Ufa! A novela das biografias chegou ao fim. Já foi tarde. O Supremo Tribunal Federal foi unânime: 9 X 0. Deixou recado claro pra Roberto Carlos & cia. louca pela volta da censura. É proibido proibir. Escritor que quiser contar a vida de celebridade não precisa pedir autorização do personagem ou familiares. Se disser mentiras e calúnias, prestará contas à Justiça.
O julgamento trouxe às manchetes palavrinha pra lá de odiada. É o monossílabo não. Ninguém o ama, ninguém o quer. Mas ele aparece em montões de vocábulos. É o caso de não intervenção, não governamental, não ingerência. E, claro, não autorização. A pergunta: a duplinha se grafa com hífen? Ou fica um lá e outro cá, livres e soltos?
Antes da reforma ortográfica, imperava a confusão. Ora o tracinho aparecia, ora não. Agora reina a padronização. Xô, elo! Viva a liberdade! Assim: não autorização, não agressão, não alinhamento, não conformismo, não fumante, não alinhado, não intervencionista, não verbal, não viciado, não combatente, não ferroso. Etc. e tal.