Há leitores e leitores. Alguns se interessam só pela notícia. Leem as manchetes, os destaques e as legendas. Sentem-se satisfeitos. Outros são seletivos. Passam as páginas e só param em temas que atraem — colunistas, horóscopo, programação cultural. Existem, ainda, os globais. Prestam atenção não só nos fatos, mas também na forma como são apresentados. Ilustrações, gráficos, texto, tudo merece análise. Nada lhes escapa.
É o caso do Menezes. Ele escreve: “Um errinho aqui, outro ali, um defeitozinho acolá — tudo passa. Mas aquele “cujo o”, na página 8 do jornal, pega mal demais. Alerte a moçada por aí, nem que seja pela milésima vez”. Leitor manda. Nós, submissos, conhecemos nosso lugar. Obedecemos ou obedecemos.
Sofisticação
Vamos combinar? O cujo é pra lá de sofisticado. Pronome relativo, pertence à família de que, o qual, onde. Requintado, impõe três regras pra ser empregado. Pra atendê-las, basta manter as antenas ligadas e a preguiça adormecida em berço esplêndido.