher o homem que será o terceiro elemento.
Em relação ao tipo de pessoa escolhida para participar do fetiche, 70% escolhem a terceira pessoa pela educação, 61% dizem que é a simpatia que é o essencial e 56% não negam que o tamanho do pênis é o que tem mais peso na escolha. Enquanto isso, apenas 48% revelam que são os outros atributos físicos que importam.
Quem é quem no fetiche?
Os personagens envolvidos no fetiche são: a hotwife, a esposa que garante que os chifres aconteçam; o corno, o marido que sente prazer ao ver a mulher tendo relação sexual com outra pessoa; e o terceiro elemento, o escolhido para fazer sexo com a mulher.
Ainda na pesquisa, sobre “quem teve interesse primeiro”, 50% apontaram que o interesse partiu da esposa, enquanto os outros 50% dizem ter vindo do marido. Em relação a participação dos cornos, 63% das hotwifes responderam que preferem que eles participem, enquanto 51% prefere que eles apenas assistam, e 17% gostam apenas de contar depois como foi.
O cuckold pelo Brasil
O Distrito Federal foi o estado em que mais pessoas responderam que tinham conhecimento sobre o fetiche/termo cuckold, com 80% de respostas afirmativas. Mas foi o Pará o estado com maior registro de participação no fetiche. 53% dos paraenses afirmaram que já estiveram envolvidos em uma atividade cuckold, ficando logo atrás do Rio de Janeiro e São Paulo, com 50% e 46%, respectivamente.
No Rio Grande do Sul, 73% dos entrevistados já conheciam o fetiche e, ainda na região Sul, Santa Catarina foi o estado em que 40% das parceiras tiveram mais dificuldade em aceitar o fetiche.
O Mato Grosso do Sul foi o lugar em que o cuckold é menos conhecido, apenas 65% sabiam sobre o que se tratava o assunto. Já no Rio de Janeiro, 19% das hotwifes têm mais autonomia para escolher quem participará do fetiche.
O que mais agrada as mulheres no cuckold
Uma das entrevistadas pela pesquisa afirma que o fato de ser deseja é o que mais atrai as mulheres para o fetiche. “Ser desejada pelos dois homens e me entregar apenas para quem eu quiser, enquanto o outro fica apenas olhando, não tem preço”, afirma uma das hotwifes.
O mesmo vale para os homens. “Ver a minha esposa sendo desejada, mas eu a tenho a todo instante, enquanto o outro somente naquele momento. Ver ela gostando da situação e poder ver sem participar, como se eu fosse invisível ali, também é muito bom”, diz um dos cornos.