Quando nasceu, a Petrobrás era Petrobrás — com acento e tudo. Foi em 1953. Oxítona terminada em a, jogava no time das irmãzinhas cuja sílaba fortona cai lá no fim. É o caso de sofá, sofás, cajá, cajás, está, estás. É o caso também de Radiobrás, Eletrobrás & outros ás da vida.
A brasileirinha cresceu e apareceu. Ganhou o mundo. Com 18 anos, cassou o grampinho. Sem ele, o nome se pareceria com o inglês, que dispensa agudos, graves e circunflexos. Em 2000, a atrevida radicalizou. Mudaria o nome para Petrobrax, à imagem de Lubrax & similares da língua inglesa.
Ops! Foi um deus nos acuda. Reações não faltaram. “Fala sério”, diziam os brasileiros indignados. Políticos, jornalistas, comerciantes, empresários, donas de casa, todos demonstraram o descontentamento. Resultado: a multinacional voltou atrás. Manteve o bras, marca verde-amarela. Acertou. Tornou-se uma das maiores e mais respeitadas petrolíferas do mundo. Em 2008, saltou para o quarto lugar no ranking planetário. Viva!