Não só de bola viveu o Mundial do Brasil. Gente, cores, festa, risos, lágrimas compuseram o cenário. Palavras também. Ao lado da redonda, a língua foi grande vedete. Olhos e ouvidos mantiveram-se atentos a grafias e pronúncias. Houve carinhos e pancadas — como os deixados pela Seleção verde-amarela. As carícias ganharam de goleada. Mas sete faltas doeram como os chutes alemães.
O dizer
Há pronúncias freguesas do tronco. Uma delas: o ditongo ei. Galvão Bueno & cia. teimam em esnobar o izinho. Pauleira, goleiro, forasteiro, festeiro, etc. e tal soaram paulera, golero, forastero, festero. Xô!
Felipão contribuiu para engrossar a lista dos maus-tratos ao português nosso de todos os dias. “O trabalho não foi ruim”, disse em entrevista coletiva. Pôs o acento no u. Bobeou. Ru-im se pronuncia como Joaquim e Aladim. A sílaba tônica é a última — como se tivesse acento no i (ru-ím).