Xô, Donadon

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Ufa! Demorou. Mas não há bem que sempre dure nem mal que nunca se acabe. Natan Donadon, condenado pelo Supremo Tribunal Federal, bateu pé e cantou: “Daqui não saio, daqui ninguém me tira”. A Câmara dos Deputados lhe deu ouvidos. Seis meses atrás, manteve o mandato do parlamentar corrupto. Levou pancadas de todos os lados. Pra aliviar a pressão, pôs fim ao voto secreto em processos de cassação. O caso Donadon voltou ao plenário. Sem máscaras, os colegas votaram às claras. Não deu outra. Xô!

Suas Excelências acertaram na expulsão. Mas erraram na língua. Falaram em “se nós mantermos a decisão”. Valha-nos, Deus! Eles mataram aula. Não aprenderam que manter deriva de ter. Pai e filho se conjugam do mesmo jeitinho: se eu tiver (mantiver), tu tiveres (mantiveres), ele tiver (mantiver), nós tivermos (mantivermos), eles tiveram (mantiveram).