Que triste! Os pernambucanos choram 16 vidas perdidas. Elas se foram em mais uma tragédia aérea. Na quarta-feira, bimotor da Noar explodiu quatro minutos depois de decolar. Ninguém escapou. Jornais divulgaram o fato. Duas palavras ocuparam as manchetes:
1. Voo: a reforma ortográfica cassou o chapeuzinho do hiato oo. Agora a duplinha se escreve livre e solta, sem lenço e sem documento. Valem os exemplos de perdoo, abençoo, coroo & cia.
2. Pousar: uma letra faz a diferença. Muitos confundem o ato de a aeronave descer com fazer pose. Lembre-se: o avião pousa. A manequim posa. Por falar em reforma…
Além do oo, a duplinha eem perdeu o chapéu. Ler, ver, dar e crer davam nó nos miolos dos estudantes distraídos. Na 3ª pessoa do plural, eles dobravam o e e ganhavam acento (lêem, vêem, crêem, dêem). Agora, a moçada comemora. O chapéu bateu asas e voou: leem, veem, creem, deem. Sem confusão
Atenção, gente de Deus. Ter e vir não entraram na reforma. A grafia deles continua como dantes no quartel de Abrantes: ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm.