O dono do castelo pisou a língua “Quando verem os documentos, verão que o castelo não é meu. É do meu filho”, disse Edmar Moreira. Sabe quem é Edmar Moreira? É ele mesmo. O deputado que tem um castelo, mas não paga os direitos trabalhistas dos empregados. Pior: não conjuga o verbo ver como manda o figurino. Ele se esquece de uma lição tão antiga quanto o rascunho da Bíblia. Os verbos não são clones. Têm família que exige consideração. Ele joga no time dos que desrespeitam pai e mãe. E você? Antes de responder, faça o teste. Leia as frases com atenção. Depois, marque as que estiverem certinhas da silva: a. Se eu vir Maria, entrego a encomenda. b. Daremos o recado a Paulo se o virmos a tempo. c. Se eu ver Maria, entrego a encomenda. d. Daremos o recado a Paulo se o vermos a tempo. E daí? Escolheu a a e a b? Viva! Você sabe o valor da família. Vá em frente. Preferiu outra letra? Bobeou. Dê uma estudadinha no assunto. Em poucos minutos, você andará nos trilhos. Quer ver? Pais e filhos Lembra-se do futuro do subjuntivo? É aquele tempo precedido do se ou quando: Quando eu souber conjugar os verbos, vou tirar notas boas na redação. Se eu souber conjugar os verbos, vou tirar notas boas na redação. O futuro do subjuntivo nasce do pretérito perfeito. Mais precisamente: da 3ªpessoa do plural. Com um detalhe: sem o –am final: pretérito perfeito: vi, viu, vimos vir(am) futuro do subjuntivo: quando eu vir, ele vir, nós virmos, eles virem Entendeu o macete familiar? Com ele, você só dará passagem a frases como estas: Se eu vir Maria, entrego a encomenda. Daremos o recado a Paulo se o virmos a tempo. Palmas pra nós. Teste O deputado mereceria nota 10 se tivesse dito: Quando verem os documentos, verão que o castelo não é meu. É do meu filho. b. Quando virem os documentos, verão que o castelo não é meu. É do meu filho. Resposta Escolheu a letra b? Viva! Vá em frente. Continue. Agora escolha a frase nota mil: a. Quando vir o filme, terei condições de opinar. b. Quando ver o filme, terei condições de opinar. A resposta? É a a, não? Iván Izquierdo concluiu: “O ser humano esquece para poder pensar.”