A mineira M. Graças Rocha, de Virginópolis, escreve: “Vejo o plural de vida usado a torto e a direito. É nossas vidas pra cá, suas vidas pra lá, como se fôramos felinos, de sete vidas. Dê a sua mãozinha para mandarmos o barbarismo pras cucuias”.
Vida joga no time de ciúme, saudade, tristeza. São todas palavras que têm plural — vidas, ciúmes, saudades, tristezas. Mas dispensam-no em muitas construções. Como o dispensável sobra, melhor economizar: Maria morre de ciúme do maridão. Sinto tanta saudade de você… Quanta tristeza no enterro da criança. Minha vida, nossa vida não estão em jogo.