Wagner Carlos escreve

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Dad,
 
 
Estive na – ótima – palestra na Biblioteca, dia 3/9/09. Eu usava camisa quadriculada verde e falei no final, lembra? Não quis dizer, mas sou advogado e a preocupação com o vernáculo* já sensibiliza os operadores do direito. A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), por exemplo, lançou a Campanha Nacional pela Simplificação da Linguagem Jurídica. No livro “Cartas a um jovem juiz”, Cesar Asfor Rocha critica os “que muitas vezes escrevem ou falam empregando termos ou signos verbais que chamamos de arcaísmos (…) Chamar o oficial de justiça de meirinho, o prefeito de alcaide, uma petição inicial de postulatória de pórtico ou, em vez de dizer fulano casou-se com fulana, dizer fulano amaridou-se de fulana, em vez de ajuizar uma ação, dizer abroquelar uma exordial, essas não são atitudes que expressem cultura, mas afetação – não demonstram erudição, mas pedantismo, que muitas vezes soa ridículo. É preciso ter em conta o que a função da fala – ou a função da linguagem oral e escrita – é comunicar o pensamento do sujeito a seus destinatários; se essa função for secundarizada, a fala ou a linguagem perdem sentido prático e tornam-se ornamentos dispensáveis”. Exatamente o que você prega. Parabéns!
 
 
Wagner       
 
 
* Perdoe-me o “deslize” de recorrer a esse termo pomposo…